42.

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Pov Maraisa

- Bom dia, amor - Marília me acorda beijando meu rosto.

- Oi, Lila...

Ela morde o meu queixo e sobe seus beijos para a minha bochecha, fazendo eu rir involuntariamente e tentar tampar a sua boca.

- Lila... para.

- Eu sinto saudades de te beijar - Ela fala magoada - Eu só quero um beijo.

- Amor...

- Por favor.

Passo minhas mãos pelo seu rosto e me aproximo mais dela, juntando nossos lábios em um beijo. Marília desce suas mãos para a minha cintura e aperta nossos corpos, enquanto eu arranho a sua nuca. É gostosa a sensação de ouvir seus suspiros baixinhos, cada vez que a nossa língua se toca e cada vez que eu arranho a sua nuca, para trazer ela mais para perto.

- Você quer só um beijo mesmo? - Ela pergunta olhando para a minha boca e com a mão na minha barriga.

- Lila...

- É só um beijo que você quer?

- Não...

Marília sela nossos lábios e desce seus beijos para a minha bochecha, passando pelo meu pescoço, descendo as suas mãos para a barra da minha camisola, tirando do meu corpo e jogando para qualquer canto do quarto.

- Lila... as meninas e o Léo - Falo ofegante.

- Eles saíram para comer fora.

Ela beija o vale dos meus seios, tudo começa calma, maestria, aproveitando o toque, sentindo a minha pele entrando com contato com seus lábios. Ela abocanha o meu seio, mordendo e chupando lentamente, arrancando gemidos abafados da minha boca, fazendo meu centro pulsar ao ver seus olhos presos no meu rosto. Coloco minha mão na sua cabeça para aumentar o contato, enquanto ela me olha, o tempo inteiro, fazendo eu ficar totalmente pronta para ela.

Marília desce para o meio das minhas pernas e abre, beijando a região interna das minhas coxas, antes de fazer o que ela estava sedenta a um bom tempo. Ela me olha e abaixa lentamente, e eu sinto a sua língua passando por toda a minha intimidade, é como estar nas nuvens, minhas pernas perdem as forças, eu começo a gemer baixinho, mordendo meus dedos para não fazer barulho. Sua língua quente e aveludada, faz eu rebolar no seu rosto, tentando ao máximo aliviar esse estresse e tensão.

Marília sobe os beijos para a minha boca, chupando os meus lábios e me levando a loucura, fazendo eu sentir meu próprio gosto. Ela desce as mãos na minha entrada e morde meus lábios, me penetrando com três dedos de uma vez, estocando com força, e fazendo a minha intimidade fechar nos seus dedos. Fecho as minhas pernas na sua cintura e ela dobra os seus dedos dentro de mim, sem parar um minuto com os seus movimentos, me tentando completamente assim, não demora muito para eu ter meu orgasmo com ela.

- Eu amo você - Ela fala beijando meu pescoço - E amo ter você assim.

- Eu também te amo, Lila...

Ela continua beijando meu rosto, sorrindo para mim, fazendo eu revirar meus olhos pela vergonha de ter ela assim.

- Sabe... eu estava pensando em procurar uma casa hoje - Minha noiva fala deixando um selinho na minha boca - Se você quiser, claro, podemos ir juntas.

- Lila...

- Eu não quero te precionar - Ela fala tirando os fios de cabelo do meu rosto - Mas eu não me sinto bem na casa da minha irmã, eu gosto do conforto de ter a minha própria casa.

- Mas... mas aqui eu me sinto segura, Lila.

Eu entendo a sua necessidade de ter a sua própria casa e não ficar no lugar aonde é da irmã dela, mas se nós mudarmos, vamos ser só nós três novamente e em algum momento eu vou ficar sozinha e eu não sei se consigo ficar dentro de uma casa, totalmente sozinha, mal consigo ficar no quarto, porque os flashbacks começam a voltar e eu entro em dessespero.

- Então, tudo bem - Ela sorri de lado e senta na cama - Deixa para lá.

- Lila... eu... eu não consigo mais ficar sozinha - Falo sentando do seu lado - Eu tenho medo...

Ela me olha e concorda com a cabeça, passando seus braços por mim e fazendo eu deitar a minha cabeça na suas pernas. Marília começa a acariciar meu rosto, mas não fala nada, sei que ela está pensando em algo.

- O que foi, Lila?

- Nada.

- Fala, eu te conheço - Peço sentando na sua frente novamente.

- Eu... contratei uma equipe de perícia, para tentar descobrir como a casa pegou fogo.

Não contei para ela que eu vi alguém jogando uma garrafa de álcool em chamas para dentro do quarto, na verdade eu estava afastando esses pensamentos a muito tempo e queria fingir que eles não existiam, mas uma hora eles iriam vir atona, sempre voltam, não adianta eu fugir.

- Foi propósital, Lila - Dou de ombros - Colocaram fogo na nossa casa, alguém queria me machucar.

Minha noiva trava a mandíbula e eu sinto ela ficando tensa a cada segundo, totalmente nervosa e brava.

- Lila...

- Eu sei quem foi - Ela fala brava e saí da cama - Filho da puta.

- Amor...

Marília procura qualquer roupa para vestir e eu não faço ideia de quem ela está falando, mas nervosa desse jeito, provavelmente ela vai fazer alguma besteira. Visto a minha camisola e vou atrás dela, que já está na sala. Além de me dessesperar que ela pode se encrencar, eu não quero ficar sozinha e isso vai acontecer se ela sair.

- Lila... me escuta.

- Cadê a porra das chaves? - Ela resmunga irritada.

- Eu não quero ficar sozinha - Falo com a voz embargada - Não me deixa aqui sozinha... por favor.

Ela parece voltar ao normal ao me ouvir, me aproximo mais dela e abraço seu corpo, com zero perspectiva de soltar. Não quero que ela seja impulsiva, que machuque alguém ou se machuque, quero ela aqui comigo.

- Não me deixa aqui - Peço novamente - Não saí daqui.

- Eu tenho certeza que foi o Gustavo - Ela fala baixinho - Não posso deixar ele sair em pune.

Faz todo o sentido ser ele, o que me machuca, porque se eu não tivesse convidado ele para aquele encontro, nada disso teria acontecido, meu filho estaria comigo, estaríamos na nossa casa e eu não estaria tão inundada de tantos traumas. A minha única reação é apoiar a minha cabeça no ombro da minha noiva e começar a chorar igual criança quando se machuca, um choro incontrolável de dor, em pensar que tudo isso foi por apenas um coração partido.

Minha noiva me abraça e me pega no colo, me levando até o sofá e sentando, ainda comigo no seu colo. Ela me segura igual a um bebê, me beija, cuidando, acalmando, tenho certeza que sem ela, eu não aguentaria nada disso.

- Eu vou proteger você - Ela fala com os olhos cheios de lágrimas - Eu não consegui antes e eu sinto muito, mas eu não vou falhar de novo.

- Não é a sua culpa, Lila...

- Eu vou proteger vocês... sempre.

Se ela soubesse (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora