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Pov Marília

- Mas... mas ela não quer ficar com o Léo - Meu filho fala abraçado com Luísa - Ela não gosta mais do Léo.

- Léo... a mamãe te ama - Tento explicar para ele - Mas agora ela está passando por um momento difícil.

Ele nega com a cabeça e continua chorando nós braços da minha irmã, um choro de soluçar, totalmente emotivo e triste. Maraisa está se fechando, não quer ver ninguém, não quer falar com ninguém, só quer ficar sozinha, é como se ela estivesse caindo e nós tentássemos puxar ela para cima o tempo inteiro, para não deixar ela se afundar nesse abismo de pensamentos e sentimentos. Não quero precionar ela, sei que o processo do luto é difícil, está doendo nela e está doendo em mim, mas está sendo muito mais difícil agora, porque ela não quer ver ninguém, não quer mostrar fraqueza, mas está afastando todos que podem ajudá-la a se curar, as pessoas que verdadeiramente amam ela.

Estamos na casa da minha irmã por enquanto, sorte que a casa da Luísa é enorme, já que eu e o Léo estamos dormindo em um quarto e ela em outro, já que não quer ficar perto da gente.

- Eu vou... eu vou tentar falar com ela de novo - Falo subindo as escadas.

Pato na frente do seu quarto e respiro fundo antes de entrar. Quando abro a porta, Maraisa está deitada de costas para mim, olhando para a janela, totalmente perdida nós seus pensamentos, uma coisa que eu tenho muito medo, sei que isso não deve ser coisa boa, não deve ser pensamentos bons.

- Mara... eu... eu vim ficar com você.

- Eu quero ficar sozinha - Ela responde nervosa - Eu já disse isso, um milhão de vezes.

- Eu sinto a sua falta - Falo com a voz embargada - Léo sente a sua falta, precisamos de você.

- Me deixa quieta, Marília.

- Se você não quer falar comigo, tudo bem, eu respeito - Me aproximo mais dela - Mas o nosso filho, ele precisa da mãe dele.

Maraisa senta na cama e passa as mãos pelo seu rosto, tentando se acalmar, sei que ela ela gritar comigo e ser ignorante como todos os outros dias, mas eu não me importo.

- Eu estou te implorando, Mara...

Me aproximo mais dela e me ajoelho na sua frente, apoiando meus braços nas suas pernas e olhando nós seus olhos.

- Eu não vou desistir de você - Falo olhando nós seus olhos - Sou eu, a sua Marília, a sua noiva, a sua mulher, mãe do seu filho.

- Está doendo muito...

- Nós vamos... nós vamos nos curar aos poucos - Sussuro e seguro seu rosto - Vamos passar por isso, eu prometo.

- Eu não quero que você fique.

- Do que você está falando?

- Olha para mim, mal consigo comer, sair da cama, me arrumar - Ela nega com a cabeça - Você não é obrigada a ficar com uma pessoa assim.

- Uma pessoa assim? - Pergunto brava - A minha mulher é a pessoa mais forte e incrível que eu conheço, ela é a melhor pessoa da minha vida, ela é a minha vida, então respeito quando fala dela.

- Eu não sou...

- Você é a minha vida, Maraisa - Sorrio de lado - Se eu for embora, eu perco meu proposito, porque meu proposito nessa vida é você.

Ela me olha com os olhos cheio de lágrimas e eu me aproximo dela, abraçando seu corpo com força. E só esse pequeno contato, é suficiente para destrancar uma crise enorme de choro, fazendo ela soluçar de nervoso.

Se ela soubesse (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora