Capítulo 33.

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Andrei Bellini

Minhas mãos seguram a arma, os olhos atentos em tudo ao meu redor e o dedo no gatilho pronto para apertar. Assim que vejo um soldado inimigo, não demoro a atirar em sua direção. E assim vai sendo com todos que vão aparecendo.

Tomando o máximo de cuidado para não ser atingido. Por um breve momento penso na Ayla, nós acabamos nos separando e torço para que esteja tudo bem com ela, e que quando esse ataque acabar, possamos sair juntos daqui.

Continuo atirando no máximo de homens que aparece na minha frente, parando apenas para trocar as munições. Não me escondo da linha de frente, gosto do embate, e gosto de acabar com cada um deles.

Alguns longos minutos depois os tiros começam a cessar, olho para os meus homens e sei que ganhamos essa. Faço sinal para eles avaliarem todo o galpão, quero saber tudo que existe aqui.

Vou me comunicando com o Nathan pelo ponto, enquanto vou andando pelo galpão e observando tudo. Começo a procurar pela Ayla, do final do galpão até o início.

- Viu a Ayla? -Pergunto a um dos soldados que nega com a cabeça. Ando mais um pouco. - Viram a Ayla? -Pergunto a outros dois que negam.

Engulo seco com a sensação ruim que cresce pelo meu corpo.

Passo mais alguns minutos procurando.

- AYLA. -Decido gritar por ela, mas não obtenho resposta, apenas meus soldados olhando para mim.

Talvez ela tenha ido para o nosso galpão... Tento acreditar nisso quando saio às pressas daquele lugar e vou até a base inicial da missão, em poucos minutos chego ao local.

Olho para cada um que está ali e não a encontro. Vejo Alice com cara de choro no canto.

- AONDE PORRA ELA ESTÁ? - Grito com eles, um silêncio assustador.

- Andrei... -Nathan chama minha atenção. Engulo em seco. - Eles a levaram.

O ar na minha garganta parece faltar. Uma sensação ruim me atinge. Como assim a levaram? Como assim, caralho?

- Existia outras portas nesse galpão, nós não tínhamos como saber disso. -Ele diz. Nada disso vai me convencer.

Eu falhei com ela.

Caralho!

Soco a parede com toda a força que tenho, sinto meus dedos arderem mas não me importo. Eu quero ela aqui.

- Muito provavelmente ele a levou para a Turquia, um dos nossos homens que estava nas rotas de busca, viu a movimentação deles tirando ela por outro caminho, foram em direção ao aeroporto. -Minha cabeça passa um milhão de informações.

Que porra! Logo agora...

- O jato já está pronto? -Pergunto para o Nathan.

- Está. -Ele diz.

Caminho em direção a um dos carros que estavam ali, não demoro a dar partida e traçar a rota do aeroporto no meu celular. Vejo carros me seguindo e sei que são meus homens, não sinto nada além de sede de matar.

Eu preciso encontrar esse homem.

Tento não pensar em como ela está agora, o que possa ser que estão fazendo com ela. Tenho que pensar em como irei fazer para encontrá-la. Em como farei o seu resgate.

Meu telefone toca desenfreado, a verdade é que não quero falar com ninguém, não quero nada além de tê-la aqui. Decido atender depois de vários minutos com ele tocando.

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora