Viagem

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Rafaella
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Ontem me convenceram de ir viajar pro Brasil, de inicio eu não queria vir por que não quero que minha mãe e meu irmão me vejam assim. Mas pensando bem, eu estou com tanta saudade deles e por esse motivo agora estou eu observando a janela do avião, sentindo-me ansiosa de mais para encontrá-los .

Já tem mais de nove horas nesse avião, já estou no Brasil, a qualquer momento eu vejo a minha cidade diante dos meus olhos e isso me emociona, voltar pra casa novamente, depois de tanto tempo me emociona demais.

A última vez que eu vi o Brasil foi a seis anos, quando eu me mudava para Nova York . Desde então gastei energias na minha faculdade, no trabalho e em proporcionar uma vida boa e confortável a minha família. Não me sobrava tempo, nem dinheiro para o vôo, com as passagens tão caras eu tinha que escolher entre vir ou dá um bom prato de comida a eles.

Sofia, minha sobrinha nasceu e eu só a vi pelo celular. A anos não vejo nenhum deles, não posso acreditar que isso está acontecendo.

Gizelly se senta ao meu lado, Juliette e Manu a nossa frente. O avião começa a descer e vejo o cristo redentor, sentindo as primeiras lágrimas descerem por meu rosto, dessa vez é de felicidade.

- Meu lar, minha cidade, minha casa.- Falo baixinho.

- Coloca o cinto, Rafa, vamos pousar no rio.- Manu diz me olhando sorridente.

Faço como ela me falou vendo Gizelly fazer o mesmo e me encarar por alguns segundos e então eu desvio o olhar. Poucos minutos depois  pousamos no aeroporto Santos Dummont.

Ali me emocionei, principalmente quando estava na porta do jatinho e olhei o lugar onde eu morava, me lembrando das vezes em que olhei o avião decolando e me imaginei nele.

- O que foi? Tá se sentindo bem, Rafa?.- Gizelly pergunta atrás de mim.

- Tá tudo bem sim, obrigada.- Eu vim de lá.- Aponto para o lugar.

- Tá brincando?.- Manu me abraça.

- Sabe quantas vezes vi o avião pousando, decolando e quis com todas as minhas forças estar lá, fora da minha realidade?

- Sua família mora lá?.- Gizelly pergunta.

- Não, eu tirei eles de lá, agora moram em uma cidade praiana fora daquilo tudo.- Conto orgulhosa, sentindo suas mãos apertar os meus ombros e eu a encaro por cima do mesmo e então ela tira sua mão abaixando a cabeça.

- Voce é foda demais amiga, demais.- Manu me abraça carinhosamente.

- Mais do que você imagina.
Fecho meus olhos ao sentir a brisa quente, do verão beijar o meu rosto. Solto um sorriso gigante, eu estou no rio de janeiro, obrigada Jesus.

Saio por completo, descendo as escadas, em questão de minutos o sol de quarenta graus começa a torrar em cima da minha cabeça.
Olha que essa nem é a maior temperatura que já chegamos.

Tiro o casaco de moletom, ficando apenas com o top, amarrando o casaco na minha cintura por cima do short também de moletom, é conjunto.

Fizemos todos os procedimentos necessários, pegamos o dinheiro que trocamos já no real. Saimos do aeroporto entrando no carro alugado e os seguranças nos deles logos atrás.

Juliette e Manu agilizaram tudo muito bem em tão pouco tempo.


- Vamos ficar em um hotel na barra até mais tarde, quando for a noite pegamos a estrada que vai estar mais vazia. Talvez peguemos algum engarrafamento, tão perto do carnaval assim o pessoal costuma viajar muito. Mas a casa dos meus pais não é tão longe daqui.- Informo.

MINHA POR CONTRATO ( GIRAFA) G!P (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora