64. À sua mercê...

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P.o.v. João

Levei Pedro até o restaurante que eu tinha ido com Malu e Renan na segunda, não era um lugar tão chique quanto o que ele me levou há um tempo atrás, mas era agradável.

O melhor de tudo é que não estava muito cheio, então nossos pedidos chegariam rápido, a gente se sentou mais no fundo, próximo de uma porta enorme que levava até uma área verde com um laguinho bem bonito.

Pedro: — Que lugar bonito. — Ele diz olhando em volta.

Jão: — Eu sabia que você ia gostar, desde que vim aqui com eles.

Pedro: — Amo como você me conhece bem.

Jão: — Pra você vê. — Aproximo meu rosto e roubo um selinho dele. 

Pedro: — Ei! — Ele ri.

Jão: — Que foi? — Fingo.

Pedro: — Cínico! — Ele ri mais. — Tá animado para o seu show amanhã?

Jão: — Tanto que nem consigo descrever, mas to com medo também.

Pedro: — Jão, já tem mais de um mês que você tá em turnê, não precisa ter medo.

Jão: — Eu sei, mas, sei lá.

Pedro: — Você vai arrasar, como sempre. — Ele sorri, e segura minha mão, sobre a mesa.

Jão: — Senti muita sua falta essa semana...

Pedro: — Eu também, eu dormi agarrado no seu travesseiro todas as noites, já que ele tinha seu cheiro, fazia quase eu esquecer que você não estava dormindo comigo.

Jão: — Eu nem isso tive.

Pedro: — No futuro a rotina vai ser ainda mais corrida, não vai?

Jão: — Vai, sim, mas, eu vou ter você do meu lado, né?

Pedro: — Pode ter certeza. 

Ele abriu um sorriso tão lindo que eu até ignorei o pensamento que surgiu com sua fala, dizendo que o estágio dele ainda era mais importante que eu ou minha carreira.

Nosso jantar seguiu tranquilo, entre conversas, flertes, risos e um ou outro selinho roubado, a comida era ótima e a bebida também, mas eu e o Pedro não bebemos muito... Pelo menos era isso que eu pensava até ver o Pedro tropeçando nos próprios pés pela terceira vez.

Pedro: — Acho que exageramos um pouquinho... — Ele diz rindo. 

Jão: — Você acha? — Rio também.

Aqueles drinks eram mais fortes do que a gente pensava.

Nós conseguimos chegar no hotel inteiros, apesar de estarmos bem bêbedos, nós conseguimos nos virar e cuidar um do outro.

Pedro: — Finalmente chegamos! — Ele se joga na cama.

Jão: — Sim... — Deito do lado dele.

Pedro: — Mas foi incrível... — Ele me beija.

Jão: — Foi... — Afasto um pouco nossos lábios — Sei que eu tinha dito que a gente ia... enfim, mas...

Pedro: — Acho que a gente tá bêbado demais pra isso... — Ele completa.

Jão: — Também acho, ainda temos mais dois dias no Rio, vamos ter tempo.

E Se A Gente...? - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora