P.o.v. Pedro
Era tão bom acordar do lado do Jão de manhã, com ele deitado em cima de mim, com o rosto afundado na curva do meu pescoço, a mão sobre o meu peito e as pernas enlaçadas nas minhas, nós dois sem uma peça de roupa sequer, naquele quarto de hotel, tudo estava estupidamente perfeito.
Como eu fui capaz de me privar disso uma semana inteira por conta de uma vaga de estágio?
Minha mão que estava afundada no seu cabelo deslizou até seu rosto e eu fiquei alisando ali de leve até que meu namorado despertasse.
Pedro: — Bom dia, vida! — Disse, ele abriu os olhas lentamente e logo em seguida fechou de novo, dando um sorrisinho. Dei um beijo no seu maxilar. — Bom dia! — Repeti.
Jão: — Bom dia, meu amor. — Ele volta a abrir os olhos. — Dormiu bem?
Pedro: — Melhor impossível. — Sorri. — E você?
Jão: — Igualmente, tava com uma saudade absurda demais pra só cinco dias.
Pedro: — Nem fala. — Ele sorri e se levanta do meu peito, me analisando com os olhos.
Jão: — Você é tão lindo assim...
Solto um sorriso bobo, me questionado se ele tá tentando ser fofo ou safado.
Pedro: — Você quer dizer quando eu acordo com a essa cara amassada que só é linda pra você, ou quer dizer sem roupa mesmo.
Jão: — As duas coisas juntas. — Ele ri. — Você sem roupa e com essa cara amassada de sono e esse cabelo bagunçado.
Dou um sorriso, meio sem reação.
Jão: — Adoro quando você perde a fala.
Pedro: — Eu percebi.
Pedro: — Vamos descer para o café da manha?
Jão: — Vamos. — Ele se levanta do meu peito e se espreguiça, em seguida analisa meu corpo com os olhos — Você tá bem marcado... — Sorri.
Pedro: — Você tá com um chupão no ombro direito. — Devolvo.
Jão: — Serio? — Ele se levanta as pressas e se olha no espelho do quarto. — Pedro!
Pedro: — Podia ter sido no pescoço, eu fui bem legal. — Dou risada. — A camisa vai tampar.
Jão: — Você não existe... — Ele ri.
Nesse clima, nos vestimos e descemos para tomar café.
Renan: — Olha, o casal deu o ar da graça. — Debochou.
Pedro: — Vocês nem merecem a honra da minha presença aqui. — Zombei.
Renan: — A celebridade aqui é o Jão, meu filho. — Riu.
Malu: — Já que os pombinhos acordaram cedo, e nosso voo é só mais tarde, bem que a gente podia dar uma passadinha na praia hoje.
Renan: — Eu topo.
Jão: — Não sei se eu quero que você me vejam sem camisa. — Ele dá um riso.
Renan: — Meu deus, Pedro, oque você fez com ele?
Malu: — Acho que eu prefiro não saber. — Ela riu.
Pedro: — Eu não fiz nada que ele não tenha adorado.
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E Se A Gente...? - Pejão
أدب الهواةJoão e Pedro são melhores amigos a tempo, mas tem sentimentos um pelo outro e todos a sua volta percebem que eles se gostam mais do que amigos. Todos, exceto eles mesmos. Enquanto Pedro falha em esconder o que sente, Jão se recusa a acreditar que...