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Diana

Dor,  revolta era isso que eu sentia, eu não conseguia aceitar, eu não queria aceitar, é uma dor muito grande, parece que meu peito está se rasgando, eu fecho e abro os olhos várias e várias vezes, querendo que isso tudo não passe de um pesadelo, mas não é, é real, minha menina foi morta, eles conseguiram acabar comigo, nada mais faz sentido, eu não vou consegui, conviver com essa culpa, meu único desejo é morrer para não senti essa dor.

__Diana vem, olha o Gael, ele está em choque, tenta se controlar por ele.

__seu pai é um mostro, ele conseguiu o que tanto queria, ele me destruiu.

__Ei, vem comigo__o Arthur para a minha frente__ficar assim não, não vai ser bom nem para você e muito menos para o Gael, olha o estado dele, vamos para sua casa.

__não dá, eu não consigo.

__sim você pode, vem, a Laura vai levar o Gael, não podemos ficar aqui, não sabemos o que eles ainda podem fazer.

__eu não me importa, nada mais me importa.

__nem o seu filho,veja o estado dele.

Olho o meu pequeno que está sentado na calçada de cabeça baixa, ele chora muito, sou a pior mãe, não consigo nem confortar o meu filhos, me aproximo dele, me abaixo passando as mãos em seu cabelo.

__me desculpa meu amor__ele levanta a cabeça, se levanta e se joga em meus braços, me fazendo cair sentada, ele chora de soluçar me pedindo desculpas por não ter conseguido salvar a irmã__shiiiii, não chora, a culpa não foi sua meu amor.

__eu disse a ela para não ter medo, que não iria deixar ninguém a machucar, mas eu não cumprir com a minha promessa, era para ser eu.

Já não havia mais esperanças, eu estava sem chão, eu queria morrer, não iria consegui conviver, com a dor e com a culpa de ter perdido a minha menina, me sentia culpada, pois se eu tivesse abandonado tudo e ido embora nada, disso teria acontecido, vai ser difícil, principalmente para ele que presenciou tudo, como eles conseguiram ser tão sujos.

__vamos meu pequeno, precisamos sair daqui.

__eu não quero ficar nesse lugar__ele não desgruda do meu pescoço__me leva embora desse lugar, por favor.

[...]

O Gael não chorava mais, parecia que ele estava longe, estou abraçada com ele deitada na cama, ele olha para o nada, acredito que pensando em tudo o que passou, se passaram horas, mas parece que o tempo parou.

__Diana__olho para porta vendo a Raquel, me levanto quando vejo minha menina grudada em seu pescoço, tento me aproximar, mas minhas pernas falham, o medo de ser só um sonho, ela levanta a cabecinha e me olha, seus olhinhos estão inchados__vem filha, segura a sua filha, tudo ficará bem__ela se aproxima de mim, não consigo enxergar nada por conta das lágrimas, eu estou trêmula, estou com medo de quando ela chegar até mim eu acorde e perceba que era somente um sonho.

__Mel, mãezinha é a Mel, ela está bem__balanço a cabeça varia vezes.

__ela está em choque, Laura, tire as crianças daqui, vai para o outro quarto.

__Diana, olha para mim__sinto suas mãos em meu rosto__sou eu a Nick, só tenta respirar, qual o seu nome? Olha para mim e tenta me responder, você sabe o seu nome__balanço a cabeça em concordância__me diz o seu nome.

__Di...Diana.

__Diana de quê?

__Diana de Castro.

__isso, Diana, só tenta se acalma, vou te abraçar, só tenta se controlar, tudo irá ficar bem, eu estou aqui com você__ela me abraça, não retribuo de imediato, não consigo raciocinar direito, me diz o que você está sentido, quero te ajudar.

Consequências do Passado (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora