Capítulo Cinquenta e Oito

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Nunca tinha pensado no que significava sentir-se abrangente. Havia lido a palavra em um livro, semanas atrás, e achou que houvesse entendido quando na verdade, só entendeu neste momento encarando tudo ao redor. Todo o verde das árvores, o azul do céu, o alaranjado do barro lá embaixo. Abrangente. Era como se sentia. Fazia algum sentido? — Questionou em sua mente.

Não importava.

Respirava fundo, porque o vento lhe estapeava.

Sentia o calor no rosto, adorando a sensação quase como se pudesse beber o sol e sugar as nuvens; ele poderia vomitar tudo, logo em seguida, e recriar a realidade.

Palavras vinham até sua mente, ele decorava as cores como achava apropriado, ele decorava o que estava sentindo.

Tanto azul, tanto verde... Cheiro de fumaça e de árvores.

Pessoas. Pessoas pequenas.

Eu queria conseguir ir mais depressa.

O vento é tão bom!

Desejo ir mais alto. 

Coroa, Flechas e Correntes (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora