Capítulo 08.

10.1K 725 76
                                    


Ayla L'Fontaine

  Os olhos azuis passeiam por meu corpo e parecem incendiar toda a minha pele, vejo um pequeno sorriso surgir no rosto dele e isso me faz querer sorrir também.

— Não aguentou de saudades e já veio atrás de mim? -Pergunta ele, quase reviro os olhos.

Que cara de pau.

— Baita autorreferência, ein? Está se achando muita coisa não?

— Me achando muita coisa? -Ele ri. — O que está fazendo aqui, já que não veio me ver?

— Eu estou morando aqui. -Digo e isso parece ter sido música para seus ouvidos, já que ele alarga ainda mais o sorriso.

— Seja bem-vinda, vizinha. -Ah, não acredito.

— Que azar. -Comento, ele ri.

— Vou te mostrar meu apartamento, vai que no meio da noite você queira pedir uma xícara de açúcar. -Dou risada.

— Isso é algo que você facilmente faria.

Sim, ele realmente teria essa cara de pau.

— Com uma vizinha dessas quem não faria? -Ele questiona.

Esse lugar está começando a ficar quente.

— Se me deixar realizar meu plano, possa ser que eu te der um pouco de açúcar. -Digo a ele que faz uma careta.

— Não estou gostando desse plano. -Ele diz.

— Eu vou estar infiltrada no meio daquelas mulheres, você me oferecerá para aqueles vermes e provavelmente eles vão querer me comprar, e aí colocaremos nosso plano em ação.

— Acha que será fácil assim? -Ele diz e desce os olhos para o meu decote.

— Acho que um pouco mais difícil do que você aguentar ficar sem olhar para os meus seios. -Alfineto e ele sorri.

— Eles são deliciosos. -Ele se aproxima. — Mas não estou gostando desse plano, Ayla. Você poderá ficar em perigo, estará a mercê das vontades daqueles homens e não sabemos o que eles são capazes de fazer.

— Preocupe-se em fazer o seu trabalho, Andrei. Já tomei minha decisão, essa é a forma mais fácil de conseguirmos o que queremos.

— Te colocando em risco? -Ele fica indignado.

— Eu sei o que estou fazendo. -Digo a ele.

— Essa missão deve ser organizada pelos dois, eu tenho que estar favorável ao que estamos fazendo, e eu não estou nenhum pouco confiante que isso dará certo.

Reviro os olhos.

— Então trate de ficar confortável, eu sei dos riscos que estou correndo, mas é necessário que isso aconteça.

— YA khochu zaperet' tebya v svoyey posteli i nakazat' za kazhdyy raz, kogda ty posmeyesh' poyti protiv moikh resheniy. (Eu tenho vontade de te prender na minha cama e te punir por cada vez que ousa ir contra minhas decisões.) -Diz em russo e estremeço.

Isso aqui está muito quente.

— O que disse? -Faço a sonsa, ele se aproxima.

— Svyazhu tebya, pomechu rukami tvoye telo i zastavlyu zakatit' glaza ot takogo udovol'stviya. (Te amarrar, marcar seu corpo com minhas mãos e te fazer revirar os olhos com tanto prazer.)

Ar... eu preciso de ar. Estou ficando ofegante.

— Andrei... -Sussurro baixo, nossos olhos vidrados um no outro, um calor que preenche todo o ambiente.

A Conquista - Série Família Bellini IIOnde histórias criam vida. Descubra agora