:: vergonha

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Acordei em um pulo ao ver que faltavam 10 minutos para começar o meu turno. Eu descolei minha cara da minha bancada, logo percebendo que nem havia encostado na cama. Suspirei e fui rapidamente me trocar e fazer minhas higienes. Coloquei uma calça jeans meio larguinha azul claro e um suéter branco também um pouco largo. No meu cabelo deixei uma tranca e fui correndo para a floricultura. Não deu tempo de nem tomar café. Chegando na floricultura, vi a placa de fechada virada. Oxe, eu to atrasada e nem abriu a loja ainda? Que bom, melhor pra mim.

Entrei lá e vi apenas minha vó regando as flores, isso me lembra que hoje eu tenho que arrumar o jardim na frente da minha casa. Me aproximei dela e vi a mesma tomar um susto por me ver.

- Yari? O que está fazendo aqui meu bem.

- Ue vo, eu vim trabalhar..? - Falei meio confusa, eu vi a velhinha na minha frente rir.

- Ah Yari querida... - Falou em meio de risos  -Hoje é sábado meu amor. - Ela me deu uns tapinhas na testa de leve e eu ri.

Mano não acredito nisso, acordei pra nada.

- Então foi por isso que meu despertador não tocou. - Ela riu negando. - Vou tomar café então vo! Bom dia e obrigada por me avisar, a senhora já tomou café?

De nada querida, e sim, eu e sua tia já tomamos café. Pode ir lá meu bem.

Me despedi da minha avó e fui em direção a qualquer lugar que tenha café da manhã. Agora que já estou na rua vou ficar por aqui mesmo, preguiça de fazer algo. Mas eu tenho que passar em casa para deixar o meu avental e tals. Cheguei em casa e fui diretamente para o meu quarto, logo guardei as coisas na minha bancada. Aproveitei o fato de que eu não vou trabalhar para tirar minhas lentes, como eu odeio usar lentes. Coloquei meu óculos e olhei para o lado de fora por um tempo. Ah não véi, não é possível isso não, seriao.  Na janela do Jungwon, eu vi um papel. "Da próxima vez irei tomar mais cuidado, perdão." Eu que devia pedir desculpa por ver aquele templo sagrado que ele chama de tanquinho só agora. PARA COM ESSES PENSAMENTOS. Eu suspirei fundo e escrevi em um papel " Eu que peco desculpas, não devia ter continuado vendo." E coloquei na janela.

Enquanto andava para fora, vi o meu vizinho.

Eita lasquera. Agora não, não podia ser em um dia muito, mas muito longe de ontem?

Eu teria que passar por ele, então tentei cobrir minha cara o máximo possível. Coloquei minha mão no meu rosto como se eu estivesse passando mal, mas pra falar a verdade, se ele perceber que estou aqui, eu realmente vou passar mal.

ODIO!

Porque meu Deus? Por que eu? Por que tenho que passar por essas vergonhas todo dia? Por que é que ele me chama com tanta doçura mesmo depois de eu ver aquele corpo pedaço de mal caminho?

YARI PELO AMOR DE DEUS ESQUECE O CORPO DELE.

O que será que ele vai achar? Será que ele vai pensar que sou uma pevertida?

- Oi Jungwon! - o respondi tentando ser doce. - O que faz aqui?

- Eu estava passeando por aí, o clima está agradável hoje! - Eu assenti.

- E-enfim, eu tenho que ir porque eu preciso pegar alguns tanqu- preciso comer! - Juro que eu já posso tatuar "RIDICULA" bem grande na minha testa. - E por ontem, me desculpa, eu estava cansada e acabei nem pensando muito, mil perdões por invadir sua privacidade, não foi minha intenção eu juro e eu nem sei o porque que eu não fechei a janela logo e-

- Respire, Kang Yari! - Ditou calmo como sempre e rindo fofinho. - Gostaria de tomar café comigo? - Eu o olhei confusa - Disse que precisava comer, quero te fazer companhia. - Eu sorri docemente. Assenti e o garoto sorriu aliviado.

Fomos em direção a um pequeno café que ele indicou. Quando entramos, o doce cheiro de bolo invadiu o meu nariz, me fazendo soltar um suspiro, ele riu.

- Aqui é um lugar muito bom, eu prometo.

- Confio em você.

𝖣𝗈𝖼𝖾 𝖢𝗋𝖺𝗏𝗂𝗇𝖺 ☆ 𝖸. 𝖩𝗎𝗇𝗀𝗐𝗈𝗇,𝖾𝗇𝗁𝗒𝗉𝖾𝗇 ♡︎Onde histórias criam vida. Descubra agora