80. De volta aos costumes

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P.o.v. Pedro

 Acordei naquela manhã e estranhei a falta do Jão e dos gatos na cama.

Já estava cogitando levantar ou chamar por ele, vejo a porta do quarto se abrindo.

Jão: — Bom dia, vida! — Ouço ele me chamar, se deitando do meu lado. — Acorda.

Pedro: — Bom dia, meu amor, — Sorrio, abrindo os olhos. — Já estou acordado.

Jão: — Então levanta, eu fiz cafe da manha para a gente.

Pedro: — Assim do nada? — Dou u sorriso bobo. — Ou algum motivo especial?

Jão: — O motivo especial é você. — Ele sorri.

Ele me levanta da cama, a mesa estava bem bonita.

Pedro: — Isso tudo é pra mim? — Sorrio, feliz. — Tá tão chique que parece até que teremos algum convidado de honra.

Jão: — Me deu vontade de fazer uma coisa especial pra você.

Ele deu aquele sorriso lindo que fazia meu coração disparar.

Tomamos café da manhã e eu decidi lavar a louça, já que ele já tinha feito tudo aquilo pra mim.

Quando terminei, voltei para a sala, ele estava no sofá, vendo algo no celular, quando me aproximei vi que ele estava vendo vídeos da Turnê Lobos.

Pedro: — Tá com saudades?

Jão: — Muita, meu deus. — Ele suspira, saudoso. — Mas tô gostando das férias também.

Pedro: — Eu imagino. — Deslizo a mão na coxa dele. — Posso?

Jão: — Pode!

 Me sentei no colo dele, ele sorri e me beija, passando a mão pelo meu cabelo.

Pedro: — Como você consegue ser tão perfeito?

Jão: — Só sou perfeito, com você, lindo.

Pedro: — Não, você é perfeito sempre, comigo, com os gatos e principalmente em cima do palco.

Jão: — Se eu sou perfeito, você é algo além do perfeito que nem sou capaz de nomear.

Pedro: — Bobo. — Beijo ele. 

Jão: — Eu amo você, sabia? Amo o quanto você me faz bem, amo seu cabelo, seu corpo, o jeito que você fala, todo empolgado das suas ideias, 

Pedro: — Você tirou o dia para me mimar, foi? — Sorrio todo bobo com suas palavras. — Assim fica difícil competir.

Jão: — Então me beija, que é equivalente.

Pedro: — Safado... — Murmuro, puxando seu rosto pra mais um beijo, daqueles lentos e intensos ao mesmo tempo. — Eu também amo tudo em você, — Sussurro na boca dele. — Seus beijos, seu corpo, sua voz, você cantando todo lindo em cima do palco.

Ele sorri e me beija outra vez, depois outras, eu não tinha noção da saudade que estava sentindo disso tudo.

Mais tarde eu fui tomar banho, e quando saio ele ainda tá no sofá, mexendo no celular.

Pedro: — Vidaa, me dá atenção... — Eu peço manhoso, deitando no seu colo.

Jão: — Oh, meu deus, eu tenho três gatos? — Ele ri. — Agiu igualzinho a Chicória agora. — Ele ri mais e deixa um selinho nos meus lábios, fazendo carinho no meu cabelo.

Pedro: — Sim. — Dou risada.

Ele me dá outro selinho, rindo.

Pedro: — Vida... — Chamo

Jão: — Eu?

Pedro: — O que você ta sentindo nesse momento?

Jão: — Acho que um misto de saudade dos shows, com uma felicidade pelo fato de estar podendo passar tempo só com você...

Pedro: — Até eu to com um pouco de saudades dos shows, é bom poder participar de tudo. — Sorri. — Já tô ansioso pra escrever os clipes do seu próximo álbum.

Jão: — É, mas não vamos falar de trabalho, agora.

Pedro: — Tem razão, quer assistir alguma coisa?

Jão: — Pode ser.

Vimos um filme, mas admito que não prestei tanta atenção, poderia dizer que era pelo carinho gostoso que o Jão fazia no meu cabelo, mas, na verdade, é que muita coisa passava na minha cabeça, eu estava feliz por estarmos como antes, mas com medo de ser passageiro.

Jão: — Amor, — Ouço ele me chamar, despertando. — Acho que alguém dormiu.

Pedro: — É. — Me levanto do colo dele, encostando a cabeça no seu ombro. — Eu queria te pedir desculpas.

Jão: — Não precisa, meu bem, eu sempre dumo também.

Pedro: — Não é por isso.

Jão: — Pelo quê, então?

Pedro: — Por não ter dito de cara que sentia saudades, por não ter sido sincero com você todos esses meses.

Jão: — Tudo bem, eu sei que você só queria me proteger.

Pedro: — É, mas eu prometo que vou ser mais maduro. Tô com tanto medo de te perder, meu amor.

Jão: — Eu te entendo, Pepeu, e como te entendo. — Ele desliza os dedos pelo meu rosto enquanto fala. — mas você não vai me perder, você achou que ia me perder se me contasse que gestava de mm, quando me beijou, e até nesses meses que a gente acabou se afastando, e nós estamos aqui, não estamos?

Pedro: — Sim... — Me levantei do colo dele e o beijei. — Obrigado por estar aqui comigo.

Jão: — Eu sempre vou estar aqui. — Ele me beija de novo. — Sabe, quando eu estou emotivo assim, eu costumo gostar de escrever coisas mais sentimentais, me ajuda a colocar pra fora, não quer escrever um pouco? — Ele beija o topo da minha cabeça.

Pedro: — Então é isso que você tanto escreve no hotel quando eu te deixo sozinho pra resolver alguma coisa?

Jão: — Sim.

Pedro: — Acho que pode ser uma boa ideia, pra desabafar.

 Escrevemos um pouco, nada concreto a ponto de ser chamado de música, na minha concepção, mas foi bom, chegamos a mexer em algumas músicas que ele já tinha feito.

Jão: — Quer pedir comida, ou quer ariscar algo na cozinha hoje de novo?

Pedro: — Na verdade, porque a gente não sai pra comer uma pizza, chama todo mundo? Sei lá, não saímos coim ninguém depois que chegamos de Barcelona.

Jão: — Eu gostei dessa sua ideia, manda mensagem no grupo pra ver eles estão livres.

Pedro: — Ok, vou mandar.

Minutos depois lá estávamos nós em uma pizzaria qualquer, com todo o nosso grupinho, era bom.

Mais tarde, quando voltamos pra casa, estava tão tarde que os gatos até já tinham dormido. Então a gente se preparou pra dormir também, estávamos bem cansados.

Jão: — Boa noite, vida. — Ele diz, deitando no meu peito.

Pedro: — Boa noite, meu amor.

Dormimos assim, não importa quantas vezes isso aconteça, sempre vou me sentir sortudo.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora