Rafaella
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De forma bruta eu me livro do abraço de Gizelly, saindo desesperada da cama com a mão na boca, correndo até o vaso. Só tive tempo de levantar a tampa, ajoelhei-me ali e comecei a vomitar tudo o que eu tinha que vomitar e acho que até o que eu não tinha também, parecia que até as minhas tripas iam sair naquele exato momento.Senti quando o meu cabelo foi erguido, formando um rabo de cavalo, impedindo que ficassem pelo vaso. Foi bom, para que me deixasse um pouco mais confortável.
Apoio minhas mãos ao redor da privada, vomitando mais um pouco. Quando finalmente acaba, jogo o corpo para o lado e ela dá descarga, pegando o meu corpo e me sentando em cima da tampa do mesmo.
- Gi, trás água pra mim por favor.- Peço com a voz fraca, sentindo-me um pouco tonta.
Provavelmente fiquei muito fraca com tudo que vomitei, faz parte. Sempre quis ser mãe, então já sabia que junto com a maravilhosa sensação de estar gerando uma vida, teria essas manifestações no meu corpo. No inicio vai ser bem complicado, mas aos poucos eu me acostumo e fica mais fácil.
Gizelly mesmo não querendo sai do meu lado e volta com um copo cheio d’ água. Tomo o liquido aos poucos, sentindo a minha garganta um pouco mais molhada do que antes já que ela estava extremamente seca, agora tenho que tirar o gosto ruim que fica na boca.
Levanto-me e vou caminhando aos poucos até a pia. Escovo meus dentes umas quatro vezes e só então o gosto passa, permitindo que eu fique mais á vontade para voltar a cama novamente. Uma coisa extremamente ruim é esse gosto de vomito, acredite, voce nunca sentiu algo tão ruim quanto esse gosto horrível.
Deito na cama novamente, levando a mão até a minha barriga. Gizelly se senta ao meu lado, segura nas minhas mãos e me olha com um brilho diferente no olhar.
- O que aconteceu Gi?.- Seguro nas suas mãos, tentando entender o que está acontecendo.
- Eu não posso te perder, deusa, não posso perder vocês, não iria suportar não ter mais vocês na minha vida.- Fala assustada, abraçando-me forte e protetoramente, enquanto se acabava de chorar.
De primeira eu não entendo a sua reação, mas então me lembro da conversa que tivemos e o que a galinha da Gabriela fez com o seu filho e então entendo o motivo do choro. Não deve ter sido fácil para ela, com certeza desenvolveu algum tipo de trauma por causa disso.
Tudo culpa daquela vagabunda da Gabriela.
Levo minhas mãos até o seu cabelo e faço um carinho ali, deixando que ela se acalme um pouco antes que possamos conversar. Tenho que respeitar o tempo dela, mas demonstrar que ela pode contar comigo pra tudo.
- Porque voce acha que vai me perder?.- Pergunto.
- Eu tenho medo, Rafa. Voce vomita tanto, fica tonta do nada, já pensou se em meio á uma dessas tonturas voce cai e bate a cabeça?.- Fala de forma exasperada, deixando-me um pouco assustada com a profundidade dos seus pensamentos.- Eu não quero ter que te perder, não suportaria passar por isso, eu não suportaria perder os dois amores da minha vida de uma única vez.- Diz com a voz embargada e voltando a chorar de soluçar novamente.
Tudo bem que realmente pode acontecer, mas é tão difícil que algo assim aconteça.
- Voce está sempre ao meu lado, amor, não tem como eu cair sem que voce me segure e me ampare impedindo que eu caia e me machuque. Se eu precisar voce está aqui para me proteger, por isso eu sei que nada de ruim vai acontecer.- Faço um carinho na mesma.- Confesso que eu não gosto de vomitar e nem da sensação, mas isso é necessário, é o meu corpo manifestando que ele está mudando para receber e formar o nosso neném e isso é mágico, então vai valer super a pena.
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MINHA POR CONTRATO ( GIRAFA) G!P (CONCLUIDA)
FanficRafaKalimann, uma mulher brasileira que se destaca por onde passa. Ainda mais em um país estrangeiro do qual não estão acostumados com uma mulher dona de si e do seu próprio destino, ainda mais com toda a sua beleza. Foi para Nova York, com um único...