Capítulo XXX

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ALERTA: Esse capítulo é um bônus +18. Caso não goste desse tipo de conteúdo ou ache que cenas assim com um personagem como Chishiya não iria ocorrer, pule para o próximo capítulo! As cenas não irão alterar sua experiência na leitura! Grata, Alexy.


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No começo, Akemi notou que os músculos de Chishiya estavam tensos como se recusando um pouco o contato e ao se afastar, as mãos a envolveram puxando para perto. A mulher se sentia como em seu primeiro beijo, borboletas no estômago, mãos tremulas e um batimento descontrolado em seu peito.


Seu rosto começou a se aquecer enquanto sentia que o beijo estava se tornando um tanto intenso, Chishiya não parecia muito fã de usar a língua no beijo, mas os movimentos, suaves e profundos, vezes se alterava quando ele mordiscava os lábios de Akemi. Abrindo os olhos, viu ele também o fazer se afastando um pouco, um pequeno fio de saliva se cortou.


— Eu fui muito impulsiva — Akemi disse passando o dedo delicadamente em seu lábio tirando um pouco da umidade deixada ali — Mas você até que beija bem.


— Sério? — Chishiya zombou da mulher, um leve sorriso em seus lábios — É... Eu pensei que poderia ser pior.


— Shuntaro — Akemi riu batendo contra o topo da cabeça do homem, seus dedos deslizaram pelos fios enquanto ela se perdia ali.


— Não sei se fico preocupado de me esfaquear ou cortar meu cabelo por vingança — A mulher estalou a língua quando escutou isso, ela não seria tão cruel de cortar aqueles fios.


— Te esfaquear sim, mas eu jamais cortaria seu cabelo — Ela sorriu, seus olhos vibravam uma luz ainda leve, o corpo pesado pelos efeitos do remédio — Droga, eu quero te beijar novamente.


Antes que a dançarina tomasse a iniciativa, foi a vez de Chishiya que se levantando, aproximou seu rosto fazendo Akemi encostar o corpo contra o encosto do sofá o encarando contra os cílios, suas mãos se apoiaram em lados opostos a deixando no centro antes de buscar seus lábios os tomando para si.


Foi sua vez de retribuir, as mãos foram até seu rosto acariciando os traços em busca de um calor, porém, não demorou muito para que Chishiya usasse suas mãos para guiar onde preferia ser tocado pela jovem. Akemi riu contra seus lábios, os olhos se fechando enquanto ela buscava pelos fios como foi pedido em forma silenciosa pelo loiro.


Ao se afastar, um leve gemido escapou de seu corpo, manhoso, pedia por mais, não apenas mais beijos, mas contato de seus corpos. Fazia tempo que Akemi não desejava alguém de fato, talvez mais de cinco anos, todas as vezes que se envolvia com alguém era por dinheiro.


Seus clientes pagavam bem, isso a fazia aceitar suas investidas, uma quantia com vários zeros que se tornavam remédios para seu irmão e uma mancha em sua alma. Akemi odiava seu trabalho, odiava os toques invasivos, odiava como se tornou sujo o seu corpo, mas ela sempre precisou tanto... Ela queria aquilo?


— Chishiya — Akemi o chamou se afastando, seus olhos se abrindo para a encarar, os cílios longos escondendo um pouco os orbes escuros e felinos dele— É melhor parar aqui... Já que eu sou uma prostituta...

Raposa | Shuntaro ChishiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora