Capítulo 34.

5.9K 437 96
                                    


Ayla L'Fontaine

Aos poucos vou ficando consciente do ambiente que estou, deitada em uma cama enorme, em um quarto também grande. Não estou amarrada, apenas deitada, observo todo o ambiente atentamente, não demora mais que alguns segundos para a porta ser aberta.

Parecem que sabia que eu tinha acordado. E o meu pior pesadelo está em minha frente. O homem a quem eu queria o máximo de distância.

- Que bom que acordou. -Ele fala e abre um sorriso. - Estava muito ansioso por ter você aqui.

Eu não.

Me levanto da cama e minha cabeça dói.

- O nosso casamento já está marcado. -Congelo no lugar.

Isso não pode ser real.

- Eu não quero casar com você. -Digo a ele que abre um sorriso. Bizarro.

- Estamos arrumando os últimos detalhes, você não tem escolha, Ayla. Daqui há dois dias será a minha mulher, não tem escapatória.

Tem que ter. Isso não pode ser real.

- Por que não escolhe outra? -Pergunto.

- Nenhuma delas teria a sua beleza. Sabe, uma coisa eu preciso concordar, eu entendo a obsessão daquele americano em querer ter você. -Está falando do Andrei, ele não é americano, é italiano. Mas isso não importa. - Você realmente é muito bonita.

- Me ponha a venda. -Falo no auge do meu desespero. - Se essa for a questão, me coloque a venda e terá muito dinheiro.

Ele sorri mais uma vez.

- Acha que eu quero dinheiro? -Me pergunta, espero que sim. - Milhares de homens querem aquilo que é meu, querem uma oportunidade de você estar com eles, mas quem a tem? -Pergunta sorrindo. - Eu, Ayla.

- Não tem. Você não me tem. -Falo e ele se aproxima. -Sinto o estalar dos dedos no meu rosto, ele me bateu.

- Eu quero que a nossa relação seja saudável, meu anjo. Mas você precisa colaborar, quando eu digo algo, você confirma, não vai contra ao que eu falo. Isso nunca pode acontecer.

- Quer uma marionete. -Ele prende meu rosto em seus dedos. Como eu quero acabar com ele.

Mas não posso. Poderia entrar em uma luta com ele, mas e depois? Por onde sairia? Não conheço nada disso aqui. E ele tem milhares de soldados.

- Aqui é assim, eu falo, você obedece. Eu mando, você aceita, não há discussão, não há controversas. -Lunático. A outra mão sobe pelo meu corpo. - Você realmente é uma delícia, estou tão ansioso para te ter na minha cama. -Ele diz e aperta meu seio esquerdo, que está super dolorido, por causa do leite que não foi retirado.

Sinto nojo dele.

- Me solta, Amir. -Peço, ele não faz. Tento me soltar das suas mãos, ele aperta com mais forças.

- Eu posso te tocar na hora que eu quiser, entende, Ayla? -Que inferno! Que pesadelo!

Eu só quero sair daqui.

- Você é minha. Eu faço o que quiser com você, não adianta ir contra ao que eu falei, aqui você me obedece. Eu sou seu superior e você me deve obediência.

Ele é maluco. Como que podem achar que um dia eu me colocaria nessa posição? De ser submissa? Jamais.

- Daqui há dois dias será nosso casamento, terá a possibilidade de escolher seu vestido. Algumas mulheres estão vindo aqui organizar tudo, como tenho pressa para te ter como minha esposa, não dará tempo de você escolher toda a decoração, já deixei mulheres encarregadas disso. Teremos o casamento mais luxuoso e bonito que esse mundo já viu. -Diz se afastando.

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora