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4 DE MARÇO, 2019

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4 DE MARÇO, 2019

Jisung sentia vontade de se matar. Ele se jogou em uma das últimas cadeiras e jogou sua cabeça para trás. Bocejou e em seguida se ajeitou na cadeira. Olhou ao redor e não viu nenhum rosto conhecido, os alunos ainda estavam entrando e ele ia esperar pra começar a julgar todo mundo.

Aos poucos a sala ia enchendo e quando Hyunjin entrou, ele comemorou; quando Felix e Seungmin entraram, ele ficou ainda mais feliz. Podia não parecer, mas ele acabou gostando dos dois. Ambos gostam de corrida e de carro, não tem nada melhor que isso.

— Eu achei que fosse ficar aqui sozinho. — Jisung falou e Felix riu.

— Esse ano nosso grupo foi separado. — Felix falou triste.

— Porque será, né? — Seungmin falou sugestivo.

A professora chegou e junto com ela estava Lee Minho. Jisung riu de lado, o ano seria interessante. Quando o olhar do Han se cruzou com o do Lee, o arroxeado revirou os olhos e se sentou em uma cadeira na primeira fileira.

— Acho que você arrumou briga com o Minho. — Felix falou animado.

— Ele que começou falando merda pro meu irmão.

— O Minho é meio idiota, mas não é tão ruim assim. — Seungmin deu de ombros.

— Ele chamou meu irmão de burro e isso a  última coisa que o Junhan é.

— Eu falo pro Seungmin que ele é idiota, mas ele não concordar. — Foi a vez de Felix dar de ombros.

— Eu só acho ele mimado. O Minho sempre consegue o que quer, por isso ele é assim. — O Kim falou.

Jisung deu de ombros. Ainda sim ele tinha um leve ranço do Lee. Odiava que falassem merda para seu irmão.

— Eu ainda não gosto dele.

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A segunda aula veio e com ela o estresse de Jisung. Ele odiava matemática? Sim, quem não odeia, né? Mas a professora, por incrível que pareça, fazia a aula ficar divertida. Ela explicava a matéria com muita calma e classe. E caso você não entendesse, ela te dava liberdade de levantar a mão e ela iria tornar a explicar.

Quando a ida ao quadro veio, Jisung se odiou. Mas ele viu uma oportunidade perfeita de superar Minho em alguma coisa. A professora tinha mandado alunos até o quadro, é óbvio que o primeiro a levantar para ir foi o arroxeado. Ele respondeu a conta que estava no quadro e voltou pro lugar.

A cabeça do Han se pendeu pro lado e seu cenho se franziu. Os resultados até podiam estar certos, mas a conta em si, estava confusa. E até a professora tinha notado, mas ela preferiu ficar em silêncio. Algo que Jisung também devia ter feito.

Mas ele não fez.

Ele levantou a mão e a professora o encarou.

— Você é novo, né?

— Sim. Eu sou Jisung.

Ela sorriu em sua direção.

— Seja bem vindo, Jisung. Qual é a sua dúvida?

— O resultado da conta no quadro pode até estar certo, mas o restante está errado, feio e desorganizado. Parece que essa conta foi feita por uma criança de dez anos.

A professora foi totalmente pega de surpresa e pela cara que ela fez, não era todo mundo que falava algo em suas aulas.

— Ok. Se você acha isso, pode vir aqui corrigir.

— Beleza.

Jisung levantou, caminhou até o quadro e fez questão de passar ao lado de Minho. Ele viu a cara do Lee extremamente séria e parecia que ele podia surtar a qualquer momento. O Han apagou todos os cálculos do quadro branco e refez tudo. Com muita calma e paciência. No fim, ele sorriu na direção da professora e voltou para seu lugar, mas sem antes olhar na direção do arroxeado e sorrir.

— Muito bem, Jisung.

E a aula continuou.

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— Eu odeio ele!

Christopher se assustou quando Minho bateu na mesa do refeitório. Todo mundo o olhou assustado, inclusive seus amigos.

— Nós já entendemos. — Changbin falou rindo.

— Como ele pode fazer eu passar essa  vergonha na frente da sala toda?

Hyunjin encarou o amigo.

— Você não fez isso ano passado?

Silêncio na mesa. Já deu pra notar que o Hwang é um dos poucos que consegue bater de frente com Minho, né?

— É diferente.

Hyunjin franziu o cenho.

— É diferente, como?

Hyunjin sabia do perigo que era irritar o amigo, mas ele realmente não ligava.

— É só diferente, caralho. — Ele aumentou um pouco o tom de voz.

— Não grita comigo, porra!

— Diferente do que? — Jooyeon perguntou. — Ano passado você fez uma menina se urinar nas calças no meio da sala, porque ela não entendeu o trabalho e por isso não conseguiu terminar a parte dela. Aonde isso é diferente Minho?

Silêncio na mesa. O Lee estava encarando Jooyeon mortalmente e o de cabelos longos tinha um sorrisinho no rosto.

— Eu odeio vocês!

Ele se levantou e saiu pisando duro para fora do refeitório.

E seus amigos? Bom, eles riram.

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— O que vocês acham sobre aborto? Na minha opinião, isso é crime! Querendo ou não, é uma vida que tem ali.

Jisung estava na aula de sociologia e ele simplesmente já tinha odiado o Sr Choi. Ele era um velho barrigudo e que gostava de se meter onde ele com toda certeza não foi chamado. O Han odiava se meter nesses assuntos, porque não era local de fala dele e de ninguém naquela sala, já que não tinha nenhuma menina ali.

E a situação só piorou, quando Minho falou.

— Concordo com o senhor. É crime e ponto final.

Jisung riu e acabou que sua risada foi um pouco alta demais.

— Lá vai ele se meter em confusão de novo. — Felix falou e ele fingiu não escutar.

— Você tem uma opinião diferente, senhor...?

— Jisung, Han Jisung.

O professor assentiu.

— Qual é a sua opinião, Jisung?

— Vou te fazer uma simples pergunta, posso?

— Deve.

— O senhor é casado?

O professor ficou confuso, mas respondeu a pergunta.

— Muito bem casado.

— O aborto é crime, né?

— Sem direito a fiança.

— Esse crime vale também para amantes?Vamos supor que o senhor tenha uma amante e ela engravida, o senhor vai deixar ela ter o filho ou vai mandar abortar?

Silêncio. Todos os olhares agora estavam em cima do professor. Ele engoliu seco e afrouxou a gravata que usava.

— Abram o livro na página dez.

Jisung riu triunfante.

Fim do debate e a aula continuou tranquilamente.

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Between Rivalry, Kisses & Racing - MinSung Onde histórias criam vida. Descubra agora