Capítulo 45.

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Henri Bellini

Depois de uma longa semana com o meu irmão trancado no seu apartamento, no qual ele simplesmente não saiu para lugar nenhum

Saímos eu, Lorenzo e Nikolai para o apartamento do meu irmão, está na hora de descobrir o que está de fato acontecendo com ele. Não demoramos para pisar no prédio, e não temos problema em subir para o seu andar, já que ele é o dono e nós somos seus irmãos.

Paramos em frente a porta e eu bato, esperamos vários minutos até escutar um barulho da trinca da porta. A cena que vemos ao ter aquela porta aberta é surpreendente, o Andrei está quase irreconhecível.

Barba grande, cabelo grande e desalinhado, olheiras fundas, as roupas que parecem mais um trapo, uma garrafa de bebida na sua mão.

- Irmãos. -Ele grita. - Que bom que chegaram. -Diz e abre mais a porta para nós, vai para a sala praticamente cambaleando.

A sala está repleta de garrafas de cerveja, Whiskey e outros tipos de bebida, cheio de caixas de pizzas e hambúrgueres, resto de comida pelo chão. Uma nojeira.

- O que aconteceu com você? -Lorenzo pergunta tão perplexo quanto eu.

- Aquela maldita feiticeira. -Fala agarrado a garrafa. - Me jogou um feitiço agora eu não consigo mais pensar em outra coisa a não ser nela. -Fala meio embolado e se jogando no sofá.

- O que a gente faz? -Nikolai pergunta.

- Sou a favor de colocar ele no avião direto para a França. -Respondo.

- Eu apoio. -Lorenzo confirma.

- Vamos, Andrei. -Eu chamo. Puxo ele para ficar de pé, ele tá um trapo de verdade.

- Nós vamos buscar a Ayla? -Fala e da um gole na sua bebida, tento pegar da sua mão. - Ei, ei, ei, devolve a minha amiga.

- Amiga? O que a Ayla vai pensar sobre você ter uma amiga? -Ele parece refletir.

- Desculpa, amiga. Minha mulher tem ciúmes. -Ele beija a garrafa. - Shi... não conta que eu te beijei, eu não tô muito legal das ideias.

Escondo o desejo de rir da sua cara, esse momento deveria estar gravado. É patético demais!

Pego a garrafa da sua mão.

- A gente pode sequestra-la, colocar ela em um avião e sumir com ela. -Ele diz enquanto o empurramos para fora de casa.

- Isso, sequestrar e colocar em um avião.

- Eu estou viciado naquela mulher. -Ele me diz sério. É, está mesmo.

Demora um pouco para chegar até o aeroporto mas o jato já está posto na pista esperando nosso embarque até a França. O Andrei vem falante até chegar na cadeira do jato e adormecer.

- É inexplicável a forma como ele está. -Eu comento.

- Ele nunca sentiu a necessidade de ficar tão junto a alguém, e quando foi retirado dele... bom.. aí está. -Lorenzo responde.

É, não entendo disso mesmo.

- Será que ele vai surtar porque o colocamos no avião e estamos o levando para a França?

- Talvez um pouco. Já fiz uma reserva em um hotel por lá para que ele possa ao menos trocar de roupa e tomar um banho, ele não é assim tão desleixado, sempre foi muito vaidoso.

Realmente. De todos nós, o Andrei é o primeiro a cuidar da aparência, gosta sempre de estar bem alinhado, então vê-lo dessa forma por causa de uma mulher é tão... inovador. Muito inovador.

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora