𝖆𝖓𝖓𝖊 𝟑𝟗

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Já estávamos algum tempo ali na roda de amigos do Otto conversando, zoando e descontraindo. O clima estava ótimo e eu não fiquei deslocada em momento algum. Resolvi dar um mergulho e avisei ao Otto que resolveu me acompanhar. A água estava mais gelada do que eu gostaria, mas me mantive ali. Otto se aproximou, me puxando pela cintura e deu um beijo no meu pescoço, eu sorri e envolvi minhas pernas nele.

Anne: Foi no jogo com o Lorenzo? - Ele assentiu e me roubou um selinho - E aí? Se acertaram? - Eu alisava o rosto dele -

Otto: O clima tava meio tenso de início, mas depois fomos relaxando. Contei pra ele que eu tenho interesse em você, mas que você me deu um pé na bunda e agora somos amigos. - Rimos - Ele contou que vocês vão viajar.

Anne: Eu liguei pra ele pra perguntar como que ele acha que vamos fazer isso e ele não me atendeu, aí me retornou depois de um tempo e adivinha quem era?

Otto: Laís?
Anne: Sim, me chamou de depósito de porra pra baixo. - Ele arregalou os olhos -

Otto: Falou pra ele? - Neguei com a cabeça - Vai falar?  - Dei de ombros -

Anne: Vai adiantar alguma coisa? Ele tá com ela, já falei que não quero mais me envolver no meio deles e nem de vocês. - Me soltei dele e dei outro mergulho, voltei a me aproximar dele -

Otto: Você tem recaídas com ele? - Antes que eu respondesse, ele continuou - Se tem comigo, com certeza tem com ele. - Eu suspirei e o encarei, mordendo o lábio - O Lorenzo nunca foi de falar muito, sempre foi fechadão na dele e meio grosso, foram raras as vezes que vi ele fragilizado ou vulnerável e todas as vezes que fomos conversar sobre você, ele começava o papo na postura durão de sempre, mas logo se mostrava vulnerável, sacou? Ele é doente em você, Anne. Eu não sei o que rolou entre vocês, mas da pra perceber que foi intenso pra caralho porque ele não superou... assim como você.

Anne: Foi intenso... - Assumi, baixo -

Otto: Vai trocar uma ideia com o cara, po. Vai ver vocês conseguem se reconciliar. - Eu o encarava sorrindo. Ele me puxou pra ele e nos abraçamos. Depositou alguns beijinhos em mim e cheiros. Apertou minha bunda e alisou meu corpo - Você é um sonho de mulher, mas é dele, infelizmente. - Nos afastamos e ele puxou meu rosto pra ele, me dando um selinho demorado - Eu preciso me controlar. - Gargalhamos -

Anne: Seria tão mais fácil se você não fosse amigo dele.

Otto: Porra, com certeza.

Ficamos batendo um papo mais um pouco ali na água e logo voltamos pra perto do pessoal. Comemos os aperitivos que eles pediram, jogamos altinha e já no início de finzinho de tarde, Otto me chamou pra irmos embora. Nos despedimos do pessoal e seguimos para o carro dele, chamei ele pra fumar e depois dele negar e eu insistir, ele aceitou e seguimos pra casa dele. Pedi pra tomar um banho antes e ele concordou. Fui pro banheiro dele e comecei a encher a banheira, amo. Voltei no quarto, pegando meu celular e tinham algumas chamadas perdidas da minha avó. Retornei pra ela avisando que estava na praia e já já iria pra casa e ela concordou.

Voltei pro banheiro, deixando a porta aberta pro Otto entrar se quisesse, tirei o biquíni, taquei uma esfera perfumada e entrei me afundando e depois emergindo. Encostei a cabeça na borda, fechei os olhos e fiquei relaxando enquanto lembrava da conversa que tive com o Otto. Será que devo tentar me reconciliar com o Lorenzo? Será que vou conseguir suportar o fato dele estar praticamente casado com a mulher que sabe de mim e não me suporta? Será que devo passar, mais uma vez, por cima do meu orgulho pra voltar a ter ele comigo? Eu era uma dúvida ambulante. 

Despertei dos meus pensamentos com o Otto alisando meu corpo. Sorri pra ele que já sorria pra mim e mordi o lábio. Ele chegou na minha bct e acariciou um pouco e logo subiu pela minha cintura, chegando no meu peito. Subiu pro meu pescoço e apertou. Eu puxei a cabeça dele pra mim e começamos a nos beijar acelerado.

𝕸𝖊 𝖆𝖉𝖔𝖗𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora