P.o.v. João
Depois de alguns dias de gravações, e também de umas voltas pela cidade, chegou o dia de voltarmos para o Brasil. Gostei de estar na Argentina e tinha certeza que o clipe ficaria bem legal, apesar das desavenças tinha sido uma viagem incrível.
Uma parte de mim ainda estava preocupada com minha relação com o Pedro, mesmo que ele nem parecesse lembrar daquilo tudo, não de um jeito rancoroso. Eu me sentia um idiota por estar tão fragilizado depois de um desentendimento tão bobo.
Pedro: — De volta a São Paulo... — Ele diz, olhando a cidade pela janela.
Jão: — Eu consegui até sentir saudades.
Pedro: — Essa cidade é uma droga, mas a gente ama.
Jão: — Não, Pedro, São paulo não é a droga, a droga somos nós, e essa cidade usa a gente.
Pedro: — Faz sentido, me lembra uma coisa que você escreveu uns anos atrás.
Jão: — Nossa, é verdade, como você ainda se lembra disso?
Pedro: — Eu lembro de muitas coisas que a gente escreveu juntos, não importa quanto tempo se passe.
Jão: — Gosto disso em você. — Sorrio, e ele sorri de volta.
[...]
Chegamos em casa, já tendo buscado nossos gatos, era bom matar a saudade, tanto deles quanto da nossa casa, o mundo que era só meu e do Pedro.
Eu fui tomar banho enquanto Pedro pedia qualquer coisa para a gente comer, mas quando eu saio do banho, e ele entra, a comida ainda não chegou.
Pedro sai do banho, usando uma camisa que, na verdade, é minha.
Jão: — Ei, minha blusa do Taz! — Brigo de brincadeira, ele ri. — Você pegou ela de novo!
Pedro: — Essa blusa branca que você está usando agora é minha. — Ele devolve, rindo.
Jão: — Mas minha blusa já tá desbotada de tanto que você usa.
Pedro: — Quer que eu lembre de todos os meus moletons que você pegou emprestado e nunca devolveu?
Ele tem um ponto e, na verdade, praticamente todos os moletons que eu uso são dele.
Jão: — Somos um casal, o que é seu é meu. — Resolvo por fim.
Pedro: — Isso só depois que você me pedir em casamento. — Ele ri.
Jão: — Você não me teste. — Rio junto.
Ouvimos o interfone.
Pedro: — Deve ser nossa comida. — Ele se levanta e vai em direção à porta. — Vou buscar.
Jão: — O que você pediu? — Pergunto, mas ele já tinha descido.
Em pouco tempo ele volta.
Pedro: — Advinha o que eu pedi? — Diz com um sorriso logo que entra na cozinha, eu já estava sentado na mesa, mexendo no celular.
Jão: — Não sei, pizza? — Chuto ainda com os olhos na tela.
Pedro: — Amor. — Ele dá um riso da minha falta de atenção.
Quando desvio os olhos do celular, solto um sorriso bobo, é obvio.
Jão: — Nhoque? — Meu sorriso se expande.
Pedro: — Tem coisa melhor pra comer depois de um longo dia de viagem?
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E Se A Gente...? - Pejão
FanfictionJoão e Pedro são melhores amigos a tempo, mas tem sentimentos um pelo outro e todos a sua volta percebem que eles se gostam mais do que amigos. Todos, exceto eles mesmos. Enquanto Pedro falha em esconder o que sente, Jão se recusa a acreditar que...