𝖆𝖓𝖓𝖊 𝟑𝟒

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Otto me mandou mensagem perguntando como estava a festa e eu disse que estava legal, rolando animada. Falou que estava muito tentado a vim e eu, já no meu teor alcoólico, falei pra ele vim e só me arrependi quando ele apareceu, indo cumprimentar o Lorenzo que me encarou na hora e depois voltou a encarar ele, apertando a mão que Otto tinha esticado pra ele. Dei um gole na minha bebida, minha boca tinha secado do nada. Otto foi cumprimentando quem conhecia e as vezes trocava uma ideia. Quando chegou perto de mim, eu sorri pra ele que me deu um abraço e beijo no alto da cabeça. Apresentei para meu pai, vó e Vivi como amigo e puxei ele pela mão, levando até a Alice. Ele entregou o presente dela e se abraçaram, ela agradeceu e falou pra ele ir buscar algo pra beber. Dei a mão pra ele novamente, levando-o até ao bar pra ele pegar a cerveja que queria. Ele puxou o maço e acendeu um cigarro.

Anne: Aí! Tô me segurando o dia todo pra fumar por causa do meu pai. - Fiz bico e ele riu, negando com a cabeça - Não ri, tô triste.
Otto: Uma casa desse tamanho e tu não deu um perdido? - Ele perguntou e eu senti que a pergunta não era exatamente sobre o cigarro -
Anne: Impossível. - Disse, sincera e beberiquei minha bebida, sustentando o olhar dele -
Otto: Você tá linda... com esses olhinhos de bêbada, fica ainda mais. - Eu coloquei o cabelo atrás da orelha, sorrindo - Doido pra beijar essa boca, dar um cheiro em você. - Ele ia falando e eu ia me derretendo, eu estava com saudades também -

Por mais que eu tivesse tentando evitar ao máximo olhar o Lorenzo, tinha vezes que ia no automático. Ele com a Laís, ou qualquer outra mulher que fosse, seria sempre uma navalhada em mim.

Anne: Não fala isso que eu te agarro aqui. - Ele abaixou a cabeça rindo e voltou me olhar, bebendo a cerveja -
Otto: Não teria essa coragem toda não, teria? - Ele perguntou, botando pilha. Eu mordia o lábio tentadíssima a provar que teria sim, mas sabemos bem que não -
Anne: Deixa pras quatro paredes do teu quarto, meu showzinho particular pra você. - Pisquei um olho pra ele e dei um gole na minha bebida sustentando o olhar dele -
Otto: Agora! Bora, se despede de geral e vamos. - Ele falou fingindo sair dali e eu segurei seu pulso, puxando-o de volta, rindo - Assim fica foda de ficar aqui ainda.
Anne: Palhaço.

Seguimos conversando, zoando, trocando tapinhas e sussurros no pé do ouvido. O lugar era grande, estava cheio e a gente estava meio afastados, mas eu tinha a sensação de estar sendo monitorada. 

Alice se aproximou, de mãos dadas com a Laís e me puxou com elas pra dançar, af. Laís estava perfeita, como uma sereia. Usava um biquíni azul turquesa que desenhavam perfeitamente o seio siliconado, um pareô, uma espécie de saia de saída de praia, branco perfeitamente amarrado. 

Ela as vezes me olhava de soslaio e se balançava contida enquanto bebia sua bebida segurando o canudo

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Ela as vezes me olhava de soslaio e se balançava contida enquanto bebia sua bebida segurando o canudo. Dancei um pouco com a minha amiga, afinal, era aniversário dela e eu estava mais afastada que o normal. Quando a terceira música estava na metade, avisei a Alice que iria buscar outra bebida e ela só assentiu. Virei pra sair dali dando uma última olhada pra Laís que também me olhava e fui até o bar, Otto não estava mais onde estávamos e então, fui pra mesa da minha avó sendo avisada por ela que já iriam embora, perguntei do meu pai e ela disse que ele tinha ido falar com alguém. Fui levar elas até o portão da entrada e me despedi abraçando-as e então, elas entraram no uber e foram. Quando eu estava voltando, senti me segurarem pelo braço, virei dando de cara com o Benjamim que sorria feliz ao me ver, devolvi o sorriso e fui cumprimentar ele com dois beijinhos e um abraço. Ele estava muito cheiroso.

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