48. Mudança (Definitiva)

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P.o.v. Pedro

Eu e o Jão ficamos os últimos dias cuidando da mudança, não que houvesse muita coisa pra organizar, a parte burocratística em si ele já tinha cuidado de quase tudo, e agora estamos nós em um apartamento novo, no meio de dezenas de caixas e moveis desmontados.

Pedro: — Vai dar tanto trabalho organizar isso tudo. — Digo.

Jão: — É vai, mas eu tô feliz. — Ele sorri e é esse sorriso que faz qualquer coisa valer a pena.

Pedro: — Eu também estou. — Sorri de volta.

Jão: — Reparou uma coisa nessa casa?

Pedro: — O quê?

Jão: — Vem cá, — Ele me puxa pela mão e me leva até o quarto, que também está cheio de caixas.

Ele abre a porta da pequena sacada com uma das mãos, a outra manteve junto a minha.

Jão: — Nós temos nossa própria sacada agora! — Ele diz, se sentando no chão e me puxando junto.

Pedro: — É mesmo. — Sorri, com as lembranças aquecendo meu coração. — Você pensou nisso na hora de escolher esse apartamento?

Jão: — Talvez? — Ele ri, em seguida me puxa pra um beijo. 

Pedro: — Sabe... — Deito a cabeça no ombro dele. — Naquela noite, no primeiro evento da universal music, depois que você correu de mim, eu fiquei com muito medo de te perder, mais do que eu já tinha, e sabe, olhando a gente aqui hoje... sei lá, só estou feliz.

Jão: — Eu também, meu amor. —Ele dá um beijo no topo da minha cabeça. — Obrigado por estar aqui.

Pedro: — Eu que te agradeço. — Sorri, e aproximei meu rosto do seu até unir nossos lábios. — A gente tem muita coisa pra arrumar, né? — Sussurro na boca dele.

Jão: — Infelizmente, sim. — Ele sussurra de volta.

Pedro: — Só mais um beijinho, então? — Peço.

Jão: — Tá, só mais um. — Ele sorri e volta a me beijar. — Vem, temos muita coisa pra colocar no lugar, vamos ter tempo pra apreciar a vista depois.

[...]

Uma semana se passou, obviamente mudança leva um mês em média para pôr tudo no lugar de verdade, mas até que a gente tinha se virado bem.

Pedro: — Sabe, porque a gente não cozinha juntos hoje a noite? — Sugiro.

Jão: — Você gostou mesmo disso, né? — Ele dá um riso fraco.

Pedro: — Sim. — Dou um sorriso.

Jão: — Eu também gosto.

Pedro: — Acho que seria um bom jeito de estrear direito a casa?

Jão: — Causando um incêndio nela? — Ele zomba e ri. — Tô brincando, amor, mas acho que não tem nada de ingrediente pra cozinhar alguma coisa aí. A gente tem que fazer compras.

Pedro: — Eu acho dá pra fazer alguma coisa mais simples, tipo um macarrão ou sei lá, vou lá conferir, se não tiver nada a gente liga na hamburgueria e pede dois hambúrgueres vegetarianos pro jantar.

Jão: — Pode ser. — Ele encolhe os ombros.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora