𝖆𝖓𝖓𝖊 𝟏𝟒

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Lorenzo: Vai pra casa, Anne? - Perguntou depois de voltar a andar com o carro -
Anne: Vo... - Minha voz saiu falhada. Pigarreei - Vou. - Alice me encarou -
Alice: Claro que não, ela vai dormir comigo. - Disse, me encarando. Eu mordia as peles da boca - Né? - Eu assenti com a cabeça. Ela sorriu e voltou a se encostar no banco - Vamos tomar umas cervejinhas na piscina, né, Laís?
Laís: Cerveja não, destilado. - Ela disse, rindo enquanto olhava pra gente. Revirei os olhos, fechando os mesmo e deitei no colo da Alice, ela começou a me fazer cafuné -

Chegamos, descemos do carro e eu, Alice e Laís seguimos pra área da piscina. Eu e Laís nos sentamos na poltrona e a Alice foi buscar as bebidas. Ela voltou com duas garrafas de bebida; um uísque e uma vodka, colocou na mesinha de centro de onde estávamos e foi buscar os copos, Redbull e suco. Elas conversavam animadamente, eu estava começando a me sentir mal. Ninguém tem nada a ver com a minha situação, elas nem sonham com isso. Tô sendo grosseira e mal educada, mas o que eu posso fazer? É mais forte que eu. Neguei com a cabeça e levantei indo até o frigobar, prefiro cerveja. Não tinha nenhuma, virei pra Alice e perguntei aonde estavam e ela disse não saber porque deveriam estar ali; avisei que ia ver se estavam na cozinha e ninguém me deu a mínima. Neguei com a cabeça e voltei pra casa, entrando pela cozinha. Tia Maria estava ali ainda; perguntei pra ela e ela me levou na geladeira da dispensa e me deu um amarrado de long neck Corona. Agradeci e ia sair quando ouvi o Lorenzo me chamar. Arregalei os olhos, encarei tia Maria e ela nem se atreveu a nos encarar. Voltei a encarar ele que tinha a sobrancelha arqueada. Ele indicou a sala com a cabeça e eu continuei parada, olhando ele.

Lorenzo: Anne... - Me chamou - Da pra vir aqui? - Ele se aproximou, agarrou meu braço e saiu me puxando pra fora da cozinha e entrando no corredor. Ele me encostou na parede, tirou as cervejas da minha mão e colocou no aparador que tinha ali - O que foi? - Eu mordia as peles da boca; Ele tocou meu lábio e afastou o mesmo dos meus dentes. Ele começou a alisar meu rosto. Eu fechei os olhos sentindo seu toque e suspirei. Abri os olhos quando ele encostou sua boca na minha. Espalmei as mãos em seu peito e virei o rosto. Tentei empurrar ele e ele se forçou pra mim. Abaixei os braços e a cabeça, ele tocou meu rosto e ergueu minha cabeça. Eu não o encarava. Ele aproximou sua boca do meu ouvido - Olha pra mim... - Pediu e então eu o encarei - Como você tá? - Eu engoli seco, ele voltou a alisar meu rosto - O que tinha acontecido? Fiquei preocupado. - Ele desceu sua mão para minha nuca, onde apertou. Passou pelos meus ombros e então desceu pelo meu braço, onde agarrou minha mão levando até sua boca onde depositou alguns beijos enquanto me encarava - Anne... - Me chamou. Eu pisquei os olhos, engolindo seco e me afastei dele com brutalidade. Ele agarrou minha cintura e me voltou pra ele. Eu o encarei já sentindo minha garganta arder. Neguei com a cabeça -
Anne: Não faz isso comigo. - Pedi, chorosa - Por favor, Lorenzo. - Neguei com a cabeça - Não me usa... Sua namorada está lá fora, chama ela.
Lorenzo: Te usar? - Nos fitávamos, eu tentando controlar o choro, mordendo o lábio inferior e ele com a testa franzida - Desde quando eu te uso, Anne?
Anne: Ela é a mulher que eu vi no seu quarto? - Ele não me respondeu - Você sempre esteve com ela, né? - Minhas lágrimas desceram sem eu esperar. Ele não respondeu. Neguei com a cabeça, passei a mão no rosto e dei as costas pra ele. Ele me agarrou pelos braços e eu tentei me soltar, ele me prensou na parede e ficou me encarando. Minha respiração estava acelerada e minhas lágrimas também. Ele tirou o cabelo que cobria parte do meu rosto e eu virei o rosto. Ele apertou o mesmo e me fez virar pra ele. Eu estava um mix de sentimentos e demonstrações. Bufava de raiva, chorava de ciúmes e me controlava pra não agarrar ele -
Lorenzo: Você queria que eu fizesse o quê quando me deu um pé na bunda? - Ele disse, com raiva - É você quem eu quero, Anne, mas não parece ser o mesmo que você quanto a mim, né? - Eu ri sem humor e neguei com a cabeça -
Anne: Você não tem o direito de duvidar do meu sentimento por você, Lorenzo. - Eu disse, puta - Me larga agora. - Ordenei, mas não adiantou de nada, ele continuou me segurando os braços. Respirei fundo e fechei os olhos, encostando a cabeça na parede -
Lorenzo: Você me fez duvidar, Anne. - Neguei com a cabeça, rindo sem humor. Ele agarrou meu rosto e me fez encara-lo. Desfiz o sorriso -
Anne: Eu te fiz duvidar? Você lembra de ter me batido, né? Lembra do inferno que você me faz passar, né? - Eu dizia, dura, séria e encarando ele nos olhos - Você é ótimo quando quer, pena que você é um lixo em dobro na maior parte do tempo. - Ele quem bufava agora. Ele bateu minha cabeça na parede, me fazendo apertar os olhos e logo depois abrir um sorriso sarcástico, encarando-o - Me larga.
Lorenzo: Não era isso que eu queria, quando te chamei. - Ele disse, alisando meu rosto - Vamos almoçar amanhã? Vamos esclarecer as coisas.
Anne: Você é inacreditável.
Lorenzo: Eu quero tanto você, Anne. - Ele disse e roçou seus lábios nos meus -
Anne: Não quer. - Ele me encarou - Você quer sua namorada. - Ele sorriu de lado -
Lorenzo: Eu não sabia que você estaria no restaurante.
Anne: Iria esconder ela pra continuar tendo... Tentando me ter? - Me corrigi -
Lorenzo: O que você quer? - Arqueei uma sobrancelha - Pra gente voltar... O que você quer de mim? - Ele perguntou e eu mordia o lábio - Eu sinto sua falta, você sente a minha, por que fica nos privando? - Ele alisou meu rosto -
Anne: Você não sabe se controlar. Você bate nela? - Ele desviou a mirada - Me solta, por favor. - Pedi, ele voltou a me encarar e tinha a cara de cachorro abandonado, desviei a mirada -
Lorenzo: Vamos almoçar amanhã? - Eu fiquei em silêncio - Por favor, amor... - Eu ri, abaixei a cabeça negando a mesma e ele tocou meu queixo, erguendo meu rosto. Nos fitamos sorrindo um para o outro e eu neguei com a cabeça. Ele me deu um selinho demorado e me soltou - Me desbloqueia do WhatsApp? - Eu mordia o lábio e então, assenti com a cabeça - boa noite.
Anne: Boa noite.

𝕸𝖊 𝖆𝖉𝖔𝖗𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora