Se ela soubesse (Malila)

54.

{Duas semanas depois...}

Pov Maraisa

" Infelizmente, grande parte da poderosa família Mendonça, foram responsabilizados pelos atos de Murilo Huff, ex marido de Marília Mendonça, filha mais velha dos fundadores da empresa, mas que não tem participação nenhuma na empresa da família."

Termino de escrever mais um parágrafo e arrumo Luna nós meus braços, que está dormindo profundamente com os bracinhos ao redor do meu pescoço. Marília e Léo saíram para ir ao hospital e eu fiquei com a minha pequena, trabalhando enquanto ela dorme. Estou escrevendo a matéria da página principal do jornal, já que eu comprei a minha própria coluna no jornal da cidade, graças a ajuda da minha sogra.

- Mamãe... - Luna me chama enquanto dorme e segura a minha roupa com força.

Beijo a sua cabeça e me arrumo melhor na cama, sentada com as costas na cabeceira da cama, minha pequena dormindo abraçada comigo e o notebook nas minhas pernas, assim trabalhamos. Continuo escrevendo a matéria, tentando ao máximo cobrir informações que ninguém pode saber, sendo o mais profissional o possível. A mídia não sabe o porque Murilo foi preso, sabem que ele foi, mas só existe teorias sobre a sua prisão, mas ninguém acerta. As vezes quero escrever sobre isso, mas Marília não acha uma boa ideia, não por ele, mas pelo o Léo, já que a grande maioria acha que ele é meu filho por genética, não dá minha noiva. Termino de escrever e só corrigo alguns erros, mas meu bebê começa a se mexer nós meus braços.

Luna acorda e senta no meu colo, com o cabelo bagunçado, a camiseta do seu pijama levantada e mostrando a sua barriga gordinha. Ela fica olhando para o meu notebook longos segundos, com a cara fechada, até virar e ver que eu estou aqui, soltando um sorriso com a chupeta logo em seguida.

- Bom dia, amor - Falo beijando a sua cabeça.

Ela diferente do Léo e da minha mulher, Luna é feliz ao acordar, sorridente, gosta de abraçar e beijar.

- Hoje a gente vai ter que ir na sua vovó - Falo beijando a sua cabeça - Preciso mostrar a matéria para ela.

- É, mamãe?

- É, amor...

Levanto com ela e dou a sua mamadeira, dou um banho, troco a sua roupinha e saímos para a casa da minha sogra, já que ela precisa aprovar a matéria antes dela sair. Saímos de casa e eu vejo minha noiva ligando.

- Oi, Lila.

- Oi, amor... você ainda está brava comigo?

Ontem a noite eu estava com dor de cabeça e Marília queria atenção e eu pedi para ela me deixar dormir, que eu estava cansada, o que deixou ela magoada e começamos a discutir. Quando ela foi dormir no outro quarto, eu fui atrás porque não consigo dormir sem ela.

- Não, amor, não estou - Falo devagar - Está tudo bem.

- Me desculpa - Ela fala baixinho - Não queria ter ido trabalhar brigada com você, mas hoje eu não poderia atrasar.

- Amor... está tudo bem.

- É... mas eu te amo.

- Eu também te amo, Lila - Começo a rir do seu jeitinho de falar - Muito, por sinal.

Quando vejo que estou chegando na casa dos Mendonças, eu me despeço da minha mulher e estaciono, quando olho para trás, Luna está mordendo o seu pé, arrancando um sorriso do meu rosto. Pego ela e as minhas coisas e espero ser recebida na grande mansão. O mais engraçado que meses atrás, se alguém mandasse eu vim aqui, eu negaria em várias línguas diferentes, mas hoje em dia, eu venho aqui, para falar com a minha sogra, tudo por uma loira ciumenta. Quando Dona Ruth me recebe, ela sorri ao ver Luna nós meus braços e pega a pequena no colo, fazendo eu entrar na casa logo atrás dela.