Capítulo 21.

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Andrei Bellini

Com o passar de alguns dias, a minha relação com a Ayla tem melhorado, estamos conseguindo concordar e conversar sobre o que discordamos. Apesar que não é fácil.

Estou nesse momento na academia, acabando meu treino com as armas, e vou à procura da mulher que tem estado nos meus pensamentos.

Não é paixão, sentimento, nem nada do tipo, é só... desejo de tê-la por perto.

Sinto meu sangue ferver com a cena que vejo. A Ayla está com um short curtíssimo, um top, treinando alguns movimentos de luta e tem vários soldados parados observando a cena pela janela da sala.

Puta que pariu!

- Que porra vocês estão fazendo? -Falo grosso chamando a atenção deles que logo me olham. - Estão aqui pra ficar a olhando ou para trabalhar? -Eles se viram para mim.

- Desculpe, chefe. É que ela chama atenção. -Um deles diz com um sorriso e isso me deixa pegando fogo, e não no bom sentido.

Caminho um pouco para perto dele e o chamo com o dedo, ele vem em minha direção sem entender. Logo aplico um golpe em um de seus pés e consigo o derrubar no chão.

- Chama atenção? -Arqueio a sobrancelha o olhando no chão. - Acho que quem tem que ter atenção aqui é você, já que se eu quisesse, e realmente quisesse, poderia matá-lo facilmente agora. -Me agacho e olho diretamente em seus olhos que não esconde o desespero.

Levanto a cabeça e olho nos olhos de cada um daqueles homens que estão ali, todos começam a baixar a cabeça.

- EU QUERO QUE PRESTEM A PORRA DA ATENÇÃO NA MISSÃO! -Grito assim que me levanto. - NADA MAIS QUE ISSO!

- SIM, CHEFE. -Respondem.

- Se eu ver, ou apenas sonhar, que isso está acontecendo novamente, ou até mesmo cogitarem a possibilidade de se aproximar com segundas intenções dela, podem se considerar acabados. -Digo a eles. - E eu não estou brincando.

Eles começam a sair da minha frente e entro na sala que ela estava ainda mais irritado. Por que essa mulher precisava ser tão atraente?

- Decidiu vir lutar também? -Ela me pergunta com um sorriso.

Chego perto dela rapidamente e puxo o seu corpo para o meu, não dando tempo dela se afastar e já vou beijando sua boca. É um beijo intenso, meus lábios parecem querer puni-la. Mas, pelo o que exatamente?

Por ser bonita e atraente?

Minha mão enrosca no cabelo e dou um leve puxão, a boca segue colada na sua, chupo a sua língua e mordisco o seu lábio quando o ar me falta.

- O que foi isso? -Ela responde ofegante quando nos afastamos.

Nem eu sei.

- Quero mais, Ayla. -Digo a ela.

Na verdade, saiu quase como uma súplica, e eu nunca achei que isso aconteceria comigo. Mas a verdade é que estou desejando essa mulher mais que tudo.

Ela pisca os olhos e junta nossas bocas, agora o beijo é mais calmo, mas ainda tem muito fogo, as mãos dela ficam no meu pescoço e as minhas na sua cintura, a prendendo a mim.

- Está bom agora? -Ela pergunta com um sorriso.

Acabo sorrindo também.

- Vai precisar mais do que um beijo para que eu fique satisfeito. -Digo a ela. - Bem mais. -Sussurro em seu ouvido.

- Já está gamado em mim, paixão? -Ela me pergunta e dou uma risada, beijando sua boca.

- Gamado é uma palavra muito forte, digamos que estou atraído. -Ela ri. - Vamos jantar?

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora