𝖆𝖓𝖓𝖊 𝟔𝟐

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Ao invés de irmos pra minha casa, paramos na praia. Estranhei, mas é melhor com gente ao redor do que sozinha com ele em casa. Nos sentamos num quiosque e ele fez o pedido de duas canecas de chopp. Ele levantou pra brindarmos, encarei ele que arqueou uma sobrancelha e eu bati a minha na dele.

Lorenzo: A nós! - Ele riu, me encarando e bebeu da bebida. Neguei com a cabeça e bebi também, encarando o pessoal ao redor - Desculpa pela crise de ciúmes. Eu prefiro a gente assim, sozinhos. 

Anne: Você toma algum tipo de remédio controlado? - Ele me encarava com um sorriso na cara, debochando de mim. Ele negou com a cabeça - Como que você muda de humor tão rápido? 

Lorenzo: Efeito você. - Ele deu um gole na bebida. Não tirava a porra do sorriso da cara - 

Anne: Para de zoar com a minha cara, por favor? Você acabou com o meu fim de semana. Você é tão sádico a esse ponto? De achar graça da minha condição? 

Lorenzo: Jamais. - Eu estalei os lábios e encostei na cadeira, cruzando as pernas e olhando pro mar enquanto dava um gole na bebida - Amor... - Ele se apoiou na mesa pra ficar mais próximo - Olha pra mim. - Ele pediu e eu o encarei - É sério. Eu perco a cabeça com as coisas que você faz. - Eu mordia o lábio inferior - 

Anne: Eu não fiz nada. 

Lorenzo: Não? Dando papinho pro benjamim na minha cara. - Ele colocou a mão no peito - Olha a roupa que você tá. - Apontou pra mim, encarei minha roupa e voltei a encarar ele - 

Anne: Não dei papinho pra ele, eu dei mais um dos vários foras que já dei nele. - Apontei pro nada - E o tipo de roupa que eu uso ou deixo de usar não te diz respeito, se manca. - Ele riu, negando com a cabeça e deu um gole terminando com a bebida - Por que você não me procurou nesses dias? - Ele chamou o atendente pedindo mais dois chopps - Tava ocupado organizando seu casamento com a sua Barbie? - Acusei, amarga - 

Lorenzo: Da onde você tirou essa maluquice? - Revirei os olhos - 

Anne: Ué, você não pediu ela em casamento? - Ele abriu a boca pra falar, mas continuei - Me poupe de suas mentiras. - Usei o mesmo que ele me disse - 

Lorenzo: Quer chegar aonde com isso? 

Anne: Você terminou com ela? - Ele assentiu - E por que a Alice não comentou nada? 

Lorenzo: Por que ela comentaria? Não tem nada com a minha vida. - Eu neguei com a cabeça - 

Anne: Deixa eu ver seu celular. - Ele arqueou uma sobrancelha - Abre aí o WhatsApp. 

Lorenzo: Me da o seu você. 

Anne: Claro. - Eu peguei o celular e desbloqueei. Estendi pra ele que não desviou os olhos dos meus. Levantei as sobrancelhas, desafiando ele que respirou fundo e passou a mão no rosto e se encostou na cadeira - Você só pode tá de sacanagem com a minha cara, seu filho da puta. -  Levantei e ele levantou também, me segurando - Me larga, vou ao banheiro.

Fui ao banheiro fazer xixi. Eu sou muito idiota mesmo de ainda acreditar nesse arrombado, puta que pariu. Joguei muita pedra na cruz mesmo, não é possível. 

Ajeitei a roupa, o cabelo e saí dali voltando pra onde ele estava que mexia no celular. Sentei sem o encarar e bebi minha bebida. Ele largou o celular e me chamou, demorei uns segundos, mas o encarei, respirando fundo.

Anne: Quando vamos embora?

Lorenzo: Vai passar o meu aniversário comigo? 

Anne: Não vai passar com a sua esposinha e filha? - Perguntei, debochada. Ele negou. Sustentamos o olhar um do outro por longos segundos, mas abaixei a cabeça quando as lágrimas rolaram. Neguei com a cabeça, colocando as mãos no rosto -

Lorenzo: Toma. - Ele me deu a chave do carro - Vou pagar a conta.

Passei a mão tentando secar o rosto, peguei a chave e segui pro carro dele. Destravei e entrei esperando por ele que logo chegou. Virou meu rosto pra ele e passou a mão secando o mesmo. Ele deu partida e logo chegamos no meu apartamento. Fui na cozinha pegar uma garrafinha de água e fui pro meu quarto. Tirei a roupa, liguei as luzes mais fracas e o ar. Sentei na cama com as pernas pra cima, encostei na cabeceira e bebi água. Chequei o celular e tinham várias mensagens, mas principalmente da Alice, leria depois. Ele entrou no quarto. Nós nos encaramos, mas o olhar dele foi direto pro celular na minha mão. Bloqueei e coloquei na mesa de cabeceira. Bebi mais um pouco de água e ele se aproximou, tirando a blusa. Sentou na minha frente e me puxou pro colo dele, eu fui. Ficamos de frente um pro outro, coloquei uma perna de cada lado dele e ele segurava minha cintura, acariciando ali e eu sua nuca. Ele subiu uma mão pro meu pescoço, acariciou minha bochecha e depois segurou minha nuca.

Lorenzo: Eu amo você. - Eu ia abaixar a cabeça, mas ele não deixou - Eu te amo! - Falou firme, me encarando - Eu não sei como fazer isso. - Ele tocou minha boca, alisando, fazendo com que eu afastasse o lábio que eu mordia. Fechei os olhos sentindo seu carinho e me aproximei mais dele enterrando minha cara no pescoço dele - Mas eu quero muito... - Concluiu e eu dei um beijo no pescoço dele. Ele puxou meu rosto e segurou com as duas mãos. Sustentamos o olhar um do outro. Ele me deu alguns estalinhos e logo começamos a nos beijar. Ele deitou comigo na cama, ficando por cima de mim, fazendo pressão apenas com seu pau em mim. Me alisava e apertava no corpo todo. Eu suspirava entre o beijo e acariciava e vezes arranhava sua nuca -

Ele desceu os beijos pelo meu pescoço, colo e seios. Sugou os dois e lambeu. Ele beijava, mordia e chupava meu rosto, ombro, pescoço, colo... Me marcando como sempre. Eu afastei ele que me encarou com a cara de tarado. Eu neguei com a cabeça. Eu queria muito ele, sempre quero, mas eu não queria ele com esse poder. Não agora. Ele alisou meu rosto, apertando um pouco minha bochecha e assentiu, saindo de cima de mim. Sentou, ajeitou o pau e passou a mão na cabeça. Voltei a sentar encostada na cabeceira, abraçando minhas pernas e mordendo o lábio.

Lorenzo: O que você quer? 

𝕸𝖊 𝖆𝖉𝖔𝖗𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora