45.

2K 220 44
                                    

Pov Marília

- O que você gosta mais - Pergunto para o Léo - Brigadeiro ou macarrão?

- Macarrão - Ele fala animado.

- Macarrão ou a sua naninha? - Minha noiva pergunta rindo.

Ele olha magoado para Maraisa por perguntar algo tão difícil. Mesmo que o incêndio tenha acabado com tudo na nossa antiga casa, a sua naninha estava na casa da minha irmã, já que no dia anterior ele tinha dormindo lá, sendo uma das poucas coisas do pequeno que salvou em meio a todo o caos.

- A minha naninha... - Ele fala triste.

Pego ele no colo e fomos para o carro, já que hoje ele tirou o seu gesso e decidimos ir procurar uma casa com ele, para o nosso filho nós ajudar a escolher. Maraisa começa a brincar com o pequeno no meu colo, fazendo ele se contorcer nós meus braços e gritar por ajuda, afastando as suas mãos. É bom ver ela distraindo a cabeça, não esquecendo, porque é impossível esquecer o que aconteceu, mas ir superando aos poucos o acontecido, voltando a ser a mesma Maraisa de antes, mesmo que de pouquinho a pouquinho.

- Para, mamãe... - Ele fala bravo.

- Ah você está bravo comigo? - Ela pergunta rindo - Ah é assim?

Ele me olha com medo e eu abraço ele com força, correndo com ele nós meus braços, deixando a minha noiva para trás. Maraisa vem atrás de nós dois e por essa corrida pequena, chegamos na casa que vamos comprar. Léo fica boquiaberto ao ver o tamanho da casa e Maraisa parece achar bonita a casa.

- Você gostou, amor? - Pergunto beijando a sua bocheca.

- É bonita, Lila - Ela sorri para mim - Eu quero ver por dentro

- Podemos ver...

Entramos na casa e eu recebo o sorriso que eu tanto amo da minha noiva, que parece satisfeita ao ver a casa já pronta e decorada para a nossa família. Passei a última semana, tentando fazer de tudo, para a nossa casa ficar perfeita para a minha mulher e tentar lembrá-la da nossa casa antiga, mas de uma forma boa, reconfortante. As paredes tem quadros com nossas fotos, alguns desenhos do Léo enquadrados, escolhi cores que tem vida, para mostrá-la que a nossa casa vai voltar a ser algo que podemos chamar de lar e ser reconfortante para nós, para proteger a nossa família do mundo.

- São cinco quartos - Falo para ela - O nosso, do Léo e tem os de hóspedes.

- Que era para ser do nosso outro filho - Ela sussura baixinho.

- Mara... ainda pode ser.

- Nunca vai - Ela fala totalmente ignorante - Você sabe disso.

Ela se afasta e continua vendo o resto da casa. Sei que talvez ela nunca mais queira engravidar, como eu sei que se essa for a sua vontade eu vou respeitar, mas se ela quiser, eu posso engravidar e dar outro filho por ela, como poderia desdo início. Só não fiz antes, porque eu sei que era o sonho dela, engravidar e ter um filho, gerado no seu ventre, eu engravidar e dar um filho para ela não é a mesma coisa, não que ela iria deixar de amar, pelo contrário, mas é a mesma coisa de você querer muito ir em um show de um artista que você gosta e sentir a emoção de estar lá e participar daquilo, do que alguém simplesmente te mostrar um vídeo do show, você está vendo, não precisa imaginar como foi, mas você não estava lá, você não sentiu aquilo, você só viu a reprodução, é a mesma coisa.

Me aproximo dela e coloco Léo no chão, pegando a sua mãozinha e beijando a bochecha da minha noiva.

- Mara... não fica assim.

- Desculpa, Lila - Ela sorri de lado - Você só... está tentando seu melhor, não é justo, eu te atacar.

- Eu não me importo.

Se ela soubesse (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora