𝖆𝖓𝖓𝖊 𝟐𝟏

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Tínhamos acabado de jantar e agora estávamos assistindo um filme agarradinhos. Matamos a saudade no carro, depois aqui no hotel na banheira e na cama. Foi maravilhoso. Era isso que estava faltando em mim... Ele! Antes de dormir, nos amamos mais uma vez, dessa vez bem de vagar e com muitas massagens e carinhos. Ele é um amor comigo, amo tanto. Ele foi tomar banho e eu fui acender um baseado na sacada do quarto. Ele odeia, mas não tenho como evitar. Tava viajando, olhando pra paisagem da praia mergulhada na escuridão da noite e ele apareceu dando um tapa no meu braço, fazendo eu deixar o baseado cair no chão. Encarei ele e comecei a rir, ele revirou os olhos e eu me inclinei pra frente, procurando o baseado. Ele ergueu meu rosto e eu fechei os olhos, ainda rindo.

Lorenzo: Para com essa merda. - Ele me agarrou pela cintura, me levantando e então me jogou na cama, caindo por cima de mim sem depositar todo seu peso. Eu ria e vezes beijava seus braços. Ele agarrou meu rosto com uma mão e me deu um selinho demorado que logo se intensificou. Paramos quando o ar se fez necessário. Ele deitou ao meu lado e eu deitei com a cabeça em seu peito e a perna por cima da barriga dele. Ele alisava meu cabelo e costas. Fechei os olhos com o sorriso estampado na cara - Boa noite, amor. - Ele depositou um beijo no alto da minha cabeça. Ergui a cabeça, pedindo um selinho e ele me deu. Voltei a deitar com a cabeça em seu peito e então, adormeci - Bom dia! - Acordei com ele distribuindo beijos pelo meu rosto e colo; abracei ele pelo pescoço e passei as pernas em torno de sua cintura. Ele retribuiu ao abraço e beijou meu pescoço -

Anne: Bom dia. - Disse, depois de me desgrudar dele e me espreguiçar -

Lorenzo: Quer pedir o café aqui ou comer em algum lugar?
Anne: Pode pedir enquanto eu tomo banho. - Ele assentiu e eu levantei indo até o banheiro onde fiz toda minha higiene -

Coloquei uma calcinha e top, peguei meu celular e fui pra sacada, procurar o baseado. Quando encontrei, acendi e sentei na mesinha, mexendo no celular. Não demorou muito pro Lorenzo aparecer reclamando. Revirei os olhos e joguei pela sacada. Continuei mexendo no celular e logo ele me mandou uma mensagem

"A lindona não pode me dar um pouco de atenção antes de eu ir trabalhar não?"

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"A lindona não pode me dar um pouco de atenção antes de eu ir trabalhar não?"

Eu abri um sorriso, larguei o celular e caminhei até ele, sentando em seu colo e distribuindo beijos por todo seu rosto e pescoço; fui dar um chupão, mas ele puxou meu cabelo na hora com um pouco de força e deu um tapa estalado na minha perna, me fazendo berrar com a dor.

Lorenzo: Tá maluca, porra? - Disse, alterado me encarando e eu com os olhos arregalados com o susto. Ele me tirou do colo dele e levantou. Entrei pro quarto e vesti a roupa que saí do spa. Peguei o resto das roupas espalhadas pelo quarto, tacando dentro da bolsa, peguei o carregador do celular e bateram na porta; Ele saiu do banheiro pra ir atender a porta e me encarou com a sobrancelha arqueada, notando eu estar vestida e com a bolsa. Ele abriu a porta pra receber a comida que tinha pedido e eu ia passar por ele pra sair, mas ele me segurou pelo braço com certa força. Encarei ele que me encarava sem entender e depois encarei o garçom que tentava não nos encarar - Vai aonde? - Perguntou, duro -
Anne: Com licença, mas seu tempo acabou. - Disse séria, mas com ar de deboche. Ele trincou o maxilar, apertou mais o meu braço, encarou o garçom, me encarou e então, me deu um puxão pra dentro do quarto, batendo a porta com força na cara do garçom. Ele me empurrou contra a mesinha que tinha perto da porta, me fazendo bater com a cintura ali. Gemi com a dor e tentei me soltar de sua mão - Você tá maluca? - Perguntou com o rosto próximo ao meu, com os dentes trincados -
Anne: Me bate de novo, Lorenzo. Me bate que dessa vez eu juro que eu vou atrás da puta que pariu pra te denunciar. - Eu falava com raiva, voz embargada e visão desfocada. Ele me encarava com ódio no olhar e a respiração acelerada - Tá me machucando. - Disse e tentei me soltar de sua mão - Quanto mais você apertar, mais provas eu vou ter contra você. - Eu disse, ameaçadora. Ele colou a testa na minha e eu virei o rosto -
Lorenzo: Eu devia te quebrar todinha mesmo, porque é isso que você merece. - Ele disse, no meu ouvido, me fazendo fechar os olhos apertado e prender a respiração - Você vai me denunciar? - Ele perguntou e eu não respondi. Ele agarrou meu rosto com a outra mão e me fez encará-lo, me fazendo formar um bico com os lábios - Ué, tá chorando? Não estava toda grandona pra cima de mim? - Ele perguntou debochado, com um sorriso macabro -
Anne: Lorenzo... - O chamei, baixo. Ele bufava de raiva e eu chorava de medo, decepção e raiva. Ele me soltou, virou de costas e passou as mãos no rosto -
Lorenzo: CARALHO! - Gritou e deu um soco no armário me dando um susto. Ele virou pra mim e eu engoli seco - O que foi dessa vez? - Eu não respondi - O que foi agora pra surtar, Anne? - Ele berrou, e jogou um vaso de planta no chão. Ele estava descontando a raiva na coisas. Eu funguei e neguei com a cabeça - Caralho, por que tu dá uma de maluca do nada?
Anne: Quero ir embora... - Confessei, baixo e receosa -
Lorenzo: Embora o caralho, merda. - Ele apontou o dedo pra mim - Fala comigo, Anne. - Ele bateu no peito e bateram na porta. Ele encarou a porta e depois me encarou. Bateram de novo e ele não se mexeu -
Xxx: Senhor Macedo, polícia. - Disse, bateu na porta e eu arregalei os olhos levantando com a mão na boca - Senhor? - Bateu novamente -
Lorenzo: Puta que pariu. - Ele agarrou meu rosto - Tá vendo a merda que tu causa, né? - Soltou meu rosto, virando-o pro lado e foi em direção ao banheiro voltando logo em seguida com o cabelo molhado. Ele ia se aproximar da porta, mas eu segurei em seu braço com força, negando com a cabeça e com os olhos arregalados. Ele arqueou uma sobrancelha e se soltou da minha mão -
Lorenzo: Vai pra varanda. - Neguei com a cabeça e ele me empurrou um pouco. Eu corri até a varanda e sentei na poltrona com as pernas pra cima, abraçando-as e com a cabeça enterrada nos joelhos e tampando os ouvidos -
Xxx: Bom dia! Recebemos um chamado de violência doméstica.
Lorenzo: Violência doméstica? Sério? Num motel? - Merda! Ele estava debochando. Eu não quero ouvir, eu não quero ouvir. Ficava repetindo na minha cabeça pra tentar me desligar da conversa no quarto. Um tempo depois, Lorenzo me tocou o braço, me fazendo tomar um susto e gritar. Ele riu, negando com a cabeça, mas logo fechou a cara, me fazendo engolir seco -
Anne: E aí? - Perguntei, falhada e receosa, mordendo o lábio. Ele puxou meu lábio dos meus dentes e negou com a cabeça enquanto me dava as costas entrando pro quarto. Eu o segui e entrei na frente dele, parando-o com as mãos em seu peito - 'Não' o que? - Ele afastou minhas mãos dele e voltou a caminhar até suas roupas na poltrona. Eu sentei na cama - Você pode me responder?
Lorenzo: Eu paguei pra não entrarem e acabar acontecendo uma merda maior. - Ele disse, rude e sem me encarar. Tirou a toalha e vestiu a calça -
Anne: Quanto foi? - Ele me encarou rápido e voltou a se vestir - Eu vou te devolver, quanto foi? - Eu levantei, indo até ele e lhe tocando o braço. Ele se desvencilhou de mim -
Lorenzo: Não tem que me pagar nada, Anne. - Disse, cansado e pegou a chave e carteira em cima da mesa de cabeceira - Vamos embora. - Disse, indo até a porta e abrindo a mesma, me esperando passar - Tá esperando o que? - Perguntou, depois de ver que eu não me mexia - Anne? - Ele berrou, me dando um susto - Anda, merda!

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