Bônus - Beatrice & Thales

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Beatrice Rullens
Modelar é uma paixão pessoal, eu amo fotografar e desfilar. Sinto-me como se tivesse encontrado o meu talento na vida. Adoro o que faço, e não pretendo parar nunca.

Conheci a Mel em Paris, quando nosso empresário colocou-nos para trabalhar juntas. Ela realmente é uma mulher sensacional, daquelas amigas que você pode contar pra tudo sabe?! Sou muito grata por encontrar alguém tão especial como ela.

Depois de seu casamento, nos afastamos um pouco. Os compromissos do dia a dia, não nos permite conversar sempre. Mas essa semana recebi a notícia de que finalmente a Mel tinha conseguido a guarda dos meninos que ela conheceu em um orfanato. Eu não conhecia essa vontade da Mel de ser mãe, mas tenho certeza que ela vai sair-se muito bem, pois ela sempre teve um jeito maternal. Diferente de mim, eu tenho certeza que não nasci pra ser mãe. Eu mal consigo cuidar de mim mesma, imagina de um bebê, que precisa de atenção e cuidados redobrados. Mas não me importo, não tenho planos de ter filhos, pelo menos não agora.

Hoje estou com a agenda tranquila, e depois de realizar um ensaio fotográfico pela manhã, resolvo ir ver a Mel na escola Lusitano, onde ela trabalha com o marido.

Entrei no estacionamento, e procurei uma vaga, mas não achava nenhuma. Derrepente, avisto uma vaga no canto esquerdo do estacionamento, acelero o carro e quando vou entrar na vaga, um maldito carro rouba-a de mim. Estaciono meu carro atrás do abusado, bloqueando sua provável saída mais tarde, e desço do carro sem olhar em sua direção, viro-me e saio rebolando.

-Hey moça! - grita o abusado - vai deixar seu carro aqui mesmo?

Olho em sua direção, e surpreendo-me ao ver um lindo homem, ou melhor, uma verdadeira cópia do Ashton Kutcher.

-Sim, você roubou minha vaga - digo irritada.
-Pelo que eu saiba não tem seu nome aqui - diz com um sorriso sarcástico.
-Não mesmo, mas eu encontrei-a primeiro!
-Mas não foi rápida o suficiente.
-Você está querendo me irritar né? - digo aproximando-me dele.
-Não - fala soltando uma gargalhada gostosa.

Eu reviro os olhos, e afasto-me dele, indo em direção ao elevador. Quando entro no elevador, que já estava no andar, o idiota grita pedindo para que eu segure a porta. Eu finjo que não escuto, e continuo a ajeitar meu cabelo no espelho.

-Obrigado por segurar a porta pra mim - diz irônico entrando no elevador.
-Que isso! - digo com mesmo tom de ironia.

Ele encosta na parede do elevador, e passa a olhar-me.

-O que foi? Gostou? - não resisto em perguntar.
-Eu diria que dá pro gasto - diz sorrindo.
-Eu não diria o mesmo de você - falo com um sorriso maldoso.
-Não precisa dizer nada, seu corpo diz por você.

Ele aproxima-se de mim, e toca minhas bochechas com a ponta dos dedos. Seu toque é como uma faísca, que acende um fogo em mim. Minha respiração funda e pesada é o único barulho que pode-se ouvir no elevador. Derrepente ele afasta-se de mim, deixando-me apenas na vontade. Eu olho-o frustada, e ele em resposta exibe seus lindos dentes brancos.

-Não vou te beijar, a não ser que você queira - diz ele dando os ombros.
-Quem disse que eu quero? - respondo cruzando os braços sobre o peito.

(....)

Thales Beistorf
Fodasticamente linda, e gostosa, e atraente. Beatrice era o tipo de mulher que atraia-me e deixava até o último pelo do meu corpo arrepiado. Mas ao mesmo tempo ela era intrigante, e irritante, o que só aumentava o meu desejo de tê-la.
No fim do dia, fui para casa e fiquei com a imagem dela na tinha mente. Sem saber o que fazer para entrar em contato com ela, resolvo procurar seu nome em uma rede social, não deve haver muitas Beatrices por aí. Digito seu nome, e logo clico em pesquisar, que exibe alguns resultados. A primeira foto era dela, comprovei isso ao ver que nossos amigos em comuns era a Melissa e o Gustavo. Não mandei pedido de amizade, pois seu facebook já estava lotado. Então restou-me estalqueá-la.

(...)

Descobri algumas informações interessates. Beatrice, Bea para os mais íntimos, era uma modelo internacionalmente conhecida, e sua vida era em função de sua carreira. Não é pra menos com um corpão daqueles! A última descoberta foi a melhor! Em seu perfil, tinha disponível a sua agenda, e claro que eu fui dar uma olhada. Hoje ela não tinha mais nenhum compromisso, então fui ver o dia seguinte. Às 10h: uma entrevista para a revista Diva, às 13h: ensaio fotográfico para a propaganda da Calvin Klein, e às 20h: desfile da Chanel.
De manhã eu não poderia tentar encontrá-la, mas quem sabe no desfile? Posso ir e fingir que foi coincidência. É isso! Aguarde-me Beatrice!

(...)

Saio da escola mais cedo, e vou para casa arrumar-me para ir ao desfile. Tomo um banho, e visto-me com uma calça jeans clara, e uma pólo azul. Pego as chaves do meu carro, e dirijo tranquilamente em direção a onde se realizará o desfile.
O local já está bem movimentado, e consigo encontrar um lugar na terceira fileira de cadeiras brancas. Sento-me e mexo um pouco no celular até uma moça anunciar o início do desfile. Entram umas 10 mulheres antes de aparecer a mais linda de todas. Beatrice está vestida com um vestido preto, curto e justo. Combinação perfeita para deixar-me louco. Ela está deslumbrante, e mesmo sem sorrir, percebo que está feliz. Acho que esse é o amor por modelar que ela tanto diz.

Quado o desfile termina, eu corro para os bastidores, na esperança de 'esbarrar acidentalmente' com Bea. Mas infelizmente as minha preces não foram atendidas, e não consegui nem ao menos vê-la. Decidi ir embora, pois hoje não devia ser meu dia de sorte.
Assovio tranquilamente enquanto caminho em direção ao meu carro, quando avisto Bea tentando abrir o porta malas segurando várias sacolas na mão. Sorrio do seu jeito atrapalhado, e quando vejo-a derrubar algumas coisas no chão, aproximo-me.

-Precisa de ajuda? - pergunto com a voz suave.
-Por favor - diz ainda sem parecer reconhecer-me.

Seguro suas sacolas enquanto ela abre o porta malas, e depois coloco as sacolas lá dentro. Ela fecha a porta, e olha-me. Por um instante sua expressão muda, parecendo reconhecer-me, mas se isso mexeu com ela, não transpareceu.

-Obrigada - diz sorrindo.
-Que isso - digo aproveitando-me da oportunidade para dar um leve beijo em seu rosto.

Apesar da fraca iluminação do estacionamento, é possível notar que suas bochechas ficaram levemente avermelhadas.

-Você estava linda - digo olhando-a com desejo.
-Obrigada - diz sem jeito.
-Será que você não quer ir comer alguma coisa comigo? - pergunto por impulso.
-Não tente se fazer de romântico, não combina com você. Me diz logo o que quer - questiona como se estivesse cansada daquele papo.
-Você! - sussurro colando meus lábios nos dela.

Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&GutoOnde histórias criam vida. Descubra agora