98. Se for com você, eu vou

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P.o.v. Pedro

Acordei naquela manha me sentindo revitalizado como nunca.

Jão já tinha levantado, julguei pelo barulho do chuveiro.

Ele saiu do banho apenas com a toalha enrolada na cintura e eu soltei um suspiro com a visão.

Jão: — Você acordou. — Ele diz quando me nota olhando pra ele. — Dormiu bem, meu amor?

Pedro: — Com toda a certeza. — Vou até ele e deixo um beijo nos seus lábios. — Faz tempo que eu não sinto tanta paz.

Jão: — Você tava tão feliz ontem. — Ele desliza os dedos pelo meu rosto, sorrindo. — Foi tão bom ver você se dando bem com sua família.

Pedro: — Eu fiquei um pouco surpreso, sabe? — Confesso. — Mas tô feliz.

Ele me da mais um beijo e eu decido tomar banho também, quando saio, Jão está na ponta da cama digitando todo concentrado no celular.

Pedro: — Escrevendo? — Supus.

Jão: — Sim... — Ele me olha e dá um sorriso. — Mas não fiz nada muito grandioso, ainda.

Pedro: — Deixa eu ver... — Olho a tela do celular dele. — Isso está bom.

Jão: — É só um refrão.

Pedro: — E já está incrível. — Me deito do lado dele.

Jão: — Quer me ajudar a terminar ela?

Pedro: — Claro que sim, quando eu vou negar escrever um hit ao lado do meu compositor?

Jão: — Bobo... — Ele ri e me dá um selinho.

Ficamos um tempinho ali escrevendo juntos.

Pedro: — Quero te levar num restaurante hoje.

Jão: — Que legal, já estou ansioso, você tem um ótimo gosto para restaurantes.

Pedro: — E não só para restaurantes. — Dou um riso e deixo um selinho nos seus lábios — Apesar de não ser bem um restaurante, é mais uma lanchonete, que eu pesquisei, pra saber se era um dos poucos lugares que vai estar aberto hoje.

Jão: — Porque, o que tem hoje?

Pedro: — É o aniversário da cidade, — Ele explica. — Não é um grande feriado, geralmente só fecham os bancos e agência dos correios, mas às vezes alguns mercados e restaurantes aproveitam pra fechar mais cedo.

Jão: — Ah, entendi,

Pedro: — E também tá meio nublado, talvez chova.

Jão: — O clima dessa cidade é muito louco, ontem estava um sol de matar, ai do nada choveu por três minutos e depois voltou o sol. — Ele ri.

Pedro: — Porque o clima de São Paulo é super equilibrado. — Devolvo rindo.

Mais tarde a gente se arrumou pra ir comer, o tempo estava tão fechado que eu cogitei comprar um guarda-chuva, mas o Jão insistiu que não íamos precisar.

Depois que comemos, eu tive a ideia de irmos caminhando de volta até o hotel, já que eram só algumas quadras.

E, como se o universo decidisse juntar o útil ao agradável, assim que saímos do restaurante, começou a chover.

Jão: — Só algumas quadras, né? — Ele ri enquanto a gente se esconde debaixo do toldo de um estabelecimento que estava fechado.

Pedro: — Eu disse pra gente comprar um guarda-chuva. — Devolvi, rindo junto.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora