020

4.1K 275 56
                                    

Hold On

- Neymar Jr -

Assim que recebi a ligação do hospital informando que eu era o contato de emergência de Alice e que ela estava no hospital, eu peguei o primeiro vôo de volta para Barcelona e voei com Davi.

Deixei meu filho na casa da mãe e fui até o hospital.

Havia chegado tarde. Alice havia sido liberada horas antes. Me contaram que ela ficou alguns dias sem tomar seus remédios e teve uma crise de pânico, mas tudo foi resolvido com alguns medicamentos. Também me disseram que Gavi havia levado a garota de volta ao apartamento dela.

Enquanto corria de volta para meu carro, comecei a procurar pelo contato de Gavi e liguei para ele.

Pablo me disse que havia deixado Alice descansando em casa e que tinha ido comprar mais remédios para ela. Pedi para que ele esperasse por mim. Eu tinha uma cópia das receitas dela, assim poderia comprar os remédios. Gavi também disse que alguns remédios estavam no porta-malas do carro que usei sexta-feira para ir ao estádio.

Parei em casa para buscar os remédios na Ferrari e pegar as receitas.

Demorei mais de 30 minutos para conseguir chegar na farmácia que Alice costumava comprar seus remédios.

Mesmo com a receita, Gavi e eu ainda tivemos dificuldade em conseguir as medicações por não sermos Alice.

Cerca de 45 minutos depois, conseguimos sair da farmácia com os remédios necessários.

A farmácia era um pouco longe da casa de Alice e, com o rush, demorei ainda mais para alcançar o prédio em que ela morava.

Deixei meu carro na vaga de Alice no estacionamento do prédio e nós corremos até o elevador, apertando o 15° andar. Usei a minha digital, que Alice tinha feito questão de que fosse cadastrada na porta, e entrei no apartamento.

Corri em direção a suíte para ver como minha garota estava, mas não a encontrei. Comecei a caminhar pelo segundo andar do apartamento e não a encontrei. Desci e perguntei a Gavi se ele havia a encontrado.

Alice também não estava no primeiro andar.

Um pensamento tomou conta de minha mente. Meus pelos arrepiaram. Alice não poderia ter feito isso... Ou poderia?

Em um rápido movimento, corri até a escada e voltei a suíte. A porta do banheiro estava fechada. Travei por poucos segundos. Senti Gavi parar atrás de mim. Hesitante, em passos lentos, me aproximei da porta. Quanto mais passos, mais nítido era o vermelho que ameaçava manchar a madeira do quarto.

Meu coração parou por um instante.

Corri até a porta e a tentei abrir. Não estava trancada, mas algo me impedia de abri-la totalmente.

Algo não, alguém.

Com bastante custo, consegui entrar no banheiro.

Paralisei. A cena que eu presenciava era terrível e, com certeza, ficaria em minha memória até os dias da minha morte.

Alice estava caída no chão do banheiro, inconsciente e com sangue para todos os lados.

- Os batimentos cardíacos! - Gritei para mim mesmo. Suspirei aliviado ao ver que ela ainda tinha pulsação. - Liga para a ambulância. - Minha voz alta e embargada mandava a Gavi, que ainda estava no quarto. - Por favor, não me deixe... Por favor. - Implorava tanto para Alice quanto para os céus, seja lá qual Deus fosse escutar minhas preces. Talvez nenhum. Alice não acreditava em nenhum deles. - Por favor, Lili, por favor, não me deixe.

Em CampoOnde histórias criam vida. Descubra agora