Capítulo 39.

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Andrei Bellini

Alguns dias se passam desde o incidente e estamos a caminho dos Estados Unidos, a caminho da minha casa. Estou me sentindo bem melhor, quase não sinto mais dor no ferimento.

Aliso o cabelo da Ayla que está do meu lado, esses dias ela está mais calada do que o normal e não sei o que achar disso. Sei que foi complicado para ela esses dias, ela quase teve que se casar com aquele monstro, deve ter sido bem ruim todo esse momento.

- Está tudo bem? -Pergunto. Ela me olha.

- Está. Alguma dor? -Me pergunta.

- Não, está tudo bem. -Digo e ela abre um pequeno sorriso.

Me aproximo e beijo sua boca. Ela aprofunda o beijo e gosto disso, gosto quando se entrega ao momento e aproveito isso, aproveito os lábios carnudos, a língua que se gruda a minha e só sei beijar ainda mais essa mulher.

São dias com beijos intensos, meu corpo mostrando que quer mais do dela, que existe muito desejo entre nós. Ela não me deixa avançar, e por um lado eu entendo, eu levei um tiro. Mas ainda assim, isso parece pouco perante tanto desejo que quero matar.

- Você é tão linda. -Falo assim que nos separamos. Ela sorri. - É agora que me elogia também, paixão.

Ela ri.

- Você é muito convencido. -Ela diz.

- Qual é, paixão? Não mereço um elogio? Fui te salvar do lobo mal. -Ela gargalha. - A chapeuzinho, com seu enorme vestido branco em apuros, esperando o príncipe que a salvaria.

- Você é inacreditável. -Ela diz rindo. -Obrigada, meu príncipe.

A puxo novamente para um beijo, e aí só sei me entregar a esse momento. Com ela sempre é assim, sempre entregue.

O avião pousa tempos depois e já tem um carro a nossa espera, adoro essa facilidade de conseguir viajar. Não demora para que cheguemos ao prédio que moramos, meus irmãos querem oferecer ajuda, eu nego. Quero ficar a sós com ela.

Pego em sua mão para caminhar, carregamos as nossas malas que são apenas de mão. Entro no elevador e já disco o número do meu apartamento, não coloco o do dela, isso a gente resolve depois.

Chego ao meu andar e caminho para a porta ainda segurando a sua mão. Entro e encontro tudo exatamente como eu sai. Deixo a mala na sala mesmo e olho para ela.

Vou abrindo os botões da minha cama e a deixo cair no chão mesmo, toco na barra da minha calça e vou retirando cinto, ela arqueia a sobrancelha, o cinto também vai no chão, tiro os sapatos deixando os ali.
Puxo a calça para baixo e sem nenhum pudor ou reserva puxo a boxer junto.

- O que está fazendo? -Ela me pergunta.

- Estou em casa, quero ficar confortável. -Respondo. - Não quer ficar confortável também?

Ela gargalha.

- A gente não vai transar, Andrei. -Ela diz.

- Quem pensou em transar aqui? -Pergunto sínico.

Eu. Toda hora.

Ela estreita os olhos.

- Ah... -Ela fala e leva os dedos a barra da blusa, levanta e vejo aquelas delícias na minha frente. Sou doido por essa mulher e por esses seios. - Então que bom.. -Toca a barra da calça e a puxa para baixo. - Porque também quero ficar confortável. -Ela retira o sutiã e isso me enlouquece.

Mulher perfeita da porra!

Fica apenas com uma fina calcinha e sai andando pelo apartamento, meu olhar a segue e meus passos também. Me encosto no balcão da cozinha e a vejo caminhar para buscar água, ela sabe que estou a olhando então finge derrubar um garfo apenas para se abaixar na minha frente e me deixar vendo aquela incrível bunda.

- Isso é sacanagem. -Digo a ela. Ela se vira e sorri.

- Você quem começou. -Responde.

Me aproximo dela e encosto seu corpo ao meu corpo. Vejo a pele arrepiar.

- Quero você. -Sussurro no seu ouvido e beijo sua pele, rodeio minhas mãos nos seus seios e ela arfa.

- Andrei. -Arfa contra meu corpo, vou beijando o seu pescoço. - Não podemos.

- Sim, podemos. -Sussurro do outro lado. - Estou sem dor, meu único desejo agora é ter você.

Viro seu corpo e já vou beijando a sua boca. Quando eu digo que estou bem, é realmente verdade. Não foi a primeira vez que levei um tiro, conheço o pós operatório, tem que ter repouso, mas nada vai me fazer repousar mais do que o pós-sexo com ela.

- Andrei. -Ela me chama e me afasto um pouco. - Não quero avançar, ainda está recente para isso. Você realmente precisa descansar. Ordens médicas e sabe disso. -Ela fala. Faço bico, ela me beija. - Quer mamar?

Balanço a cabeça confirmando rapidamente.

Pego em sua mão e seguimos para o quarto, ela se ajeita na cama e faço o mesmo, já colocando o mamilo na minha boca e sentindo o leite quentinho.

Fico longos minutos assim, acho que nunca vou me cansar de sentir essa mulher.

- Eu senti sua falta. -Digo a ela.

- Eu também senti a sua, fiquei com receio de tudo dar errado. Quase deu. -Nego com a cabeça.

- Eu não deixaria que desse errado. -Digo a olhando.

Os olhos marejam e fico preocupado.

- O que houve? -Sussurro.

- Eu... -Ela não diz. Aliso seu cabelo.

- O que te preocupa? -Pergunto.

Eu sei que foi muita coisa que aconteceu e com certeza a sua mente está pensativa sobre isso. Mas não gosto de vê-la dessa forma, quero inevitavelmente acabar com tudo que a preocupa.

- Não é nada. -Ela diz. Sei que tem algo, consigo sentir.

- Pode me contar se quiser. Gostaria de ajudar.

Ayla L'Fontaine

Como falar que eu simplesmente estou apaixonada por ele e não sei como agir com isso? Que eu tive tanto medo de perdê-lo e que não sabia o que faria se algo tivesse acontecido?

Não tem como. Sempre fomos livres, combinamos que quando a missão acabasse as coisas voltariam ao normal. Mas eu nem sei qual é mais o meu normal.

Eu não posso cobrar que ele tome alguma atitude perante a nossa situação, isso nunca foi pensado entre nós. Não há o que fazer, eu vou voltar para o meu país e as coisas voltam ao que eram.

Não posso cobrar mais dele, não posso pedir para que ele vá comigo, e nem ele vai pedir para eu ficar. Não posso ir além do que isso.

Sinto os lábios quentes na minha pele. Subindo pelo meu pescoço e chegando até a minha boca. A mão desliza pelo meu corpo e meu corpo arrepia a cada toque, a boca vai deslizando pelo meu corpo. Ele volta para mim e olha em meus olhos, vejo tantos pedidos naquele olhar.

- Você está realmente bem? -Ele confirma com a cabeça.

- Preciso de você. -Ele diz.

É, eu também preciso dele

A sua boca toma a minha novamente e agora não há mais afastamentos da minha parte. Deixo que as mãos me passeiem e faço o mesmo com ele.

Ele não sabe ainda, mas provavelmente essa será a nossa última noite juntos. Será a nossa despedida. Eu preciso voltar ao meu país. Não dá mais para evitar.

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Mais um. Logo logo tem mais ❤️
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