25. Praia

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P.o.v. Pedro

Jão: — Pedroo! A gente não vai chegar nunca?  

Pedro: — Jão, não é a primeira vez que a gente vem pra cá.

Estávamos caminhando a cerca de meia hora, a caminho de um lugar na praia que a gente sempre ia, era uma área totalmente vazia, dava quase a impressão de estar em uma ilha deserta. Pra chegar lá só era preciso estacionar o carro em um lugar totalmente isolado e caminhar uns 45 minutos sobre a areia e umas rochas, tranquilo.

E o Jão reclama todo o caminho até finamente chegarmos.

Jão: — É por isso que nunca tem ninguém aqui nesse fim de mundo. — Resmunga se jogando na areia. — Tão difícil o acesso.

Pedro: — Vai dizer que não vale a pena? — Me deito do lado dele. — Olha pra isso. — Aponto para o horizonte. — É tudo nosso, sabe.

Ele me puxa mais pra perto e me beija.

Jão: — A única parte boa é estarmos só eu e você. — Ele diz contra meus lábios.

Pedro: — Bom demais. — Beijo ele de novo.

Jão: — Vamos entrar um pouco no mar? — Pede.

Pedro: — Pode ir se quiser, depois eu vou.

Jão: — Não, eu quero que você entre comigo.

Pedro: — Aném... que desanimo.

Jão: — Por favor, entra comigo... — Ele segura me rosto e me beija. — Por favor... — Ele faz bico.

Pedro: — Fazer esse bico é sacanagem... — Resmungo antes que ele una nossos lábios de novo. — Tá bom, vamos!

Jão: — Ebaa! — Ele se levanta e corre té o mar.

Pedro: — Jão! Jão, me espera! — Corro atrás dele, ele mergulha e depois joga água em mim, rindo como uma criança.

Ficamos um tempinho no mar e depois voltamos pra areia.

Pedro: — Amor... — Chamo. — Tá tudo bem?

Jão: — Sim... porque não estaria.

Pedro: — Estou te achando um pouco distante hoje.

Jão: — Está tudo bem.

Pedro: — Vai mentir pra mim agora?

Jão: — É só que... eu estou nervoso com o edital.

Pedro: — Não precisa ficar, vão nos dar a resposta até o fim do mês.

Jão: — Eu estou com medo.

Pedro: — Com medo de quê? 

Jão: — De Imaturo não passar

Pedro: — Ela vai passar.

Jão: — E se não passar?

Pedro: — Bom, era pra ser surpresa, mas se vai te animar... — Puxo ele pro meu colo. — Eu reservei um jantar pra gente naquele restaurante italiano que você ama, — Sorri. — Pro inicio do mês que vem, se Imaturo não passar a gente vai jantar pra afogar as mágoas.

Jão: — Mas e se passar? 

Pedro: — Aí a gente vai jantar pra comemorar.

Ele dá aquela risada gostosa.

Jão: — Obrigado. — Me beija. — Eu... eu sou muito feliz de ter você aqui.

Pedro: — Eu também. — Beijo ele outra vez.

Ele me puxa pra deitar na areia e deita no meu peito, olhando o mar.

Jão: — Eu amo o mar.

Pedro: — Acho que vocês são parecidos em imensidão e intensidade. 

Jão: — Que bonito. — ele me beija e volta a olhar o mar. — Acho que além de cantor eu quero ser um pirata. Você me amaria se eu fosse um pirata?

Pedro: — Eu arranjaria um navio pra você e colocaria em cima do seu palco.

Ele dá um riso leve.

Jão: — Seria incrível.

Pedro: — Seria.

Ele me beija, depois beija meu pescoço.

Jão: — Sua pele tá salgada. — Ele ri e deixa mais um beijo no meu pescoço.

Pedro:  Acabamos de sair do mar, provavelmente a sua também tá.

Jão: — Eu gosto. — Ele me beija mais uma vez.

Pedro: — Eu também. — Suspiro.

Jão me abraca e encaixa o rosto na curva do meu pescoço.

Jão: — Posso ficar assim com você pra sempre?

Pedro: — Pode, com toda a certeza pode. — Sorri.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora