Familia

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Rafaella
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- Leonardo o que faz aqui?.- Meu irmão pergunta assim que o ve parado na porta.

- Não vai nem me convidar pra entrar cunhado?.- Léo pergunta e meu irmão revira os olhos.

- Ele não é mais cunhado, Leonardo. Faz anos.- Digo.- Me casei se você quer saber e minha esposa está ai.

- Nunca levei fé nessa sua história de bissexual, mas vendo você agora, até que dá pra acreditar. Mas eu nunca fui ciumento, você sabe disso.

- Léo por favor..- Digo.

- Calma rafinha, só queria te ver e matar a saudade.- Ele diz.

- Bom, agora que já viu e já matou a saudade, se retire da minha casa por favor.- Tia Gelda falou firme.


- Tudo bem tia, to indo.- Tchau Rafinha, foi um prazer te rever. Até qualquer dia.- Léo diz e deixa um beijo em minha bochecha.

Respiro fundo com o contato e fecho a porta sob os olhares curiosos de Manu  e Juliette e principalmente de Gizelly.

- O que aconteceu ali?.- Manu pergunta.


- Lembra que te contei sobre o  cara que eu mais amei aqui no Brasil?.- Respondo Manu e rapidamente ela entende.


- Não me diga que..- Juliette pergunta.


- Sim, é ele!.- Respondo cabisbaixa e Gizelly permanece com seu olhar indecifrável sobre mim.


- Quem é ele?.- Finalmente ela pergunta.

- Ninguém, é um amigo.- Digo.


- Hm..- É a única coisa que ela responde e vira o seu rosto pro lado onde Jorge está.

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Reviro na cama, cobrindo a minha cabeça com o travesseiro, sentindo como se ela fosse explodir a qualquer momento. Fora da casa deu dois barulhos fortes, foi o que me fez acordar com a cabeça doendo mais.

Abro os meus olhos, sentindo a luz irritar os mesmos. Pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade e só então me levanto.

A pessoa bebeu demais no dia anterior e agora ta tendo que lutar contra essa ressaca desgraçada.


Abro a janela e coloco meu rosto pra fora, vendo minha mãe catar pedaços de coco pelo quintal. Está explicado o barulho. Eu amo como agora realmente parece que estou em minha casa. Digo, o Brasil, mais precisamente o rio de janeiro é o meu lar.


- Bom dia, mãenzinha, benção.- Tá fazendo o que ai?.- Pergunto.

- Bom dia filha, Deus te abençoe. Vou fazer um cuscuz minha filha.- Ela dá um sorriso.- Esse coco vai ser pouco, pode pegar mais um atrás da casa? Tem um pé de coqueiro.


- Claro mãe, já eu desço. Amo você.- Solto um sorriso a ela e fecho a janela, sentindo-me bem e feliz.


Gizelly estava sentada na cama, observando-me atentamente.
Ela parecia pensar em milhares de coisas ao mesmo tempo, como se tivesse uma confusão enorme, uma batalha na sua mente e ela não soubesse como agir.


Penso em ir falar com ela, ver se ela está bem ou algo do tipo, mas desisto no mesmo momento. Seja lá o que esteja acontecendo, a última pessoa com quem ela iria querer falar seria eu.


Pego minha mala e abro na cama, pegando uma roupa para colocar. Preciso fazer compras, quase não tenho roupa para calor e isso vai me ferrar muito. Acaba que só pego o meu conjuntinho de roupas intimas e a escova de dentes, vou pegar uma roupa com a minha irmã Marcella que é melhor.


MINHA POR CONTRATO ( GIRAFA) G!P (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora