War is over
- Pablo Gavi -
As duas semanas seguintes foram estranhas. Alice e eu conversamos um com o outro sem nenhuma intimidade; como se aquela noite não tivesse acontecido.
Durante esse meio tempo nós tivemos os jogos entre os times que, graças ao bom Deus, não foram a público, porque foram todos uma completa humilhação, principalmente os jogos de vôlei em que os garotos eram um time e as garotas eram outro.
Também tivemos treinos intensos para nos prepararmos pra um jogo, aonde teríamos que fazer uma viagem.
Naquela noite, eu tinha uma surpresa para fazer para Alice. A convidei para sairmos e queria aproveitar a noite para acabar com aquele clima estranho entre nós.
Ela foi se arrumar em seu apartamento e eu no meu.
Tomei um banho, coloquei uma calça jeans preta e um suéter branco. Passei um perfume, arrumei meu cabelo, coloquei uma correntinha e subi até o andar de Alice.
Cheguei no décimo quinto andar e percebi que sua porta estava destrancada. Entrei, Alice já sabia que eu viria, então não vi problemas em atravessar aquela porta.
Ela estava no banheiro da suíte, a porta aberta, e escovando o cabelo. Me sentei na cama e esperei.
- Vai ficar me encarando ou vai me ajudar?
Me levantei e caminhei até ela. A mais velha me entregou o secador e ela ficou cuidando da escova elétrica.
- Para. - Eu desliguei o secador e ela retirou uma piranha do cabelo, duvidiu a mecha e prendeu uma parte. - Liga de novo e aponta para a raíz.
Ficamos nessa por pouco menos de uma hora.
Depois mais uns 40 minutos para a maquiagem.
Alice voltou explendida. Uma calça de couro preta, um corset preto, também em uma material como couro, uma bota preta, um sobretudo bege e a corrente do colar que ela costumava esconder por debaixo da roupa.
Alice é, de longe, a imagem mais linda que já vi na vida.
Então ela começou a procurar por algo. Uma bolsa. Ela revirou aquela bolsa preta do dia do evento do Barcelona e começou a procurar por algo, outra vez.
- O que aconteceu? - Perguntei, tentando compreender a situação.
- Tinha uma carta nessa bolsa, ela sumiu. - Respondeu, ainda procurando a tal carta. - Estou com medo de ter deixado cair no evento do Barcelona daquele dia.
Ah, aquela carta.
Bem que o Neymar falou que ela gosta de cartas.
- Está lá em casa. - Alice se virou para mim em um movimento ligeiro. - Ela caiu no carro. Não sabia que era sua. Não sei exatamente onde está, mas vou procurar e te entregar.
Percebi que ela estava mais aliviada, mas não completamente.
- Não se preocupe, eu não li. - Não tardei em dizer. Vi ela ficar mais aliviada.
- Não? Por que não? Qualquer pessoa leria.
- Eu não. Não gostaria que alguém lesse algo tão particular.
Engoli em seco, percebendo o que acabei de falar.
- Bom, acho que podemos ir. - Ela estava sorridente, acho que por ter sua carta segura e intacta.
Ela confia em mim...
- Sim, podemos. - Falei, voltando ao mundo real.
Fomos até a garagem e entramos no carro.
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Em Campo
FanfictionAlice Escobar é uma jogadora de vôlei do Barcelona. Após um incidente em seu estágio de treino, o time feminino é obrigado a participar dos treinos de futebol masculino do Barcelona. Pablo Gavi é um jogador de futebol do Barcelona que, após um incid...