MINHA POR CONTRATO ( GIRAFA) G!P (CONCLUIDA)

Gabriela

Rafaella
-

O ruim de você ser uma romântica incurável é que você se apaixona rápido demais. Pode parecer besteira ou algo do tipo, mas eu to apaixonada pela Gizelly eu só não deixei isso completamente claro pra ela ainda. A Gizelly as vezes me confunde.. as vezes ela está tão carinhosa que parece que somos um casal de verdade, mas em outras horas parece apenas que ela ta fazendo isso apenas por puro agradecimento e é claro que era, mas eu queria o que? Que ela se apaixonasse por mim igual eu me apaixonei por ela? Eu acabo ficando mal por uma expectativa que eu mesma coloquei.

Ontem a noite foi tão perfeita, conversamos e ela se abriu comigo de uma forma que eu nunca havia visto antes. Ela me contou da importância daquele contrato, do seu sonho de expandir sua empresa pra Grécia e pro Brasil, inclusive disse que seria uma forma que teríamos de ficar mais perto da minha família e isso aqueceu meu coração. Tem momentos que eu acho que eu estou conseguindo quebrar o gelo que ela tem no lugar do coração, mas as vezes eu acho que é impossível.

Eu nunca soube o por que dela não se apaixonar ou se ela algum dia já amou alguém, ainda não chegamos nessa parte da vida dela, mas eu tenho certeza que aos pouquinhos vamos chegar. Gizelly apesar de ser esse furacão e ter uma pedra no lugar do coração de vez em quando, ainda sim ela é incrível e seria impossível eu não me apaixonar por ela. Talvez eu tenha me apaixonado pela forma em que ela vem me tratando, pela maneira que vem agindo. As vezes na metade do dia ela vem me fazer uma surpresa em casa e eu fico sem saber como agir, afinal de contas eu não sei o que passa na cabeça dela e nem no coração, eu sei o que se passa no meu.

Pensando em Gizelly, resolvi ir até a empresa lhe fazer uma surpresa. Levantei, tomei um banho, escolhi uma roupa fresca, apesar do tempo nublado aqui em nova York ainda sim, estava calor. Fiz uma maquiagem leve pra esconder a cara de sono, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e nos pés coloquei um tênis. Peguei minha bolsa, chave do carro e meu inseparável óculos escuro.

Avisei a dona Sandra que eu estava saindo e ela perguntou se eu voltaria pro almoço, respondi que não, pois eu tinha intenção de chamar Gizelly pra almoçar, se ela não tivesse tão atolada de trabalho é claro. Aproveitaria para ver como estava o andamento do projeto em que ela havia começado. Segui até o estacionamento destravando meu carro e entrando nele logo em seguida, seguindo rumo a empresa da minha esposa.

Assim que cheguei cumprimentei as pessoas que transitavam por lá e enquanto esperava o elevador um rapaz meio japonês, chinês seilá o que era mexia comigo.

- Nova por aqui?.- Ele perguntou e eu apenas neguei com a cabeça apertando o botão do elevador novamente que demorou uma eternidade para descer.- Veio para alguma reunião então, eu suponho.- Ele insiste novamente em puxar assunto.

- Na verdade não.- Digo sem tentar parecer grossa.

- O que faz uma dama sozinha aqui então, uma hora dessa?.- Ele pergunta e eu reviro os olhos sem que ele veja.

- Óh me desculpa, me chamo Daniel, Daniel Caon e você?.- Ele pergunta e eu acho a ocasião perfeita para lhe dizer quem eu sou.

- Rafaella, Rafaella Kalimann Bicalho.- Respondo naturalmente e o vejo arregalar os olhos.

- Voce é irmã da Gizelly, eu suponho. Muito bonita por sinal.- Ele diz, mas acho que ele não entendeu, então eu terei que explicar melhor para ele.

- Irmã? Não, eu sou a mulher dela, prazer.- Digo com um sorriso sínico nos lábios e mais uma vez ele arregala os olhos.

- oh me desculpe, eu... eu.. – Eu preciso ir.- Ele diz sem me dá tempo de responder algo. E finalmente as portas do elevador se abre.