Capítulo 29.

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Ayla L'Fontaine

Começo a despertar e sinto braços ao redor da minha cintura, pisco os olhos e vejo exatamente de quem é o braço. Sinto sua respiração tranquila no meu pescoço e começo a pensar na noite que tivemos e sinto o desconforto no meio das minhas pernas.

Tento sair dos seus braços sem acorda-lo.

- Hum... -Puxa meu corpo para junto dele. - Aonde a minha gostosa pensa que vai? -Pergunta roucamente no meu ouvido, estremeço.

- Estou... com dor. -Admito para ele e posso sentir o seu sorriso se formando.

Ele se afasta de mim e se levanta, vai até o lado da sua cama e pega uma cartela de comprimido e água.

- Eu sabia que ia acordar assim, então já deixei separado para você. -Fala me entregando, pisco algumas vezes antes de pegar da sua mão e já tomando. - Vou buscar algo para você comer, fica aí quietinha. -Fala já indo em direção a porta. - E não ouse me desobedecer.

Fala e sai, acho graça daquilo, a verdade é que nunca me aconteceu algo assim. Cuidado pós sexo? Nunca. Decido ficar na cama mesmo porque realmente estou sentindo um desconforto.

Relembro algumas partes da noite passada, os momentos deliciosos, mas também lembro das frases, das vezes que ele me chamou de... amor.

Saímos de só sexo para cuidados pós sexo, carinho, dormir juntos, enrolados, acordar nos seus braços. Não sei como será quando isso acabar, ainda mais agora que vamos intensificar a missão, descobrimos outro ponto e estaremos por lá em breve. Ontem, antes dele fazer tudo o que fez comigo, estava o esperando para discutir exatamente o local de destino da missão.

- Voltei, docinho. -Diz animado entrando com uma bandeja de comida, dou risada. Ele está nu, caminhando até mim com uma bandeja de café-da-manhã. Baita visão.

- Não é que você sabe fazer um café-da-manhã? -Ele faz uma cara de ofendido e eu dou risada.

- É óbvio que eu sei. -Da um sorriso. - Eu cozinho muito bem, só não tenho tanta tempo para isso.

- O que mais gosta de fazer? -Pergunto comendo, está uma delícia.

- Esquiar, saltar de pára-quedas, trilhas, velocidade, andar a cavalo.

- Já fiz todos também. -Dou um sorriso e ele se surpreende. - Eu amo aventuras, Andrei. Amo velocidade.

Andrei Bellini

Mais uma vez um sinal de alerta surge na minha mente, é inexplicável como nossos gostos se parecem e fazemos as mesmas coisas. Isso é perigoso porque já me pego fazendo planos para viajar o mundo com ela e fazer cada aventurada que gostamos.

- Depois da nossa próxima missão deveríamos dar uma pausa de uma semana e viajar. -Digo a ela o que penso e ela acaba rindo

- Uma pausa e viajar? Com nossos países quase em guerra? -Ela ri.

- Isso se estiver tudo ok, se tudo estiver organizado. -Eu realmente gostei da ideia. - Eu não sei quando vou morrer, Ayla. -Ela me olha agora mais seria. - É por isso que não gosto de passar vontade com nada, se eu ver que tudo da missão estiver em ordem, eu pego um voo e vou para algum lugar desse mundo, se estiver algum imprevisto eu volto no mesmo momento, mas eu não passo vontade.

- Nunca pensei desse modo. -Ela admite, eu sabia.

Uma lembrança passa por minha cabeça.

- Fuma comigo? -Ela da um sorriso que meche com algo em mim, ela não devia ser assim tão bonita.

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora