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6 DE MARÇO, 2019

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6 DE MARÇO, 2019

— Para de tentar me envergonhar!

Jisung riu de lado.

— Não preciso fazer isso, você faz isso sozinho.

Minho respirou fundo e se segurou para não avançar no pescoço do Han. A confusão começou, quando Jisung o corrigiu no meio da aula de inglês. Odiava ser corrigido e já tinha chegado em seu limite com o idiota do Han.

— Você já provou que não é burro, ok? Agora pare!

Jisung se aproximou um pouco mais do Lee e o olhou olhos nos olhos.

— Eu ainda não acabei, na verdade, nem comecei direito.

O moreno passou por Minho e fez questão de esbarrar em seu ombro. O Lee respirou fundo e se controlou muito pra não surtar. Sua vida perfeita estava se tornando um caos total e ele só podia fazer uma coisa.

Ele caminhou pelo corredor longo e logo ele estava abrindo a porta do escritório de seu pai bruscamente. O mais velho franziu o cenho na direção do filho.

— A que devo a honra de sua visita? — Apoiou os cotovelos na mesa e focou seu olhar no filho.

— Minha vida virou um inferno!

Ficou em silêncio. Sabia que Minho era um tanto dramático e eles ainda estavam no terceiro dia de aula.

— O que te aflige?

— Tem um aluno novo na minha turma e ele é um idiota! Pai, muda ele de turma.

O sr Lee sabia como o filho era e sabia principalmente da fama dele. Minho não era uma pessoa fácil de se lidar. E ele também sabia que a culpa era sua. Lee Minho era mimado ao extremo e agora não tinha mais como mudar, a merda já estava feita.

— Eu quero um motivo pra fazer isso.

Minho engoliu seco.

— Eu não posso mudar um aluno de turma sem mais nem menos, meu filho. Tenho que ter um motivo plausível.

O arroxeado passou os dedos por seus cabelos e tornou a encarar o pai.

— Ele disse que vai me ultrapassar, pai.

Se Lee riu de lado.

— O que você fez pra esse garoto, Minho?

— Nada!

— Porque eu não acredito?

Minho bufou.

— Eu posso ter chamado o irmão dele burro e tapado.

O sr Lee encarou o filho e suspirou derrotado.

— Agora você aguenta esse garoto pegando no seu pé, vê se assim você aprende a não humilhar as pessoas. Eu ainda não esqueci do que você fez com aquela garota, Minho e nunca vou esquecer, eu recebi um processo por isso.

O mais novo assentiu.

— Você precisa parar com isso. O mundo não gira ao seu redor Minho e não é todo mundo que vai ter medo de você, só porque é filho do diretor e dono da escola. — O mais velho falou e Minho estava se arrependendo de ter ido ali. — Pede desculpa pro irmão do menino que está te importunando.

— Me recuso!

— Então aguente ele no seu pé.

E Minho não sabia o que fazer.

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Minho subiu as escadas lentamente, não estava com vontade de ir até o seu quarto e já estava se arrependendo de sua ideia. Era como se só tivesse fazendo isso, porque Jisung estava pegando no seu pé. E de fato, era por isso mesmo. Só estava no terceiro dia de aula e já estava querendo se jogar da janela mais alta.

O arroxeado era de fato bem mimado e ele não tinha culpa disso. Foi o primeiro filho, o primeiro neto e o primeiro bisneto. Ele sempre conseguiu tudo que queria, nunca recebeu um não em sua vida e o fato dos alunos terem um pouco de medo dele só por ser filho do diretor, lhe deixava animado. Minho era legal.. Porém nem tanto.

Chegou em seu quarto e parou em frente a porta. Respirou fundo, antes de rodar a maçaneta e entrar. Ele viu seu colega de quarto deitado em sua cama, enquanto lia e ouvia música. Minho achou aquilo estranho. Não era comum os alunos daquela escola lerem. Ele voltou a respirar fundo e parou em frente a cama do Han.

— Junhan?

Sem sucesso.

— Junhan?

Novamente sem sucesso.

— Junhan? — Ele empurrou o pé do avermelhado, que se assustou e encarou Minho.

— Que?

Minho sorriu em sua direção.

— Toma.

Minho estendeu uma bebida na direção do Han, que franziu o cenho em confusão, mas no fim,deu de ombro e pegou.

— Esse é seu jeito de pedir desculpas?

Minho assentiu sem graça.

Junhan abriu a latinha de refrigerante e deu um gole, antes de encarar o Lee.

— Você se parece muito com o meu irmão. Fiz merda, vou pedir desculpas? Não. Vou te dar algo e estamos bem de novo. Não é assim que as coisas funcionam. — Ele voltou a beber do refrigerante.

Minho engoliu seco.

— Eu não devia ter falado daquela forma. Você é novo aqui e eu devia ter sido mais legal.

Junhan riu.

— Não foi um pedido de desculpas, mas eu aceito.

Minho respirou aliviado.

— Mas se você fez isso só pro meu irmão sair do seu pé, saiba que esse pedido de desculpas mixuruca não vai funcionar. — Junhan bebeu mais um pouco do refrigerante e riu na direção do Minho. — Ele não costuma voltar atrás quando começa com algo. E parece que pegar no seu pé, se tornou o passatempo favorito dele.

— Fala com ele.

O avermelhado riu.

— Não! Ainda estamos no terceiro dia de aula e você já está pedindo arrego, imagine quando começar a época das provas e ele te superar em todas. Aí sim você vai pedir arrego

Minho respirou fundo.

— Finalmente chegou alguém que bate de frente com você e você não está sabendo lidar com isso. Supera Minho, o mundo não gira ao seu redor.

Junhan voltou a colocar seus fones e sorriu na direção do Lee, antes de voltar a ler seu livro. Minho saiu do quarto pisando duro. Ele entrou no primeiro banheiro que achou naquele andar e se apoiou na pia. Seus dedos começaram a ficar branco, de tanto que ele estava apertando o mármore.

— Eu odeio esse garoto!

Minho se olhou no espelho e tentou controlar sua respiração. Não podia perder a cabeça. Ainda estava no terceiro dia de aula, precisava se preparar, se Jisung estava disposto a fazer de sua vida um inferno, ele precisava retribuir ou virar amigo do Han.

— Afinal, mantenha os amigos sempre por perto, e os inimigos mais perto ainda.

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Between Rivalry, Kisses & Racing - MinSung Onde histórias criam vida. Descubra agora