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    Angra é um lugar perfeito, quem diria que o Rio de Janeiro teria praias tão lindas né?! Não só o Rio, mas o Brasil mesmo, o Brasil é um país com paisagens naturais maravilhosas, com paisagens donas de uma beleza inexplicável, isso só Deus mesmo pode explicar viu?! Apenas Deus para explicar uma coisa dessas.

Urso: a casa fica nesse condomínio aqui- fala já parando na pequena fila de carros que se forma na frente do condomínio
Eu: uau, esse lugar é maravilhoso- falo e ele confirma com a cabeça- tu já tinha vindo aqui antes?- pergunto e ele confirma com a cabeça
Urso: eu tenho uma casa nesse condomínio aí também, só que tá rolando uma reforma, aí nem dá para a gente ficar nela- fala e eu confirmo com a gente- agora quem vai gostar daí é a Gabi, ela vai se apaixonar por tudo aí dentro- fala e eu olho para a minha filha que está apagada na cadeirinha ainda
Eu: disso eu não tenho nenhuma dúvida, ainda mais na praia, essa menina parece até que é filha de boto, não pode ver água que já quer entrar- falo e ele da risada
Urso: Luiz Henrique tem é medo de água, só entra no mar se for comigo, confia nem na mãe dele
Eu: e vai confiar logo em você? Tadinho da criança- falo brincando e ele me mostra o dedo do meio.

      A viagem foi até que rápida, duas horas e meia para chegar aqui em Angra, sem trânsito nenhum graças a Deus, e mais umas meia hora para chegarmos no condomínio, demoramos esse tempo porquê ainda paramos na padaria, para comprar o nosso café da manhã, passamos no mercado para fazer algumas compras para a casa, o que a gente tem que fazer quando aluga uma casa.

      A Gabi não acordou em nenhum momento, como eu já disse a muito tempo, essa menina, ela não dorme, ela capota de vez, só acorda quando quer geralmente, e está certinha, tem que dormir bem mesmo, bebê com o sono em dia, deixa a mamãe feliz, e eu não vou reclamar se a minha filha dorme muito, bom que se ela dorme muito, eu posso dormir muito também.

        Viemos em três carros hoje, mas agora estamos apenas em dois, o Magrim foi buscar um tal de Terror com a Amanda, sei nem quem é esse, mas agora sei que os meninos tem um amigo, cujo vulgo é Terror, e sinceramente? Eu não quero nem saber o porquê desse vulgo, viu?! Estou bem até por demais, se o Urso que é o Urso, eu não faço a menor de questão de saber porquê o vulgo do homem é Urso.

Eu: quem é terror?- pergunto quando já entramos no condomínio e ele dirige até a casa, seguindo o carro do Metralha
Urso: um parceiro nosso, é do comando, tá se mudando agora lá para o Alemão- fala e me olha- tu vai gostar dele, precisa ter medo não, apesar do vulgo dele, o homem é o puro palhaço, e outra, eu e o Metralha não traria ninguém que pudesse fazer mal a Gabi ou ao Luiz- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: se você está dizendo, quem sou eu para duvidar- falo e ele confirma com a cabeça com a atenção toda na estrada
Urso: aí, essa aqui que é a minha casa- fala apontando para uma casa roda cheia de baldrames do lado de fora, claramente em reforma.

     Nem domou muito e o carro já estava parando na porta de uma casa, a casa é muito bonita, e muito grande também, rapaz, que casão viu?! Descemos do carro, e enquanto o Urso descarrega o carro, eu vou tirando a minha filha do carro, com todo o cuidado do mundo para não acordar a menina.

       Arrumo a Gabi deitada no meu colo, com o ursinho dela, que ela já agarra numa velocidade que vou te dizer, viu?! Arrumo a mantinha nela, e já pego a bolsa pendurando no ombro, fecho a porta do carro e vou até a porta da casa, que ainda está fechada.

Eu: quem vai abrir isso aqui?- pergunto e o Metralha já vem correndo
Metralha: menina ainda está dormindo? Eita como dorme, parece tu- fala e eu mostro o dedo do meio para ele.

       Entramos em casa e o Metralha já nos dizendo onde eram os quartos, e realmente, a casa é tão grande que tem quartos para todos, dois deles tendo quartos emendados, esses ficaram comigo e coma Sabrina que temos filhos.

       Deixo a Gabi na cama do quarto que ela vai ficar, tiro o sapato dos pés dela, cubro ela com a manta dela mesmo e me abaixo do lado da cama, arrumo o urso de pelúcia com ela, e fico ali por alguns minutos só observando a minha menininha, fico fazendo um carinho nela enquanto a minha bebê dorme.

         Eu sei lá, às vezes a fixa de que a minha bebê está crescendo cai, olha ela aí com dois anos já, quase três, já já cabe nem no meu colo mais, quando ela era realmente um bebê, a manta dela era pequena, hoje em dia é quase um cobertor, mas em viagens assim eu prefiro carregar, eu sei que a minha filha vai dormir metade do caminho inteiro, então eu com certeza vou zelar pelo conforto dela.

         Saímos às quatro e quarenta de casa, estava frio, não vou deixar a minha filha passar frio, mesmo com a roupinha quentinha que ela está, o mesmo que eu, um topzinho, calça de moletom e a diferença para nós duas, é que nela eu calcei um Jordan preto.

Urso: eita como é babona essa mãe da Gabi- fala e eu dou risada
Eu: cresce muito rápido, em fevereiro ela já vai fazer três aninhos- falo olhando para ele
Urso: ela é a tua cópia, impressionante, até dormindo parece com você- fala e eu dou risada
Eu: me observando dormindo senhor Felipe?- pergunta me levantando do chão, e ele da de ombros
Urso: talvez, nas duas vezes que dormimos juntos, pode ter acontecido de eu ter ficado te observando, mas só talvez mesmo- fala e eu dou risada da cara dele.

The Sweet Taste Of Sin Onde histórias criam vida. Descubra agora