Felipe Almeida
RK: quem era aquela que tava agarrada com tu Metralha? Tá de mulher agora?- pergunta e ele nega com a cabeça
Metralha: sai daí, minha irmã carai- fala sentando do meu lado
RK: arranja ela para gente então- fala e o Metralha já fecha a cara
Eu: ela tava brigando com um cara aí hoje, parece que era pai da filha dela, sei lá, só sei que ela quase pulou no pescoço do cara- falo com o Metralha e o outro aqui até se engasgou
RK: filha? Ela tem filha? Tô fora dessa, já tirei o meu time de campo- fala e o Metralha desce um tapão na cabeça do outro
Metralha: o Guilherme, mó vacilão, quando a Camila engravidou, ele mandou ela falar que a criança não tinha pai, que ele tava morto, que não era para ela contar com ele para nada, aí agora, toda namorada nova que ele arranja, ele quer pegar a menina para dar impressão de bom pai, mas nem pensão paga- fala bravão e eu só escuto tudo, enquanto dou um gole doeu copo- pai da Gabizinha é a Camila, que tá se fodendo aí para criar a menina sozinha, sem ajuda de paiz sem ajuda de ninguém, se fode todo dia de trabalhar, cria sem ajuda de ninguém, sem deixar a menina com ninguém para ir para rolê, faz mais de um ano que ela não sai assim, só vai onde a filha dela pode entrar, e tu viu lá no meu aniversário, menina é comportada, bem criada, não responde a mãe, obedece certinho- fala e eu confirmo com a cabeça
Magrim: ta falando de quem? Da Camilinha?- pergunta sentando com a gente
Metralha: da mesma- fala e o Magrim já abre mó sorrisinho
Logo os dois começam a conversar sobre outra coisa, e eu aqui só prestando atenção, eu sou assim, sou muito de falar não, gosto mais de ficar na minha, só ouvindo e prestando atenção em tudo a minha volta, ficar bem ligado em tudo, guardo tudo na cabeça.
Sei nem que horas é mais, o baile ainda tá rolando e agora que tá no auge, então deve ser uma hora ou meia noite, a guria lá vazou quase agora, depois de uma confusão que teve lá em baixo, ela saiu vazada com as amigas dela, mas antes disso ela estava bem soltinha, já chegou no camarote se remexendo, cantando, foi para a grade e não parou de dançar com as amigas dela, só fiquei observando.
Magrim: mó saudade hein, depois que teve filha nunca mais me respondeu- fala fazendo careta
Metralha: ela não quer saber de ninguém depois que teve a Gabi, noventa porcento dos caras que ela conheceu só queria transar com ela por fetiche, e ela não tem tempo também, vive trabalhando e cuidando da Gabizinha- fala e o outro confirma com a cabeça
Magrim: pô cara, até queria uma mulher, uma fiel, com a Gabizinha no pacote então, melhor ainda, economizava o trabalho de meter uma criança nela- fala e eu dou risada
Eu: tu cuida nem de tu mesmo- falo e ele da de ombros
Magrim: falou o tio do ano, depois que descobriu que a Sabrina tava grávida, virou o homem exemplo da família- fala e eu mostro o dedo para ele
Eu: se apegue a uma criança antes de vir falar alguma coisa tá?!- falo e levanto pegando o meu celular no balcão- vou dar uma volta, logo menos eu tô de volta- falo e saio andando.
Saio da quadra já sendo escoltado pelos meus seguranças, dou uma volta pelo morro, hoje eu tô sem clima para nada, tudo está me estressando hoje, paciência zero!
Passo na frente do bar da dona Solange, e já vejo a doida lá com as amigas em uma mesa, bebendo e comendo algumas coisas que tem na mesa, a mina até que é bonita, tem um baita de um corpão, cavalona de alta qualidade, mas não é para o meu bico, irmã de parceiro meu, para mim é homem.
Entro no bar indo direto para o balcão, rapidin a dona Solange vem me atender, peço um maço de mentolado e mais um copão, me jogo em uma mesa mais afastada e fico na minha, na encolha, só observando tudo a minha volta, no caso, a única mesa ocupada no bar, a da amiguinha do Metralha.
Eu nunca tinha reparado nela antes, bagulho de nunca ver mesmo, as vezes vi e nem dei muita importância, só sei o básico, mora sozinha com a filha, tem uma filha de dois anos pelo o que parece, cria a filha sozinha, é sozinha e pelo o que eu ouço de dizer, é uma mãezona. No dia em que a menina sumiu eu até achei que ela tinha largada a filha, mas pelo papo do Metralha, foi a menina que fugiu e deixou a mãe desesperada.
[...]
Metralha: te achamos caralho- fala entrando no bar com o Magrim e com o RK atrás dele, mais os seguranças
Eu: tava perdido para precisar ser achado?- pergunto e eles dão risada sentando comigo
Magrim: baile tava o puro tédio- fala fazendo careta
RK: carai, mulher mó gostosa e tem filho- fala fazendo careta enquanto encara a menina lá
Metralha: ah cala boca moleque, tu gosta de mulher não, na moral- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: que isso cara, de mulher ele gosta, mulher do tipo Kinder Ovo, que vem com brinquedinho- falo e os caras estouram de dar risada
RK: ah se foder vai Urso, até parece que tu pegava- fala e eu dou de ombros
Eu: pegava fácil, cavalona do melhor tipo e espécie- falo e recebo uma cotovelada do Metralha, e logo estouro de dar risada
RK: está falando serião mesmo?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: tô carai, com filho ou sem filho, macetava muito, foda-se, era só dentro- falo e o Metralha me deve um tapa na cabeça- oh filho da puta, culpa não é minha se a tua irmã é gostosa não pô, oh, cavalona GG, meu fraco- falo e reco outro tapa, fazendo os moleques da risada
Metralha: cala a boca antes que eu te quebre todo na porrada vai- fala e eu só dou risada da cara dele.
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The Sweet Taste Of Sin
Teen Fiction" Não é sobre ser mãe solo aos 25 anos, não é somente sobre ter uma pessoinha de 2 anos, que precisa de mim para tudo na vida, é sobre me levantar, e aprender com os tombos que levei da vida." Camila Queiroz, uma jovem de 25 anos, moradora do...
