:: cafe

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Sentamos em uma mesa e Jungwon foi pedir algo para nós comermos, enquanto eu via a linda decoração desse café. Era bem lindo e rústico, eu gostei bastante daqui porque estava todo cheio de flores. O tema era roxo, então várias orquídeas eram vistas, assim como violetas e até algumas azaleias roxas.

Eu pulei de susto quando escutei um "boo" atrás de mim, em seguida escutei aquela risada totalmente adorável do meu vizinho.

- Bobo. - Falei rindo e o mesmo se senta na minha frente.

- Aqui está! - Ele estendeu a bebida que estava em sua mão. - É de morango, um dos meus prediletos, julguei que iria gostar! - Eu sorri.

Jungwon é realmente um anjinho. Ele é tão atencioso, calmo, e fofo que às vezes eu me pergunto se ele é real.

- Você é real? - Só que dessa vez eu me perguntei muito alto. Alto demais.

- Acho que sim, quer descobrir? - Falou em um tom brincalhao. Eu o olhei nos olhos e surpreendentemente, fiquei presa a eles.

Ele tem um mar castanho nos olhos em que quero muito navegar.

O garoto na minha frente riu soprado e chegou mais perto de mim,  me fazendo ficar paralisada. Logo me beliscou de leve e exclamei de dor, e fiquei com um bico emburrado fazendo o mais alto rir.

- É, acho que sou. - Rimos.

Nosso pedido já havia sido chamado e estávamos comendo o bolo magnífico de baunilha e morango que Jungwon pediu para nós. Conversamos bastante e Jungwon é realmente um doce, não que eu já não soubesse disso, sempre soube que ele é incrivelmente bonzinho e fofo. E sim, eu não me canso de o chamar de fofo.

Digo, olha pra ele! É adorável.

E mesmo ele sendo assim, eu sei que o mesmo não força, é uma coisa já dele. E não o fofo de bebezinho e nenenzinho. Assim, também é, mas é o fofo de respeitoso, educado, engraçado mas apenas a quantidade certa, e sem contar que ele é calmo demais, amo isso. Nós saímos do café e fomos andar pela rua, só até chegarmos em casa.

Adorei o jeito em que a conversa com o mesmo apenas flui, assunto é o que não nos falta, e isso é algo raro de se acontecer comigo. Normalmente eu não passo do oi, mas hoje fomos muito além disso. Só que acontece que fomos muito mais além do que eu imaginava. Chegamos a falar dos nossos sonhos. Ele falava sobre como ele pretende ser fotografo, ou até professor. E foi aí que descobri que ainda não tenho um. Preocupante? Obvio! Eu já tenho 17 anos e deveria saber o que quero da vida, mas é bem difícil saber se eu já fui tanta coisa em pouco tempo. Já fui babá, jardineira, caixa, já fui atendente, já fui faxineira, fotógrafa, já fui barista e agora florista.

- Jungwon... - O chamei calmamente.

- Pode dizer.

- E se eu não souber? - Ele lançou um olhar acolhedor.

- Aí está tudo bem, Kang Yari. - Sorriu.

Já falei que adoro o seu jeito de pensar? Amo como ele é sempre positivo e tenta pensar o melhor das coisas. Totalmente o contrário de mim, mas eu tento pelo menos. Eu sempre digo que mesmo depois de coisas ruins acontecerem, algo bom vai vir em minha direção, mas depois de anos falando isso, percebi que é inútil ter esse tipo de conceito. Mas eu vou começar a tentar ainda mais, eu me mudei para cá para recomeçar a minha vida, e é isso que tenho que fazer... Né?

Quando passamos na frente da floricultura, vi que minha avó ainda estava lá, decidi entrar apenas para dar um oi, e Jungwon veio junto.

𝖣𝗈𝖼𝖾 𝖢𝗋𝖺𝗏𝗂𝗇𝖺 ☆ 𝖸. 𝖩𝗎𝗇𝗀𝗐𝗈𝗇,𝖾𝗇𝗁𝗒𝗉𝖾𝗇 ♡︎Onde histórias criam vida. Descubra agora