" Não é sobre ser mãe solo aos 25 anos, não é somente sobre ter uma pessoinha de 2 anos, que precisa de mim para tudo na vida, é sobre me levantar, e aprender com os tombos que levei da vida."
Camila Queiroz, uma jovem de 25 anos, moradora do...
Uma semana desde que a dona Gabriela saiu gritando para todo mundo que eu e o Metralha estávamos nos beijando, palhaçada viu?! Eu não criei a minha filha fofoqueira desse jeito não, credo, menina bocuda.
Mas enfim, o natal mesmo sendo um auê no final, foi incrível, esse povo apocalíptico até que são uma boa companhia haha. Eu e o Urso acabamos brigando nesse meio tempo, porquê assim que o shopping aqui abriu eu fui comprar algo para ele, comprei logo um relógio que custou meus dois rins, meu fígado e o meu útero de tão caro, e o homem ficou bravo, quase não aceitou o presente, mas ele que lute viu?!
Inclusive, nós dois estamos sem nós falar até agora, e eu que não vou correr atrás dele, se quiser conversar comigo bom, se não quiser também está ótimo, eu já não ia aceitar o presente dele, só porquê quis retribuir o gesto o homem achou ruim, mas enfim né?! Cada um, com o seu cada um!
Passo os meus produtos corporais, visto um vestido branco longo, com uma fenda na perna e todo aberto nas costelas, nos pés uma rasteirinha branco, de acessórios só os meus brincos de sempre, o cordão e a tornozeleira que ganhei no natal e no rosto a mesma maquiagem do natal.
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Passo perfume, desodorante, solto o cabelo dos bobs e tcharam, a mamãe está pronta para começar mais um ano.
Arrumo a bagunça que eu fiz no meu quarto e desço já vendo quase todos prontos, faltam só o Magrim, o Metralha e a Dani pelo o que eu estou vendo, me aproximo deles na sala e o Terror já levanta para mim sentar, do ladinho do Urso, que coisa bela viu?!
Falando em Terror, esse cara é como o Urso disse, é a comédia pura, piora quando junta ele e os meninos, eles estão bem soltinhos aqui, é como o Metralha e o Magrim me disseram, aqui eles estão com os de verdades, só com a família, então aqui eles podem ser quem eles são de verdade, sem ter que ficar se fazendo de durão.
Eu acho engraçado que esses meninos aqui, se apegam rápido as pessoas, RK mesmo já disse que me considera como uma irmã, o Terror já disse que me considera pacas junto com a Gabizinha, que o que a gente precisar é só contar com ele. Mas o Terror tava falando um dia desses, eles se apegam rápido aos que eles estão vendo que tá na verdade, que tá na pureza, sem interesse com eles, porquê esse vida deles é louca demais e eles não sabem até quando vão estar aqui, um bagulho assim eu acho.
Urso: resolveu usar o presente que eu dei- fala assim que eu sento do lado dele Eu: e você também- falo olhando para o pulso dele Urso: eu gostei do relógio pô, só fiquei bravo que tu gastou dinheiro comigo- fala e eu olho para ele com uma sobrancelha erguida Eu: e você pode gastar uma fortuna comigo e com a Gabi? Porquê eu sei que aquela boneca também custa os olhos da cara- falo e ele da de ombros Urso: é- fala e eu nego com a cabeça Eu: a gente nem tem nada Urso, só aceitei o seu presente porquê você não aceitou de volta- falo e ele me olha sério Urso: idai que a gente não tem nada? A gente tem uma amizade, melhor que muito relacionamento por ai- falo e ele da de ombros Gabi: mamãe, a senhora tá parecendo uma princesa- fala vindo na minha direção e eu dou risada a pegando no colo, e a coloco sentada no meu colo.
A minha filha está linda, está usando um conjuntinho de top e short branco, com uma rasteirinha também branca. Eu queria colocar um tênis na minha filha, e calçar um salto, um salto iria ficar lindo com esse salto alto, mas como vamos para a praia, nem rola usar outra coisa nos pés que não seja rasteirinha, até porquê vamos ficar descalços na areia.
De começo eu não fui a favor de irmos para a praia, vai estar lotado, a Gabi vai ficar elétrica, tenho medo de piscar os olhos e essa menina sumir, mas todo mundo jurou que vão ajudar a mim, e a Sabrina a cuidar das crianças, uma grande rede de apoio, então resolvi confiar e rogar a Deus para que nenhuma criança se perca.
[...]
Pego a Gabi no colo assim que começa a contagem, assim como eu faço em todos os anos, sinto uma mão na minha cintura e viro vendo o Urso do meu lado, com o braço cruzado na minha cintura, olhando para o céu atento e com um sorrisinho de lado.
Volto a minha atenção para o céu, logo vira o relógio para meia noite, os fogos estouram no céu e eu agarro a minha filha a enchendo de beijinhos, mais um ano que tem tudo para ser perfeito, e eu tenho certeza que vai ser o melhor deles, simplesmente por eu ter a minha menina comigo.
Eu: feliz ano novo meu amor, feliz ano novo neném de mamãe- falo enchendo a minha menina de beijos Gabi: feliz ano novo mamãe- fala me dando um beijo molhado na bochecha, e logo o Metralha toma a minha filha dos meus braços.
A minha cintura é puxada e a minha é tomada por um beijo que eu conheço bem, e eu não sei se isso é possível, mas esse é com certeza o melhor beijo que o Urso já me deu, o mais calmo, o primeiro sem nenhuma mão boba e por mais incrível que pareça, o primeiro sem malícia nenhuma.
Separamos o beijo com selinhos pela falta de ar, ele me puxa de volta para ele pela cintura, e logo os selinhos se tornaram em outro beijo, e que por incrível que pareça, esse foi ainda melhor do que o beijo que ele acabou de me dar, meu Deus do céu, me segura que eu fico toda derretidinha.
Urso: feliz ano novo- fala e me dando mais alguns selinhos, e novamente volto a me beijar.
