Cap 13

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Alguns meses depois...

- Mãe, eu só quero ter um parto tranquilo;

- Ana, eu só quero que você me escute;

- Mãe, eu não vou dizer quem é o pai do meu filho, ou melhor meu filho não tem pai;

- Todos tem um pai, o seu filho não seria diferente;

- Xiii, maninha desiste, sabe bem como mamãe é né, vamos acabar de arrumar suas coisas e do meu sobrinho;

- Leila, não se mete onde não é chamada;

- E eu menti mamãe? Quando a senhora quer, a senhora sabe ser chata;

- Leila, você mede as palavras pra falar comigo hein!

- A mãe não enche, você é maior chata mesmo, se Aninha não quer dizer quem é o pai do bebê você devia deixa-la em paz, apenas isso; minha irmã fala se levantando já sem paciência com minha mãe, coisa que eu também não tenho muito.

Elas chegaram, tem uma semana vieram para me ajudar depois do parto, mas pra falar a verdade eu já não aguento mais minha mãe todo dia arrumando um problema ou uma discursão, a última dela é tentar de todas as formas descobrir quem é o pai do meu filho, coitado do meu filho, com uma vó dessa, eu achei que não aguentaria, ainda bem que depois que Miguel nascer ela vai embora por causa do marido dela, nem sei porque ele deixou ela vir pra cá, acho que até ele estava cansado e está aproveitando os dias que ela está aqui para ter um descanso de minha mãe.

Amanhã finalmente é o dia do meu parto, estou muito ansiosa com a chegada dele, doida pra ver seu rostinho, doida para segura-lo em meus braços, eu tenho sonhado tanto com isso, estou contando as horas.

Minha irmã vai ficar comigo, por umas duas semanas, estava com muita saudade dela, vou aproveitar esses dias para ficar mais com ela, Kate chega hoje a noite, ela vai acompanhar meu parto, já que minha mãe e minha irmã disseram que não tem coragem, minha amiga disse que não me deixaria sozinha num momento tão importante como esse, Kate é aquele tipo de amiga que mesmo distante você pode contar pra tudo, ela é como se fosse uma irmã e é assim que eu a considero, eu a amo demais.

Kate –

Hoje eu embarco para França, meu afilhado vai nascer amanhã e eu estou indo pra lá acompanhar o parto e ajudar minha amiga por alguns dias, estou muito ansiosa, doida pra ver a carinha do meu afilhado, Ana está tão bem, está linda grávida, ela fez um ensaio fotográfico e as fotos ficaram lindas, é uma pena tudo que aquele babaca fez com ela, era para os dois estarem curtindo esse momento juntos, mas ele não foi capaz de assumir o papel dele de pai, mas minha amiga está sendo mulher pra caramba e assumiu tudo sozinha, eu tenho um baita orgulho de minha amiga.

Depois de todos esses meses, finalmente nós vamos nos reencontrar, nós ficamos todos esses meses se falando pelo whatsapp, fazendo chamadas de vídeos, mas estou doida para reencontra-la e dar um grande abraço nela, esses últimos meses tem sido muito difícil sem Ana aqui, o que me salva são meus plantões, eu tenho virado noites e mais noites trabalhando, para tentar não lembrar que minha melhor amiga se foi, mas isso logo vai acabar, daqui algumas horas estou desembarcando na França.

Carla mãe de Ana –

O garota teimosa essa minha filha, eu vim decidida a saber quem é o pai do meu neto e não darei paz a Ana, enquanto ela não me contar, o pior é Leila se metendo no assunto, tem horas que dar vontade de dar uns tapas nela, e Anastásia com essa teimosia dela, quero ver quando as contas começarem chegar se ela vai continuar com essa história de que quer mãe solteira, ela não tem noção do quanto é difícil cuidar de uma criança sozinha, as coisas estão tão difícil, enquanto está na barriga é fácil quero ver depois que nascer, no começo ela vai ter toda ajuda possível, quero ver quando todos voltarem as suas rotinas e forem embora, quero ver como ela vai se virar sozinha, a sorte dela é que o pai dela vai ajuda- lá.

Mas eu não concordo com isso e sempre que eu puder eu vou falar sim, goste quem gostar, não sou obrigada ver minha filha destruindo a vida dela e ficar quieta, isso que ela está fazendo é um absurdo, se o pai do meu neto tem condições e puder ajudar ele tem que ajudar e ponto, e se caso não tiver condições que dê um jeito de ajudar, o que não pode é Ana se virar nos trintas para cuidar sozinha.

Leila –

De verdade eu não sei como Ana tem paciência para aguentar minha mãe, eu corto logo, pois ela é um pessoa insuportável, em tudo acha que tem razão e que todos tem que aceitar o que ela fala, eu não tenho um pingo de paciência com ela e comigo ela não tira onda, eu dou logo uns foras, mas minha irmã parece não querer se comprometer, uma vez ou outra ela responde, acho que por isso que quando ela engravidou, optou por vir morar com papai e não com minha mãe, meu pai é um ser sensacional, iluminado e que nos compreende e respeita nossas decisões acima de tudo, enquanto minha mãe, além de não aceitar ainda retruca e quer impor sua opinião a qualquer custo, ainda bem que minha mãe vai embora depois do parto, e aí vou poder curtir minha irmã e meu sobrinho, porque com ela aqui, nós não conseguimos nem conversar, tenho certeza de que minha irmã vai me contar o que houve, nós nos falamos muito por telefone, mas ela disse que me contaria pessoalmente, mas minha mãe sempre atrapalha.

Eu só acho que minha mãe devia respeitar a decisão de Ana, se ela quis ter um filho solo, o problema é dela, isso é uma decisão somente dela e de mais ninguém, quem vai cuidar e alimentar a criança é ela e não minha mãe, Ana é uma mulher forte e sei que ela é muito capaz de cuidar e criar meu sobrinho sozinha.

50 Vezes amorOnde histórias criam vida. Descubra agora