Capítulo 6

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Melissa Fortunato
Guto e Enzo voltam da montanha russa sorrindo.

-Como foi? - pergunto a Enzo.
-Muito legal! - diz sorrindo.

Henry que continuava encostado em meu peito, levanta a cabeça pra nos olhar.

-Eu não gostei - diz fazendo uma careta.
-Você é dos meus - digo fazendo carinho em seu cabelo.
-Mas tem um monte de outros brinquedos legais por aqui, vamos? - fala Guto.
-Vamos! - grita Enzo empolgado.

Henry desce do meu colo, e eu seguro sua mão, enquanto vamos em direção à outro brinquedo. Os meninos foram no carrossel, na cama elástica, e em um enorme escorregador. Eu aproveitei pra tirar várias fotos registrando esse momento em que Henry e Enzo estavam felizes, bem diferente do primeiro dia em que os vi no orfanato.

-Querem comer alguma coisa? - pergunta Guto.
-Eu quero aquele negócio branco - diz Henry apontando para uma menina que comia algodão doce.
-E você Enzo? - pergunto enquanto entramos na fila no algodão doce.
-Quero uma pipoca.

Compramos primeiro o algodão doce do Henry, e depois a pipoca do Enzo. Eles comeram rapidamente, e voltamos para a diversão.

-Agora nossa vez de entrar na brincadeira - diz Guto à mim - Vamos no carrinho de bate-bate.

Fomos para fila, e Enzo e Henry pareciam muito empolgados.

-Você vai com o Henry que eu vou com o Enzo - digo.

Prefiro Enzo aos meus cuidados, ele é muito pequenininho, e tenho medo de que as batidas no carrinho possa machucá-lo.

-Mas eu queria ir com você - diz Henry tristemente.

Quase pulo de alegria em ver que Henry saiu da defensiva, e está nos deixando aproximar dele.

-Então ta bom, eu e Henry, contra você e Enzo - digo apoiando minha mão no ombro de Henry.
-Certo - diz Guto.
-Toma cuidado com o Enzo hein! - alerto Guto.
-Fica tranquila amor, tá comigo tá com Deus - diz sorrindo.

Chegou a nossa vez, e nos acomodamos no carrinho, eu dirigindo e Henry como passageiro, assim como Guto e Enzo. Começamos a brincadeira e foi demais. Altas gargalhadas, e era quase possível apalpar a nossa felicidade.

-Fantástico! - diz Guto quando saímos do brinquedo.
-Esse eu gostei! - diz Henry sorrindo.
-Acho que agora já está na hora de irmos embora - digo consultando o meu relógio. 22h.
-Mas já? - pergunta Enzo chatiado.
-Podemos vir mais vezes se vocês quiserem - diz Guto.
-Amanhã? - questiona Henry ansioso.
-Amanhã não - digo rindo - domingo é dia de dormir cedo, porque segunda vocês tem aula, não é?
-É - fala Henry tristemente - gostei muito de sair com vocês.
-Amanhã não podemos vir aqui, mas quem sabe uma sorveteria? - sugere Guto empolgado.
-Eu gosto de sorvete - fala Enzo animado.
-Então tá combinado, amanhã vamos à sorveteria - digo sorrindo.

Comemos um lanche no parque antes de irmos embora, e Guto comprou dois balões de personagens, um para cada. Durante todo o caminho de volta ao orfanato, os meninos ficaram conversando animadamente o quanto tinham gostado e se divertido no parque. Eu escutava tudo sorrindo, acho que conseguimos ganhar a confiança deles! Chegamos no orfanato, e descemos para entregar os meninos, Carmen rapidamente vem abrir o portão.

-Oi garotos! Como foi o passeio? - pergunta quando nos vê.
-Muito legal tia - diz Henry.
-Que bom que gostaram - diz Guto orgulhoso.

Carmen dos dá uma piscadela, como se disesse: "Vocês estão indo bem".

-Querem entrar? - ela pergunta.
-Não, só viemos deixar os meninos - digo com um sorriso simpático -Tchau meninos.

Me abaixo na altura deles, e dou um beijo na buchecha de cada um. Guto faz igual.

-Adorei o passeio - diz Guto sorrindo.
-Amanhã vocês vêm mesmo? - pergunta Enzo.
-Sim! Nos esperem hein! - digo sorrindo.
-Tchau, e obrigado! - diz Henry.

Agradeço a Carmen, e peço para pegar os meninos amanhã de novo. Ela diz que não tem problema algum, e que nos espera. Nos despedimos, e entramos no carro, e só quando Guto deu partida, Enzo e Henry entraram para dentro do orfanato.

-Eles são tão lindos - digo encantada.
-Realmente, Enzo e Henry são meninos de ouro - diz sorrindo.
-Eu não tenho duvidas de que quero adotá-los - falo convicta.
-Eu também não.
-Você acha que já podemos dar entrada na guarda? - pergunto ansiosa.
-Acho que ainda é muito cedo amor. Vamos com calma, se não podemos assustá-los.
-Tem razão, mas não vejo a hora!

O assunto do resto da noite foi os meninos. Como podia, duas crianças causar tantas emoções em nós? Não consigo explicar, mas o que sinto por eles, é tão puro, tão verdadeiro. Enzo e Henry ganharam meu coração.

(...)

Acordo na manhã seguinte preguiçosa, todo domingo é assim. Guto ainda dorme tranquilamente ao meu lado, então levanto devagar para não acordá-lo. Meu celular começa a tocar alto no meu criado mudo, o que faz com que todo o meu cuidado para não acordar Guto vá por água abaixo. Ele se revira na cama e diz com voz de sono:

-Desliga isso ai Mel.

Nem um instante depois, ele caí no sono novamente. Pego meu celular, e vou pra sala atendendo-o durante o caminho.

-Alô - digo.
-Oi dorminhoca! - diz Bea.

Beatrice Rullens é uma amiga que eu fiz quando fui modelar na França. Acabou que, quando eu vim pra cá nas férias, acabei ficando porque Guto me pediu em casamento. Sugeri a Bea, que viesse ao menos conhecer o Brasil, e então ela veio, e acabou amando. Foi aí que decidiu se mudar para cá, e hoje ela continua trabalhando como modelo por aqui, ao contrário de mim.

-Bom dia Bea!
-Bom dia amiga, tá atoa? Preciso desabafar - diz rapidamente.
-Acabei de acordar - falo ainda meio sonolenta.
-Vamos tomar um café na padaria? Passo aí pra te pegar.
-Tudo bem então, até! - me despeço.

Retorno ao quarto, e me troco rapidamente, opto por um short jeans meio rasgadinho, e uma regata amarela. Escovo meus dentes, e prendo meu cabelo em um coque mal feito.

-Amor, estou indo tomar café na padaria com Bea, já venho - digo dando um beijo em sua bochecha.
-Tá, cuidado, te amo - diz sem abrir os olhos.
-Também amo você - grito já no corredor.

Logo Bea chega, e vamos para o café. Ela tagarela os últimos acontecimentos de sua vida amorosa, e desconfio que minha amiga esteja apaixonada pelo seu fotógrafo! "Super apoio!", digo a ela, tudo que mais quero e ver Bea feliz. Aproveito para contar sobre os meus futuros filhos, e mostro todas as fotos que tirei ontem no parque de diversões. Como é de se imaginar, Bea se apaixona por eles, e não é pra menos, Henry e Enzo são encantadores. Por volta das 10h30min, Guto me liga.

-Alô - digo.
-Amor, o que acha de levarmos os meninos pra almoçar, e depois pra uma sorveteria? - sugere empolgado.
-Pode ser, já estou indo embora - informo.
-Tá bom, beijo.
-Beijo.

Desligo a chamada e coloco o celular sobre a mesa.

-Gustavo? - pergunta Bea.
-É, quer levar os meninos para almoçar.
-Então vamos embora pra você não se atrasar! - diz pedindo a conta - vocês têm que conquistar logo o coração desses anjinhos - diz sorridente.


Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&GutoOnde histórias criam vida. Descubra agora