Melissa Fortunato
Bea me deixou em casa logo após o nosso café. Entrei na sala e não vi ninguém, coloquei minha bolsa em cima do sofá, e fui procurar Guto. Encontro-o na varanda do nosso quarto no celular, quando me vê, me pede um minuto com o dedo. Eu me deito na cama e espero ele finalizar a ligação.-Pronto - ele diz entrando no quarto.
-Quem era? - pergunto.
-Thales, queria desafabar - diz rindo.Thales é o representante comercial do Haras, a escola de equitação do Guto. Acabou que, com o convívio diário, Guto e Thales viraram amigos, eu diria até BFFs.
Guto se joga ao meu lado na cama, e faz carinho no meu cabelo. Eu me viro, e passo uma de minhas pernas sobre sua cintura.-Ta animada para o almoço com os meninos? - pergunta.
-Uhum... E você?
-Também, gosto demais deles - diz sorrindo.
-Eu nem preciso falar né? Henry e Enzo já moram no meu coração - digo ternamente.
-Logo logo, eles seram oficialmente nossos filhos.Meu coração bate até mais feliz em imaginar o futuro.
-Mal posso esperar! - digo sorridente.
(...)
Chegamos no orfanato 11h35min, e logo que chamamos no portão, dois anjinhos saem correndo em nossa direção.
-Oi tia! - grita Enzo correndo até o portão.
-Oi meu amores - digo feliz por saber que estavam ansiosos pela nossa espera.
-Oi! - diz Henry sorrindo.Carmen logo aparece, e abre o portão cumprimentando-nos.
-Eles estão ansiosos - diz se referendo aos meninos.
Dou um beijinho na buchecha de Enzo, que logo pula no colo de Guto. Depois dou um beijinho em Henry, e fico segurando sua mão gordinha.
-Vamos indo então? - pergunto aos meninos.
-Vamos! - grita os dois empolgados.
-Tchau Carmen, mais tarde devolvemos os anjinhos - digo me despedindo.Guto também se despede, e vamos para o carro. Logo após acomodar os meninos, Guto coloca o carro em movimento.
-O que gostam de comer? - pergunta Guto aos meninos.
-Eu gosto de lasanha - diz Enzo.
-Gosto de tudo! - fala Henry rindo.
-Vamos levar eles no Frangoletto, ou no restaurante do shopping? -
-Nunca fui num shopping - diz Enzo curioso.
-Vamos levá-los no shopping então, a gente aproveita e leva eles naquela loja de doce - digo.Guto fez o caminho do shopping, e como hoje era domingo, e não tinha trânsito, não demoramos muito para chegar. Descemos do carro, e caminhamos de mão dadas pra dentro do shopping. Os meninos pareciam fascinados, e eu estava contente de poder estar com eles. Passamos em frente à uma loja de brinquedos, e foi impossível não perceber a curiosidade dos meninos. Assim como eu, Guto não resistiu, e entramos na loja. Foi incrível! Henry e Enzo pareciam perdidos querendo ver de tudo.
-Olha tia! - diz Enzo me mostrando uma pista de carrinhos.
-Que legal! - digo sorrindo.
-Ò - diz Guto se agachando para ficar na altura deles - vocês podem escolher um brinquedo cada um .
-Sério? - pergunta Henry arregalando os olhos.
-Sério - diz Guto sorrindo.Os meninos empolgaram-se ainda mais, e começaram a procurar algo que gostassem. Depois de meia hora, mais ou menos, saímos da loja, com Enzo levando uma pista de carrinhos, e Henry um mini-game.
-Vamos almoçar agora? - pergunto.
-To com fome - reclama Henry segurando minha cintura.
-Vamos - diz Guto.Nos direcionamos para a praça de alimentação, e nos acomodamos no restaurante.
-O que vão querer? - nos pergunta Guto quando o garçom chega.
-Eu quero lasanha - diz Enzo.
-E você Henry?
-Quero estrogonofe.
-O que vai querer amor? - pergunta Guto a mim.
-Feijão tropeiro - peço sem pensar, antes que me arrependa da quantidade de calorias que esse prato tem.
-Então, me trás uma porção de lasanha, uma de estrogonofe, e duas de feijão tropeiro - pede Guto ao garçom.Ficamos conversando até a comida chegar. Os meninos comeram tudo, o que me faz imaginar que deixei-os passando fome.
-Quer mais alguma coisa? - pergunto à eles.
-Não tia, eu to cheio - diz Enzo colocando as duas mãos sobre a barriga.
-E você Henry?
-Brigada, tô satisfeito - diz me dando um sorriso.Pedimos a conta, e voltamos a caminhar pelos corredores do shopping. Mas já não estávamos com tanto ânimo, já que estávamos cheios, e com preguiça.
-Eu tô com sono - diz Enzo coçando os olhos.
-Não vai querer nem comer um docinho? - pergunta Guto.
-Agora não tio, só tô com sono.
-Pega ele no colo amor - digo ao Guto.Meu marido pega o pequeno Enzo no colo, e ele deita a cabeça em seu ombro. Caminhamos em direção a loja de doces, e Guto ficou sentado do lado de fora, com Enzo que já cochilava em seu colo. Pedi ao Henry que pegasse doces para seu irmão, para quando ele acordasse. Eu também não resisti aos doces, e acabei pegando um KitKat para mim e outro pro Guto.
-Vou levar esses - diz Henry me estendendo uma sacolinha de doces.
-Ok, vou pagar - digo indo em direção ao caixa.Henry corre até a mim e segura minha mão. Pago rapidamente o doce, e saio da loja encontrando Guto
-Vamos amor? - pergunto entregando um KitKat pra ele.
-Obrigado, vamos - diz se levantando com Enzo no colo.(...)
Depois de deixar os meninos no orfanato, e ouvir muitos obrigadas de Henry, que estava feliz por ter saído conosco novamente, fomos para casa. Guto tomou banho e foi deitar.
-Minhas costas estão doendo - diz fazendo uma careta.
-Nossa, mas o Enzo nem é pesado - digo tirando minha sapatilha.
-Claro, você nem pegou ele no colo - diz virando de bruços na cama.
-Vou tomar um banho e já dou um jeito na suas costas - falo indo pro banheiro.Guto resmunga alguma coisa que não consigo ouvir, pois entro no banho. Quando saio, ele está na mesma posição. Me visto com um pijama de verão, e sento na sua bunda, com uma perna de cada lado.
-Amor - diz me repreendendo.
-Calma, vou aliviar sua dor - digo levantando sua camiseta.Tento fazer a melhor massagem que conheço. Passo a mão em pontos estratégicos, dou algumas batidinhas, e faço seus músculos relaxarem. Por último, distribuo beijos pelo seu ombro.
-Melhorou? - pergunto me deitando em cima dele.
-Uhum, você é quase uma massagista profissinal - diz rindo.
-Eu sei - digo rindo - estou até pensando em me dedicar à isso.
-Com tanto que seja nas costas de mulheres, sinta-se a vontade - diz ciumento.
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Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&Guto
RomancePLÁGIO É CRIME ! No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral - artigo 184 - que traz o seguinte teor: Violar direito...