79. De Volta em casa

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P.o.v. João

Voltamos pra casa naquela semana, foi definitivamente uma boa viagem.

A melhor parte de voltar para casa era poder rever Chicória e Vicente, estava com muita saudade dos meus filhos.

Além disso, eu e o Pedro estávamos resolvidos, e melhor ainda, de férias, então poderíamos fazer o que quisermos juntos.

Naquela tarde estava chovendo, então a gente estava vendo um filme, Pedro estava deitado no meu colo com a Chicória deitada em seu peito, eu tinha uma mão afagando o cabelo do meu namorado e a outra fazendo carinho na barriguinha do Vicente que estava deitado no braço do sofá.

Se felicidade tiver uma definição, é essa.

Depois do filme a gente pediu comida.

Pedro: — Realmente umas férias estão caindo bem, que saudade que eu tava.

Jão: — Eu também, meu amor.

Pedro: — Sabe, semana que vem faz um ano que a gente de beijou pela primeira vez.

Jão: — Você marcou a data? Que fofo.

Pedro: — Sim, foi um dia especial demais pra eu esquecer.

Jão: — E isso significa que mês que vem a gente faz um ano de namoro, tipo oficialmente...

Pedro: — Exatamente. — Ele sorri.

Jão: — Nossa, como passou rápido.

Pedro: — Sim, foi um ano e tanto.

Ele anda até a janela.

Pedro: — Que pena que a chuva não ta dando trégua, senão a gente podia sair um pouco.

Jão: — Ah, mas é bom ficar em casa só a gente e os gatos.

Pedro: — Bom, realmente, quer fazer alguma coisa?

Jão: — Eu escrevi uma música sobre Barcelona, posso te mostrar?

Pedro: — Claro! Quero muito ver.

Jão: — Não tá cem por cento finalizada ainda, mas eu já gostei.

Peguei o notebook pra mostra a música pra ele.

Jão: — Aqui. 

Ele começou a ler, com um pequeno sorriso brotando nos seus lábios.

Pedro:  "Me lambeu como um sorvete... "? — Ele cita com um riso e me olha. — Nem um pouco sugestivo, né?

Jão: — Você mais do que ninguém sabe que é verdade — Dou um riso. — Ou já esqueceu daquele banho depois da praia? — sussurro no ouvido dele.

Pedro: — Nem que me fizessem uma lavagem cerebral, eu seria capaz de esquecer. — Ele sorri. — Nem esse banho, nem os outros, nem tudo mais que a gente fez naquele quarto...

Jão: — Nem fala, eu poderia escrever bastante músicas sobre.

Pedro: — Essa partezinha aqui. — Aponta para a tela. — Vai ser em espanhol?

Jão: El San Diego nos abriga. — Cito. — Gostou do mimo? Já que você gosta tanto de me ver cantando em espanhol.

Pedro: — Eu adorei. Você poderia sussurrar bem assim na música, ao invés de só cantar, ficaria bem sexy.

Jão: — Gostei, mas isso é algo a pensar na produção.

Pedro: — Será que o próximo álbum que vem aí é um álbum com essa vibe "Lúdica e sexual"? — Fez aspas no ar. 

Jão: — É cedo pra dizer.

A verdade é que eu já tinha sim uma ideia do novo álbum, mas não queria falar disso ainda.

Pedro: — De toda forma, quer terminar essa música?

Jão: — Quero!

Ficamos um tempo escrevendo juntos, terminamos a música, depois chegamos a começar outra.

Pedro: — Você tá com fixação com o número sete, né? — Ele dá um riso. — Sete bocas, sete segredos, quarto sete.

Jão: — Acho que as noites na Praça Sete me marcaram mais do que eu me lembrava. — Rio junto. — Principalmente da última vez que a gente foi.

Pedro: — É, foi bom, seu show em Bh foi incrível, como todos os outros.

Jão: — Foi, sim, eu... — Reparei que a Chicória tinha deitado no colo dele. — Espera só um pouco. — Disse e peguei meu celular.

Pedro: — O quê?

Jão: — Calma, não se mexam, e sorria. — Ele deu um riso de descontentamento, mas sorriu pra foto. — Olha os amores da minha vida... — Mostrei a foto pra ele.

Pedro: — Vicente vai ficar com ciúmes. — Ele ri.

Jão: — Quando ele acordar eu tiro uma foto dele também. — Eu ri, apontando pra ele, que estava dormindo em cima do meu teclado.

Pedro: — Quando ele acordar você podia tocar alguma coisa, eu bem que ia gostar de você tocando teclado só pra mim.

Jão: — Hoje não, mas eu posso pensar em alguma coisa para o nosso aniversário de namoro...

Pedro: — Com um mês de antecedência? Achei que o prevenido era eu.

Jão: — Aprendi com você. — Me aproximei mais e beijei ele.

Pedro: — Vida... — Chama entre o beijo.

Jão: — Eu...

Pedro: — Obrigado por tudo. — Ele segura meu queixo com uma das mãos, a outra ainda estava fazendo carinho na Chicória, e sorri, antes de me dar mais um selinho.

Jão: — Eu que te agradeço, meu amor.

Aquela tarde foi toda assim, entre risos beijos e carinhos, era bom ter tudo aquilo de volta.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora