E Se A Gente...? - Pejão

72. Não vamos fazer isso

Antes de Tudo:

Mais um capítulo hoje pra animar a semana de vcs, mas não fiquem mal-acostumados, ok?

P.o.v. João

Já fazia três dias que estávamos em Barcelona, e eu mais uma vez sentia que eu e o Pedro estávamos meio afastados, não tínhamos brigado nenhuma vez sequer, mas eu sentia que tínhamos algo a resolver, principalmente porque nesses dias aqui na Espanha a gente foi para vários lugares, pontos turísticos, restaurantes, praias e tudo mais, e o Pedro que era quem mais queria vir pra cá, ficou no hotel quase todas às vezes.

Eu sempre me oferecia para ficar com ele, mas ele dizia que preferia ficar sozinho, eu sabia que em parte era porque ele sentia que estaria estragando meu passeio me fazendo ficar no hotel por ele, o Pedro tem dessas, então eu ia junto com todo mundo.

A gente precisava conversar, eu sabia disso, mas era complicado com o Pedro me evitando.

Naquela manhã, porem, apesar de termos mais coisas programadas, eu decidi ficar na cama com ele até tarde, apesar de amar o café da manha do hotel.

Outro motivo era poder ficar abracado com o Pedro na cama, porque eu sentia que ultimamente esse era o nosso momento de maior conexão.

Pedro: — Amor? — Ouço ele me chamar, já estava acordado a um tempinho, mas mantive os olhos fechados pra aproveitar.

Jão: — Bom dia, vida! — Abro os olhos.

Pedro: — Bom dia! — Ele me dá um selinho rápido. — Aonde vocês vão hoje?

Jão: — Não decidimos ainda, eu queria ver com você antes, — Digo, fazendo carinho no rosto dele. — Quer ir a algum lugar?

Pedro: — Não sei... tô meio desanimado.

Jão: — Não tem problema. A gente pode sair só a noite, ou ir até o restaurante do hotel, pra mim tanto faz.

Pedro: — Mas você pode sair se quiser, não quero te atrapalhar...

Jão: — Você nunca me atrapalha. — Sorri. — E o que eu quero é ficar com o meu namorado, se vai ser no quarto o dia inteiro ou em qualquer outro lugar da Espanha, não importa, eu só quero ficar com você.

Ele abriu aquele sorriso lindo, e puxou meu rosto pra um beijo.

Jão: — Então, o que você quer fazer hoje?

Pedro: — Acho que eu tenho uma ideia de algo que eu queria fazer... — Ele se ajeita em cima de mim e me beija, começando a deslizar a mão pra debaixo da minha camisa, eu sei o que ele quer. — Faz tanto tempo que a gente... — Ele sussurra contra os meus lábios e me beija de novo, aprofundando cada vez mais o beijo.

Absolutamente todo o meu corpo protesta quando separo o beijo, eu desejo tanto o Pedro que ele consegue me deixar excitado com pouca coisa, e sei que se ele deslizar aquela mão pelo meu corpo eu vou arrancar tudo que ele veste e tomar seu corpo pra mim, do jeitinho que ele quer. Mas não posso fazer isso, não agora.

Jão: — Pedro... — Separo o beijo de vez e subo meu corpo, me sentando na cama, com ele no meu colo.

Pedro: — Vai... amor, queria tanto você...

Jão: — Eu também te quero, quero muito. — Suspiro, seu semblante fica serio com o meu tom. — Mas, meu amor, nós nunca resolvemos nossos problemas com sexo, não podemos começar a fazer isso agora. — Vejo os olhos dele e quase mudo de ideia, mas sei que esse é o certo. — Vamos nos resolver e depois a gente transa o tanto que quiser.