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     Saio do banheiro com a toalha enrolada no corpo, vou até o meu quarto e já tiro a toalha a jogando na cama, onde a dona Gabriela se encontra dormindo, acabou quando o povo tava indo embora, se despediu de todo mundo e voltou a dormir no meu colo.

      Passo os meus produtos corporais, visto um conjunto de calcinha e camisola verde musgo, de tule e renda.

        Passo um desodorante, as minhas coisas no cabelo, para ele ficar bem cuidado, bem cheirosinho e bem hidratadinho, a coisa mais perfeita desse mundo

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        Passo um desodorante, as minhas coisas no cabelo, para ele ficar bem cuidado, bem cheirosinho e bem hidratadinho, a coisa mais perfeita desse mundo.

Gabi: mamãe- me chama manhosa e eu olho para ela, enquanto prendo o meu cabelo na touca de cetim
Eu: oi minha vida, mamãe tá aqui- falo e ela abre os olhinhos me olhando, oh meu Deus, essa carinha de choro me quebra no meio- o que foi meu amor? Teve pesadelo- pergunto e ela confirma com a cabeça
Gabi: sonhei que a senhora me abandonava mamãe- fala levantando na cama e vem até mim, praticamente se jogando nos meus braços
Eu: não meu amor, a mamãe nunca nessa vida vai te abandonar, nunca mesmo- falo erguendo ela no colo.

       Ela deita a cabecinha no meu ombro e abraça o meu pescoço, pego a toalha para a devolver para o banheiro, e logo volto para o meu quarto, deito na cama com a Gabizinha no meu colo, a coisa mais linda de mamãe essa menina. Ajeito ela na cama, e ela já me agarra para não soltar mais.

           Cantarolo uma musiquinha para ela dormir, enquanto faço um carinho nos seus cabelos com as pontas dos meus dedos, a coisinha mais linda desse mundo, a coisinha mais perfeita desse universo na verdade, minha neném linda.

[...]

            Acordo com o meu despertador tocando e já pego o mesmo desligando, olho para a Gabizinha vendo ela dormindo, toda agarradinha em mim ainda, deu uma dozinha de acordar ela, a minha menina dormiu tão mal essa noite.

              Fico um tempo com ela na cama ainda, mas depois de um tempinho eu me levantei com cuidado, fui escovar os dentes e já desci rumo a cozinha, como ontem eu deixei tudo arrumado já, hoje eu só fiz o meu cafezinho da manhã, e o da Gabi que já já acorda, lavo a louça e já vou arrumando a casa.

            Faço apenas o básico, recolho os brinquedos da Gabi que estão pela casa, passo uma vassoura e um pano no chão, lavo o banheiro e deixo um cheirinho na casa toda, dou uma geral no quarto da Gabi, arrumo os brinquedos dela na caixa e já desço para fazer o almoço, mas antes passo no meu quarto para ver a Gabi e pegar o meu celular, a minha menia está dormindo feito um anjinho, oh meu Deus, mamãe se derrete todinha assim.

           Pego o celular e desço para a sala, vou na cozinha tirar duas marmitas do congelador as deixando na pia, e vou até a sala me jogando no sofá, vou responder as minhas mensagens antes do povo achar que eu estou morta.

[...]

Eu: Gabi, nada de correr filha, a gente já falou sobre isso filha- falo e ela rapidinho para de correr
Gabi: tá bom mamãe- fala e já vem na minha direção me dando a mão.

         Troco a minha filha de lado, a colocando do lado da calçada, se vier um doido aí de carro ou de moto, passa por cima de mim e deixa a minha filha livre. Eu e a Gabi estamos descendo para o parquinho, a dona Gabriela me encheu o saco para vir no parquinho, e como eu já deixei a menina em casa hoje, nada melhor do que descer para o parquinho com ela, colocar a minha gatinha para gastar as energias dela brincando.

Sabrina: eai meu amor- fala saindo da casa dela com o Luiz
Eu: oi linda, foi trabalhar hoje não?- pergunto e ela nega com a cabeça
Sabrina: estou desempregada, vivo de bicos e mais bicos por aí- fala meio tristonha
Eu: depois das festas de fim de ano, você me entrega o seu currículo, estou precisando de vendedoras lá na loja- falo e ela confirma com a cabeça.
Sabrina: vai ser uma ajuda e tanto- fala já dando uma animada.

      Descemos juntas para o parquinho com os nossos babys, quando chegamos eu apenas sento em um banco e deixo a minha filha livre para brincar, fico só de olho mesmo, só levanto se ela quiser ir no balanço, porquê aí eu que tenho que empurrar a princesa, de resto, ela até prefere que eu fiquei sentada e deixe ela brincando com os amiguinhos dela.

         A Sabrina senta do meu lado e já começamos a por o papo em dia, falamos sobre tudo, tudo mesmo, filhos, maternidade solo, como é complicado criar nossos filhos sozinhas nesse mundo de hoje, trocamos alguns concelhos até, sobre maternidades, alguns remédios caseiros para gripe, viroses, gargantas inflamadas, tudo mesmo.

Eu: ele dorme bem durante a noite?- pergunto e ela confirma com a cabeça
Sabrina: feito pedra, podem mil cair na esquerda dele, dez mil a direita, trinta mil em cima desse menino, e ele não acorda de jeito nenhum, agora abre alguma comida perto dele para tu ver, acorda rapidinho- fala e eu dou risada- e a Gabi? Dorme bem a noite?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: agora não durma, puxou a mãe, não é que ela dorme, ela capota, só que essa noite ela dormiu bem malzinha, por isso eu acabei nem mandando para a escolinha, passou a noite inteirinha tendo pesadelos- falo observando a minha neném
Sabrina: mas eai mulher? Tu vai para a Angra com a gente e com ela?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: claro que vou, eu não perco isso por nada nesse mundo- falo já toda empolgada com a viagem
Sabrina: ela gosta de praia? Porquê o Luiz morre de medo do mar, só entra se for com o tio dele, nem comigo ele entra- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: a Gabriela parece até que é filha de boto, não sai da água por nada nesse mundo- falo e ela da risada
Sabrina: meu sonho o Luiz ser assim- fala fazendo careta.

     

The Sweet Taste Of Sin Onde histórias criam vida. Descubra agora