Cap 33

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O sangue falou mais alto nesse momento meu coração quase explodiu de alegria em ver meu filho se jogar para meu colo e grudar em meu pescoço e nem ligar para sua mãe.

Ana se manteve ali parada, olhando para aquela cena e mesmo não querendo admitir ela sabia que isso um dia aconteceria, mas não imaginou que seria assim tão rápido de uma hora para outra, ela estava totalmente sem ação, porque Miguel estava fazendo aquilo com ela, ele não soltava o pescoço do pai e se mantinha ali grudado como se isso sempre tivesse acontecido.

Ana está totalmente irritada, mas não quer causar um escândalo e chamar a atenção dos convidados, então antes de qualquer atitude teria que pensar no que fazer, ela viu que ao longe sua família estava olhando-os e esperando o que aconteceria a seguir, por isso ela teria que ser cautelosa com sua atitude.

"Será que você poderia me dar meu filho?" Falou entre os dentes, para um Christian que era todo sorriso, sorriso esse que parecia mais uma provocação ao ver de Ana.

"Se ele quisesse ir com você eu te daria ele."

"Ele não tem querer." Falou agora com tom mais pesado, fazendo com que Miguel apertasse mais seus pequenos bracinhos em volta do pescoço do pai.

Ana não conseguia acreditar no que Miguel estava fazendo, no momento em que ela os viu juntos, até se esqueceu que a criança havia fugido.

"Deixe ele comigo, assim que ele se acalmar eu levo ele pra você."

"Pode ir parando por aí, não vem querer dar uma de bom moço com meu filho agora, quando você teve a sua chance, você não quis e você não vai brincar com meu filho, até porque você agora tem um filho pra se preocupar, então não me venha com essa."

"Do que você está falando?"

"De sua namorada Mia."

"Para inicio de conversa ela não é mais minha namorada e sim ela está gravida e eu estou dando toda assistência, mas nós não estamos mais juntos."

"Que bom, pelo menos essa criança teve mais sorte, pelo menos você está dando suporte." _ Eu não posso me chatear com isso, mas me magoa demais saber que ele está dando assistência para o filho dela e nunca sequer quis saber de Miguel.

"Mas assim que nascer, eu irei fazer um dna, para saber se é realmente meu filho."

"Dessa vez, você também sugeriu um aborto? Ou foi apenas comigo?"

"Ana, me perdoe, eu errei muito com você, fui um verdadeiro babaca essa é a verdade."

"Babaca é pouco Grey." Falou com bastante desdenho na voz.

"Você tem todo direito de pensar o que quiser sobre mim, mas só não me afaste de meu filho." Pediu Christian alisando os cabelinhos do menino.

"Filho? Tem certeza?"

"Sim!"

"Não precisa de um exame para ter certeza?"

"Não precisa o menino é a minha cópia." E realmente Miguel era a cópia do pai, ele poderia ser chamado de Grey mirim por tamanha semelhança.

Ana se calou depois do que Christian acabou de falar, agora ele não precisa de um exame para ter certeza de que o menino é seu filho, antes ele queria que ela interrompesse a gravidez, agora queria uma oportunidade de se aproximar do filho, assim do nada.

"Ana, vamos conversar em outro lugar, quando você puder?" Christian falou chamando a atenção de Ana outra vez.

"Nós não temos nada para conversar."

"Nós temos e você sabe que mais cedo ou mais tarde teremos que conversar."

"De você eu só quero distância e nada mais."

"Eu não vou desistir de vocês."

"Se eu fosse você, sumiria de nossas vidas e nos deixaria em paz."

"Eu vou lutar por vocês."

"Faça o que você achar melhor, agora me dê ele."

Miguel, acabou dormindo no colo do pai, que acariciava sem cabelinhos enquanto o segurava em seu colo, ele soltou os bracinhos do menino com cuidado de seu pescoço para que ele não acordasse e o entregou para a mãe, que o segurou feito uma leoa brava, que queria a todo custo proteger sua cria.

Ana era uma mãe protetora e essa aproximação de Christian deixou sua confiança abalada, ela ficou realmente com muito medo, até porque Miguel teve uma reação que ela não esperava, na verdade acho que ninguém esperava que o menino fosse se jogar no colo do pai, como se soubesse quem ele é de verdade.

Quem os olhavam de longe, diria que os dois são muito próximos e se olhasse bem direitinho notariam tal semelhança entre os dois e matariam a xarada, de que na verdade se tratava de pai e filho num momento de carinhos.

Ana saiu com o filho em seu colo e Christian não querendo ser mais evasivo ficou assistindo os dois se afastarem.

Ele estava contente com o que acabou de acontecer, seu filho o reconheceu e Ana mesmo sendo dura, já lhe deu alguma abertura e agora mesmo que ele não iria desistir dos dois.

Ana voltou para festa com seu pequeno em seu colo, ela se juntou a sua família que a olhavam interrogativamente, sem entender quem ela aquele homem que Miguel estava grudado, ela fingiu que nada estava acontecendo e colocou o menino no carrinho, para que ele dormisse mais confortável.

O clima pesado se dissipou quando os noivos se aproximaram daquela mesa e todos se levantaram para cumprimenta-los e desejar todas as felicitações possíveis, era um momento muito importante então deixaram para fazer um interrogatório mais tarde.

A família de Ana era bem discreta, e jamais causariam uma cena em público, logo após a saída dos  noivos, sua irmã Leila se desculpou de todas as formas por ter perdido Miguel.

Agora ela estava tranquila e não tiraria mais seus olhos de seu filho por nada, seu cuidado seria redobrado e não deixaria que Christian se aproximasse outra vez da criança.

Ela viu de sua mesa quando Christian passou e foi cumprimentar os noivos, ela achou estranho pois ele foi ao casamento sozinho, não tinha nenhuma companhia, será mesmo que ele falava a verdade sobre a ex, eles realmente terminaram? Ela deve está com os meses bem avançados, mesmo não sendo da conta dela ficou curiosa para saber mais sobre esse assunto, se quem falava a verdade era Mia ou Christian.

A festa continuou a todo vapor, os noivos estavam muito felizes, certa hora da noite Ana decidiu que era hora de ir embora por causa de Miguel, ela não viu mais Christian, talvez ele já tenha ido embora, assim que ela foi se despedir dos noivos, mas sua amiga não permitiu sua saída antes de jogar seu buquê.

E lá estava Ana sem intenção nenhuma de pegar aquele buquê, estava ali apenas para não chatear sua melhor amiga, ela se manteve um pouco afastada daquele grupo de mulheres que estavam numa verdadeira histeria e louca pelo buquê da noiva, tudo que Ana menos queria nesse momento era pensar num relacionamento que dirá um casamento.

Se tivesse sido combinado não teria dado tão certo, o buquê caiu bem nos braços de Ana que os mantinha-os cruzados sobre seus peitos, ela se assustou e segurou o buquê num reflexo assustador, todos a aplaudiram pela sorte, se bem que seu sorriso amarelo já dizia tudo.

Ela não tinha a mínima vontade de ter pego o buquê, sua amiga veio comemorar e parabenizar pela sorte, as duas se abraçaram em comemoração, e Ana aproveitou para se despedir e logo em seguida foi embora com seu pequeno.




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