Capítulo X

1.2K 143 9
                                    


Se a morte estava tentando buscar Akemi, ela deveria ser demitida por um péssimo trabalho. A mulher acordou no dia seguinte bem, diante das condições que seu corpo estavam e sua quase morte, ela estava muito bem e lidando suficientemente a dor que o ferimento recém suturado causava.


Como Arisu e Usagi não apareceram, caberia a ela sobreviver sozinha até que desse de cara com a dupla ou acabasse sendo sequestrada também pelos membros da Utopia "Praia". Durante o dia a mulher passou todo tempo descansando e se alimentando, cuidou dos ferimentos e teve certeza de que conseguiria suportar as dores durante o jogo que iria participar essa noite.


Suspirando pesadamente, ela preparou sua nova bolsa deixando um canto separado apenas para remédios que precisaria tomar em uma emergência ou para suportar a dor da ferida e partiu para a arena mais próxima.


Ela era um parque de diversão, a construção iluminada atraia os olhos para as luzes e seus brinquedos radiantes que um dia trouxe alegria e bons momentos para muitos ali — Akemi não era diferente.


Olhando para o carrossel que aos poucos começava a se iluminar ganhando leves movimentos enquanto os cavalos brancos de estátua subiam e desciam lentamente, foi até a mesa onde alguns celulares ainda estavam disponíveis para as inscrições. Levando até o rosto escutou o som da voz anunciando sua inscrição.


Akemi levantou o olhar até a placa que anunciava os pontos e desenho de animais que ela jamais gostaria de ter um encontro direto, engolindo em seco, pensou que já deveria tomar um remédio para dor antes de começar a exigir de seu corpo e realmente precisar. Agora com uma pequena pochete como Usagi fazia, ela abriu puxando o remédio e uma garrafinha de água tomando-o em duas boas goladas.


A roupa, uma nova calça de tecido macio e costura mais larga que não tocava seus pontos novos era ao mesmo tempo muito útil para esconder suas armas como a seu amado canivete por dentro do cós de sua calça, ou o estilete menor preso no tornozelo e escondido pela bainha da roupa preta.


"Jogo: caçador de feras "


"Regras: usando placar como referência, trabalhem em conjunto e derrotem as feras na arena "


Akemi não perdeu tempo, sabendo o que viria para frente se afastou da multidão que iria atrair a atenção dos maiores predadores famintos e foi em direção dos brinquedos onde havia mais vigas de ferro onde poderia subir com certa facilidade.


A roda gigante não era tão longe da montanha russa onde algumas pessoas armadas já estavam tomando conta enquanto atiravam para lados opostos e desordenados — idiotas — era o que ela falava em sussurros vendo a cena.


Lembrando que um dos animais seria uma ave de rapina, esperou uma das cabines chegar ao chão antes de se jogar dentro dela a vendo subir. A dançarina viu dos céus as luzes dos disparos e os berros daqueles que morriam aos montes no chão do parque, alguns corriam por suas vidas em uma manada que claramente servia de isca para os atiradores usarem à vontade contra os predadores.


Akemi em silencio escutou quando um grito de uma águia gritou antes de dar um rasante se aproximando dos andares mais baixos da roda gigante onde algumas pessoas haviam usado da mesma estratégia da estudante nos jogos, ou apenas buscavam algo mais seguro, não tinha como ter certeza de qual seria o correto.

Raposa | Shuntaro ChishiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora