56. Tranquilidade

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P.o.v. João

Pedro: — Ok... dessa vez a gente errou a quantidade de sal, mesmo. — Ele dá um riso.

Jão: — Eu falei, que se a gente dobrasse a receita ia ter que dobrar a quantidade de sal, não falei? Mas alguém não quis me escutar...

Era um dia comum no fim de uma semana bem corrida entre faculdade e as coisas da turnê que começa semana que vem, mas agora finalmente tivemos um fim de semana só nosso, mas como saímos a semana toda para ver coisas, resolvemos só ficar em casa mesmo, aproveitamos pra cozinhar juntos, algo que o Pedro amava e fazia tempo que não fazíamos, porem, dessa vez tinha ficado um pouco sem sal.

 Pedro: — Tudo bem, você venceu, eu devia ter te escutado, mas é que aquele tempero pronto é forte, achei que ia ser suficiente. — Ele se justifica, rindo. — Acho que se por uma pitadinha de sal dá pra salvar, o que acha?

Jão: — Também acho, o resto tá bom, é só o sal mesmo.

Pedro: — Vou pegar um pouco de sal então. 

Jão: — Isso, e dá próxima vez obedeça seu namorado. — Brinco rindo.

Pedro: — Pelo menos comida sem sal dá para salvar, se tivesse ficado salgado demais, já era. — Ele ri, trazendo o saleiro pra mesa. — E mais... — Ele para e dá um riso nasal.

Jão: — E mais o quê? 

Pedro: — Eu ia dizer que você não manda em mim, mas... — Ele ri.

Jão: — Mas aí você lembrou que eu mando sim? — Ri junto. — Pelo menos na cama eu mando.

Pedro: — Idiota, — Ele ri alto. — Só vou deixar porque é verdade.

Nós dois rimos e terminamos de almoçar, naquele clima gostoso.

Jão: — Quer assistir alguma coisa agora? — Pergunto, sentando no sofá.

Pedro: — Na verdade, eu queria te beijar

Jão: — Você pode me beijar. — Sorri.

Pedro: — Mas eu queria SÓ te beijar, compensar que a gente não teve muitos momentos a sós. — Ele puxa meu rosto e me beija. — Melhor do que assistir qualquer coisa, o que me diz? — Ele dá aquele sorriso lindo.

Jão: — Pedindo dessa forma, não tenho nem vontade de negar. — Dou um riso contra os lábios dele e o beijo de novo.

Ficamos a tarde toda ali naquele sofá, aos beijos, como um casal de adolescentes que considera essa a melhor coisa do mundo, não somos mais adolescentes, mas talvez eu também considere.

Pedro: — Já anoiteceu?

Jão: — Aparentemente, sim. — Dou risada. — A gente parece dois adolescentes, namorando o dia inteiro. — Brinco rindo.

Pedro: — Bem que eu queria poder ter tido isso na minha adolescência. — O semblante dele murcha um pouco.

Jão: — Que bom que a gente pode ter agora. — Sorrio e beijo ele outra vez. 

Pedro: — É... sabe, esses dias me bateu uma saudade de Belo Horizonte. — Ele sorri fraco. — Lembra de quando a gente virava a noite na Praça Sete?

Jão: — E como eu lembro, — Dou um riso nostálgico. — Acho que já tem um lugar que eu queira te beijar lá, quando a gente for semana que vem.

Pedro: — To ansioso para ver você tocar na minha cidade, admito.

Jão: — Eu também estou, e to com saudade da comida de lá.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora