Capítulo 30

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Gustavo Sousa
A nossa véspera de natal foi a mais perfeita da minha vida. Parece meio gay, mas hoje não me importo mais de demonstrar meus sentimentos. Meus filhos, minha princesinha, e a Mel, tornaram-me um novo homem, sentimental demais até, porém muito mais feliz e realizado.

-Mas vale a pena Thales, cada probleminha vale a pena, só pelo fato de tê-las em nossas vidas - digo ao meu amigo.

Ainda faltavam alguns minutos para o Natal, nas a nossa ceia já havia sido servida. Os meninos corriam pela casa ligados no 220 volts, nem pareciam que tinham acordado cedo. As mulheres estavam na cozinha fofocando, e eu, Thales, e meu irmão Benício, estávamos na varanda conversando.

-Tenho que concordar Guto. Beatrice virou meu mundo de ponta cabeça, mas sou tão grato por ela ter entrado em minha vida! - fala Thales fodidamente apaixonado.
-Ai cara, como vocês são melosos! - reclama Bê.
-E a Laís? - refiro-me a sua namorada.
-Gosto dela pra caramba, mas não sou tão gay assim - diz rindo.
-Vixe, esse tipo de homem é o pior - fala Thales rindo.
-É verdade. Quando mais durão, mais apaixonado e cachorrinho vai virar quando encontrar a pessoa certa - confirmo rindo.
-Saí fora! - repreende meu irmão, fazendo o sinal da cruz.

O assunto vagueou para futebol, depois cara carros, e quando estávamos entrando no assunto sobre a nova filial da Lusitano, Henry vem me chamar.

-Pai, a mãe pediu para você levar o Enzo lá pra cima. Ele dormiu no sofá - explica ele na soleira da porta.
-Já volto - digo a Bê e Thales.

Encontro meu garoto na poltrona da sala, todo torto, dormindo em um sono gostoso. Nossa! Ele demorou para apagar hein?! Não parou um minuto hoje. Pego-o com cuidado, e ele desperta brevemente, quando vê que sou eu, abraça meu pescoço e volta a dormir.
Subo as escadas e entro em nosso quarto. Coloco Enzo na cama, e por garantia cerco-o com travesseiros, com medo de que ele caia. Meu garotão mais novo, cada dia que passa ele cresce mais. Só de pensar que logo teremos mais uma pequena menininha para alegrar nossas vidas, sinto-me eufórico.
Sinto pequenas mãos abraçando minha cintura, e o cheiro reconfortante da minha esposa invade minhas narinas.

-Oi pequena - digo virando-me de frente para ela.

Deposito um beijo casto em sua testa, e aperto-a em meus braços. Às vezes é difícil acreditar que eu tirei uma sorte tão grande em ter Mel para mim. É mais que um sonho realizado.

-Sua mãe está chamando para abrirmos os presentes. Henry está louco de ansiedade - diz chamando-me para descer.

Entrelaço meus dedos aos seus, e descemos as escadas juntos, encontrando todos na sala.

-Até que enfim! Henry estava quase tendo um troço - diz minha irmã Ju, gargalhando em seguida.

Primeiro desejamos Feliz Natal uns aos outros, e depois cada um pegou seus presentes embaixo da árvore de natal. Eu comprei o presente de Enzo, e Mel o de Henry. Ele rasgou o papel ansioso, e seus olhos brilharam de felicidade quando viram a caixa.

-Obrigado mãe! Obrigado Pai! - diz ele abraçando nós dois ao mesmo tempo.

Compramos dois jogos de tabuleiro que ele tanto queria. Além de incentivar a imaginação, ainda trabalha a perseverança. Muito melhor do que tablet's e celulares.

-Esse é pra você amore mio - diz Mel entregando-me uma sacola.

Olho-a supresa, não esperava nada.

-Pensou que eu iria esquecer de você? - diz com um sorriso de lado - impossível esquecer da minha vida.

Beijo-o a com paixão, alisando suas costas carinhosamente.

Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&GutoOnde histórias criam vida. Descubra agora